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quarta-feira, 25 de julho de 2018

SUSTENTEMOS O BEM



Não lances o fel da censura na taça do companheiro que, 
pouco a pouco, desperta na caridade sublime. 

Recorda que o próprio dia não acorda de vez. 
Primeiro, tons rubros no céu anunciam 
as promessas da aurora. 
Em seguida, tênues riscos de claridade aparecem 
no campo do firmamento e, apenas muito depois, 
surge o carro solar na glória do alvorecer. 

Desencorajar leve impulso do bem 
é o mesmo que sufocar a semente que, 
divina e multiplicada, será, 
no caminho, a base de nosso pão. 

Se descobres vaidade na barulhenta 
virtude dos semelhantes, 
ensina-lhes com o próprio exemplo 
de tolerância e serenidade que 
o socorro fraterno pede silêncio da discrição. 

Se alguém dá pouco, aos teus olhos, 
do muito que te parece reter, 
nas possibilidades do mundo,
auxilia-o com a força da tua simpatia e de tua prece, 
para que se afeiçoe à mais ampla larguezado coração. 

Lembra-te de que a exibição inconveniente de hoje 
poderá transformar-se, mais tarde, 
em trabalho seguro do bem, 
se souberes amparar as vítimas da propaganda, 
ruidosa e desnecessária. 

E não te esqueças que a migalha de agora 
poderá ressurgir, depois, 
na forma de um tesouro de bênçãos 
se lhe apoiares o movimento 
nos alicerces da própria compreensão. 

Ante o bem que se faça, faze o bem quanto possas, 
para que o bem pequeno se faça, 
junto detodos, o bem maior. 

Não admitas caridade no ato de reprovar a caridade 
que alguém se decida a fazer, 
porque, à frente do Cristo, 
somos todos depositários das riquezas da Vida Eterna 
e só pelo entendimento do amor, 
com o trabalho do amor, 
funcionando no auxílio a ricos e pobres, 
cultos e ignorantes, 
justos e injustos, 
é que chegaremos a acender a luz da mente purificada 
para o exaltação da Terra Melhor.

Emmanuel 
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier) 

quarta-feira, 18 de julho de 2018

BACTÉRIA MEU ANIMAL FAVORITO


Esta matéria mudou meu conceito sobre bactérias.
Talvez mude o se
u também.
Tente! 


BACTÉRIA MEU ANIMAL FAVORITO

Quero explicar a vocês o porque da minha 
admiração pela bactéria. Talvez o seu conceito 
sobre bactéria mude depois disso. 

Bactéria é o maior reciclador de lixo do mundo. 
Pense bem nisso: ao transformar toda matéria orgânica 
morta em solo, a bactéria recicla todo esse lixo 
transformando-o na fonte original de todos os elementos. 

A bactéria é muito especial. 
Ela é minúscula e imensa ao mesmo tempo. 
Menor do que qualquer célula viva, a bactéria pode 
instantaneamente aumentar o seu poder, 
se multiplicando em trilhões. 
A bactéria é a mais brilhante invenção de Deus 
e um presente para todos nós! 

Estamos constantemente tentando destruir 
o maior número possível de bactérias porque 
não entendemos o seu propósito aqui na Terra. 
Vamos imaginar o mundo sem bactéria. 
Haveria rocha mas não haveria solo 
para plantar o nosso alimento. 
Todos os animais mortos, pássaros, insetos, cobras, 
corpos humanos ou matéria orgânica estariam 
empilhados formando enormes montanhas. 
Que bagunça não seria! 

No processo natural de desintegração, 
a bactéria não causa nenhum mau cheiro. 
Difícil de acreditar? 
Na floresta ninguém cata as folhas do chão, 
ninguém enterra os animais mortos, 
tudo é deixado no mesmo lugar. 
Os excrementos dos animais ficam onde são deixados. 
Você poderia até pensar que uma floresta deve cheirar
muito 
mal.

Então me responda: 
A última vez que você foi a uma floresta, sentiu mau cheiro? 
Aposto que a sua resposta foi “não”. 
Na verdade, quando estamos numa floresta, 
respiramos fundo e dizemos, “ah, que cheiro gostoso”. 

Se a bactéria agindo no habitat natural da floresta 
não causa mau cheiro, por que então associamos 
o processo de desintegração com o mau cheiro? 
Por que no mundo civilizado, a bactéria causa mau cheiro? 
É porque a bactéria tem dificuldade em reciclar 
aquilo que nós criamos. 

Para comprovar esta afirmação, você pode fazer 
sua própria experiência. 
Coloque algumas frutas ou vegetais frescos numa vasilha. 
Você vai notar que eles vão se desintegrar 
sem nenhum mau cheiro. 
Agora, coloque numa vasilha comida cozida como 
macarronada, sopa de frango, ou purê de batatas. 
Depois de alguns dias você vai sentir um mau cheiro 
insuportável que é causado pela bactéria tentando 
agir sobre o alimento cozido. 

Um outro fato interessante é que a bactéria 
nunca toca aquilo que está vivo. 
Árvores gigantescas que atingem de 100 a 2000 anos, 
permanecem livres de bactéria. 
Suas raízes estão sempre presas ao solo, 
e mesmo assim a bactéria não as atinge. 
Assim que a árvore morre entretanto, 
a bactéria age fazendo com que ela se transforme em solo. 
A bactéria reconhece o que e é vivo e o que é morto, 
e só se interessa pela matéria morta. 

