Na semana retrasada, Shirley publicou...
- Peraí, tesco, poesia não é nas quintas-feiras?
Sim, mas o que vai ser analisado não é poesia romântica, o
que é o normal das quintas. O poema publicado foi sobre um
tema ético-moral, de alcance social.
- Ah! A corrupção, Petrobrás, PT, mídia partidária que sonega
informação sobre a desgraceira que seus partidos fazem, essas
coisas?
Não, nada disso, também é vergonhoso mas é sobre outros
aspectos da sociedade. É sobre a exploração do sofrimeto dos
animais para divertimento público. O poema publicado tem o
título de "Rodeio", mas a crítica abrange as touradas e as
vaquejadas.
Quando se torna necessário buscar o auxílio dos animais para
conseguir executar as diversas tarefas humanas, não é coisa
reprovável utilizár sua força muscular. Mesmo nessa faceta do
caso, os excessos tendem a ser coibidos pela sociedade.
Mas utilizar-se do esforço e das peculiaridades dos animais,
com a exclusiva finalidade de divertimento é, simplesmente,
odioso!
Veja a comoção e revolta expressadas no poema da Shirley:
RODEIO
Shirley
(2015.08.22)
Na fronteira da vida
um portal sinistro se abre
e o nosso irmão menor
indefeso e inocente
depara-se com a imensidão
da crueldade humana.
À sua frente está o homem
exibindo pseudo coragem
e evidente ignorância
sem saber que semeia e aduba
sua futura colheita.
É incompreensível
que por ganância
criaturas se vendam e soneguem
a própria consciência.
Rodeio
tourada
vaquejada
são palavras
carregadas de terror.
Diante de tanta covardia
de tanto primitivismo
meu coração angustiado emerge
de singular perplexidade.
Nessas horas abissais
eu daria minha vida
para acabar com essa maldade
e salvar os animais."
*** *** ***
Despreza-se a integridade psicológica dos animais, assim
como seus direitos elementares. Psicológica sim, podem negar
porque lhes apraz, mas sua individualidade, sensibilidade e
capacidades cognitiva e de memória são irrefutáveis.
Somando-me ao pensamento e à intenção da Shirley, lanço
também meu grito de revolta contra essa insensibilidade e
essa crueldade humana:
APELO AO RACIONAL
tesco
(2015.08.25)
Pretexto de diversão,
Com alma que enegrece,
A humanidade tece
Tortura de nosso irmão
Bem na fronteira da vida
Ele sofre desamor
Carregado de terror
Procura e não vê saída
Daquele portal sinistro
Daquele triste portão
Não entendendo a razão
De semelhante registro
Fugir de leão - quem dera -
Correndo pela savana
A ignorância humana
É pior do que a fera
Taxar de primitivismo
É pouco pr'essa maldade
Dosagem de crueldade
Em meio a muito sadismo
Por certo erraram seu nome
Puseram em um chacal
Grande recheio fecal
E o chamaram de "ôme"!
*** *** ***
Nem faço menção a outras manifestações de selvageria, ainda
típicas de nossa sociedade atual, como exterminar animais
para roubar-lhes as peles (focas, martas, arminhos), ou presas
(elefantes), ou seu órgão de defesa natural (rinocerontes).
Essas abominações que envergonham a espécie humana.
Também não faço alusão ao abate de animais para consumo
em alimentação. Não é uma necessidade fisiológica, como
muitos alegam, mas ainda é uma necessidade psicológica.
Aí é obrigatório esperar pelo despertar das mentalidades.
Mas para a exploração do sacrifício animal unicamente como
divertimento, não existe mais justificativa. É fato que avilta a
consciência humana!
Abraço do tesco.
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Um comentário:
A Terra é um planeta de natureza hostil e instável, moradia de uma humanidade primária, violenta, cruel, vingativa, destrutiva,intolerante, sem escrúpulos.
Os habitantes do nosso planeta são espiritualmente analfabetos e só reconhecem o poder da força e do dinheiro. Continuam na mesma ignorância, impiedade, belicosidade e índole fratricida que herdaram da idade da pedra.
Claro, há exceções...
Eu amo os animais.
Kiso, tesco!
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