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domingo, 16 de agosto de 2015

BOBAGENS LINGUÍSTICAS 32

ENQUANTO

Apenas como curiosidade, pinçamos um pequeno trecho de
"O castelo", de Franz Kafka. Em certa altura do romance,  
Kafka faz um personagem falar assim: 

"...naturalmente exagero um pouco porque posso exprimi-lo 
enquanto exagero". 

Naturalmente, digo eu agora, o segundo 'exagero é verbo, 
pois a moda do 'enquanto' ainda não tinha surgido, mas hoje, 
esse modo de escrever encerraria uma dubiedade. Seguindo 
o esquisito modo de falar atual, o segundo 'exagero' poderia 
ser, perfeitamente, um substantivo, o que redundaria em não 
significar nada. 

Mas é esse o "espírito da época", falar não significa dizer, e 
parece que é essa mesmo a intenção: Falar muito e dizer pouco. 


MUDANÇAS NA LÍNGUA

Em "Tales of space and time", escrito em 1900, . G. Wells, no 
conto "A story of the days to come", faz a seguinte previsão 
para 200 anos no futuro: 

"In spite of the intervening space of time, the English 
language was still almost exactly the same as it had been 
in England under Victoria the Good. The invention of the 
phonograph and suchlike means of recording sound, and 
the gradual replacement of books by such contrivances, 
had not only saved the human eyesight from decay, but 
had also by the establishment of a sure standard arrested 
the process of change in accent that had hitherto been so 
inevitable." 

O que se lê, pela tradução 'tescal':

"A despeito do intervalo de tempo decorrido, a língua inglesa 
era ainda quase exatamente a mesma que tinha sido na 
Inglaterra no tempo da Rainha Victoria. A invenção do 
fonógrafo e meios similares de gravação de sons, e a gradual 
substituição dos livros por essas contribuições, tinha não 
somente salvo a visão humana do declínio, mas tinha também, 
pelo estabelecimento de um efetivo padrão, detido o processo 
de alterações de pronúncia que até então tinha sido inevitável." 

A ficção científica ganhou fama de fazer previsões acertadas, 
mormente devido às obras de Jules Verne, embora não seja 
esse o objetivo visado. Porém, vemos aqui uma ocorrência 
completamente oposta: Nem se concretizou e parece que não 
se concretizará nunca. 

As línguas são organismos vivos (as faladas) e, assim sendo, 
nenhuma simples regulamentação vai parar seu movimento. 
Continuarão em seu processo de mudanças enquanto forem 
utilizadas, permanecer estático é característica do que está 
morto. 

Abraço do tesco. 

4 comentários:

Dorli Ramos disse...

Tesco
Se você quiser manda qualquer coisa
Não sou chata
Beijos
Dorli

tesco disse...

Querida Dorli: Perdoe-me não ter ainda enviado seus brindes,
peço um pouco mais de paciência. Já tenho embalado seus quatro
livros (três pacotes), mas me faltou oportunidade de levá-los
ao correio. Espero postálos nesta semana.
Não se zangue ainda comigo, também estou devendo aos outros
ganhadores.
Beijos.

CÉU disse...

Olá, tesco!

Tudo bem? Aqui, também, graças a Deus.

Sou, inteiramente, da sua opinião, em relação à Língua, Idioma, como entidade viva.

Muito se tem debatido, em Portugal, a questão do Acordo Ortográfico. Uma boa parte dos intelectuais, a k me apeteceria chamar, "de meia tijela", acham que ótimo, sem "p" não é ótimo. Provavelmente pra eles, é excelente.
Bem, eu fico "possessa", pke se as pessoas acompanham tudo o k é evolução, na Medicina, p exemplo, nas redes sociais, etc. então por que não aceitar as naturais transformações da Língua?
Dizem por cá, k nós estamos a aceitar o Português daí, mas qual é o problema? Facto, continuar-se-á a escrever facto, e com significado de acontecimento, e vocês continuarão a escrever fato, como sinónimo de acontecimento. Então, qual é o mal? Cada Língua tem suas características.
Outra coisa k os "intelectuais" falam é a origem da palavra, portanto, se provem do Latim ou do Grego. Essa é k eu não entendo mesmo. Maculam, palavra latina, deu origem às palavras mancha e mágoa, uma por via erudita, outra por via popular e com as transformações linguísticas normais e naturais, como aféreses, síncopes, apócopes etc. O étimo da palavra NUNCA se perde. Agora, alterações, transformações, vão acontecendo no Idioma e não só.

Me lembro k meus avós escreviam mãe, com um "i" no final da palavra, portanto, mai, mas a Língua, a palavra evoluiu, sofreu a nasalação.
Eles recusam o k vem daí (excetuando garotas/mulheres. Essa é outra k tb eu não entendo. A mulher brasileira é como qualquer outra: há bom e mau, há bonita e menos bonita, mas são "doces", mto "doces", dizem eles), em termos linguísticos, mas vocês têm sua própria maneira de escrever e de se exprimir, e nós, a nossa. Agora, escrever consoantes k se não leem! EXCEPÇÃO??? Você pronuncia essa palavra, dizendo exceção, e não "pção". Então, por que escrever o k se não lê?

Penso k com o tempo, as coisas vão chegar a bom porto, só k está sendo difícil (de) fazer entender a esta gente k a evolução é transversal e não há perda de Patriotismo, coisa nenhuma, como eles/as, os "sabedores", alegam.

A Língua francesa, k eu adoro, ainda não mudou nem um til e continuam a escrever farmácia com "ph", pharmacie, p exemplo, como há 200 ou 300 anos atrás, e por vezes, até me interrogo sobre o assunto, pke a França e sua capital, Paris, é terra/cidade de atualidade, de luz, de Molin Rouge, de liberdade, de moda, de perfumes, enfim, de glamour, mas a Língua permanece "morta".

Agradeço tua visita e teu FABULOSO comentário.

Baisers, nem a propósito!

CÉU disse...

FANTASIAS

Ó Arcanjo nas alturas
sei bem que sempre o foste
com teus carinhos gostosos
génese de toda essa magia
que a ti sempre me prendia
tal como tua abrangência
conjunta à tua sagacidade
é razão desta absorvência
que meu coração já sentia.

Tudo, tu de mim conheces
sou morena, sou cheirosa
e sei que não te conténs
imaginando meu corpo, fogo
(de perto, tu viras louco)
que de longe, infelizmente
não podes tocar e acariciar
ficando tua alma subterrada
de desejo, abraços e beijos.

Sou cândida e maravilhosa
sensual, fatal, sim, talvez
descoroçoada, com certeza
por não te sentir em beleza
agarrando-me, brutalmente
é o que quer minha mente
e disso não tenho culpa
porque ela é libidinosa
por toques e profundezas.

Amor, o que irá acontecer?
Bruxinha, sei que não sou
mas é ilógico e antinatural
que eu interrompa teu gozo
como adolescente inocente
sem saber desse lance e jogo
ambicionando teu androceu
extasiada de tanta vontade
uso a língua e logo sucedeu.

Céu