Olhando para a natureza como exemplo, vemos que 
o limo e outros parasitas não vivem em árvores saudáveis. 
Em hortas orgânicas, se o solo é balanceado, 
as lesmas não aparecem. 
Os parasitas não penetram em tomates saudáveis. 
Da mesma forma, os parasitas não proliferam 
nas polpas das frutas saudáveis. 

Nós, humanos, estamos longe de termos nosso corpo 
balanceado, por não termos uma alimentação adequada. 
A bactéria pode causar doença no corpo humano? 
Sim e não. 
Sim, se o corpo é cheio de toxinas. 
Não, se o corpo está limpo por dentro. 
Quanto mais matéria tóxica acumulamos no nosso corpo, 
mais bactéria atraimos. 

Por isso é que as pessoas que comem alimentos cozidos 
contraem infecções tão facilmente. 
Se você teme doenças infecciosas, 
o melhor a fazer é manter seu corpo limpo por dentro. 
Comer alimentos crus é a única forma de conseguir isso. 
O mesmo se aplica aos parasitas. 
Se conservamos nosso corpo limpo, saudável e puro, 
o parasita não vai morar lá e nem mesmo os mosquitos 
irão nos picar. 

Certa vez, eu e minha familia fizemos uma caminhada 
em Minesota, o estado do mosquito. 
Na floresta Boundary Wasters, os guardas florestais 
têm que usar mosqueteiros. 
Nós não tínhamos mosqueteiros 
e não levamos sequer uma picada. 
Durante as cinco noites que passamos lá, 
não usamos nem mesmo barracas para dormir. 

Todos os parasitas abandonam o corpo humano 
quando ele fica limpo. 
Aqui está um outro exemplo para ilustrar esse ponto. 
Logo depois que começamos a dieta, lemos um livro sobre 
os parasitas que os seres humanos carregam no corpo. 
Tivemos tanto medo, que decidimos fazer uma limpeza. 
Tomamos aqueles tradicionais remédios para verme 
durante dez dias e comprovamos por exames, 
que eles desapareceram. 
Cerca de dois meses depois, fizemos um outro exame 
e constatamos que os parasitas estavam de volta. 

O remédio manteve nosso corpo limpo 
por apenas dois meses. 
Um ano e meio mais tarde, mantendo a dieta crudívora 
a 100%, repetimos o teste. 
Nosso sangue estava totalmente limpo. 
Não havia mais parasitas! 
Nosso sangue consistia apenas de células brancas 
e células vermelhas. 
Era tudo. Não havia bactéria. Estávamos limpos. 

Quando olhamos o sangue de uma pessoa que come 
alimentos cozidos, podemos ver normalmente 
uma porção de bactérias flutuando entre as células. 

Certa vez, convidei um especialista para fazer uma 
demonstração de análise das células do sangue, 
na minha aula. 
Ele retirou amostras de sangue de três voluntários. 
Um deles era um jovem de 19 anos. Seu sangue estava 
tão cheio de bactérias que ele ficou envergonhado! 

Ele disse, “Mas eu tomo banho todos os dias”. 
Respondi: “ As bactérias e parasitas do sangue, 
não têm nada a ver com o número de banhos que você toma. 
Fale para nós como é o seu estilo de vida”. 
Ele disse , “Ah, eu estou melhorando”. 
Nós dissemos, “Apenas relaxe e diga o que você come. 
Quais são os seus hábitos? 
Como você tem vivido os 19 anos da sua vida?” 

Ele disse, “eu tenho tomado drogas, cerveja, 
fui diagnosticado como portador do virus da AIDS, 
como comidas que não são saudáveis, pizza 
é o meu prato favorito, e nunca como saladas.” 

Podíamos ver isso no seu sangue. 
Não importa o quanto lavamos nosso corpo por fora, 
por dentro podemos estar bastante infectados. 
A bactéria descobre logo onde as toxinas se encontram. 
Ela só quer realizar o seu trabalho. Sem causar nenhuma 
dor, ela penetra nas células do corpo e se multiplica. 
Ela só quer ajudar o nosso corpo a se livrar das toxinas. 

O que sabemos com certeza absoluta, é que as pessoas que 
só comem alimentos crus não têm parasitas nem bactérias. 
Pessoas que foram examinadas e que os médicos 
confirmaram como portadoras de parasitas, foram capazes 
de combatê-los comendo 100% de alimentos crus. 
Os médicos ficam surpresos porque normalmente 
é muito difícil tratar os parasitas. 
Eles existem nas mais variadas formas , em diferentes 
estágios, e se você elimina um estágio, 
um outro começa a se desenvolver. 

Quando comemos alimentos crus, 
nosso corpo fica livre de toxinas. 
Não há nada para os parasitas comerem, 
então eles vão embora. 
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Victoria Boutenko 
(“12 Passos para o Crudivorismo”, capítulo 4) 

domingo, 8 de julho de 2018

O REI SÁBIO


Era uma vez, na longínqua cidade de Wirani, um rei 
que governava os seus súditos com poder e sabedoria. 
O povo o temia por seu poder e o amava por sua sabedoria. 

No coração daquela cidade, 
havia um poço de água fresca e cristalina. 
Dela bebiam todos os seus habitantes e até mesmo o rei 
e os seus cortesãos, pois era o único da localidade. 

Certa noite, quando todos dormiam, uma bruxa entrou 
na cidade e derramou sete gotas de um misterioso 
líquido no poço, dizendo: 
— A partir de agora, quem beber desta água ficará louco. 

Na manhã seguinte, todos os habitantes do reino, 
salvo o rei e o seu lorde camareiro, beberam do poço 
e enlouqueceram, tal como a bruxa havia predito. 

E, naquele dia, nas ruas estreitas e nas praças do mercado, 
as pessoas não paravam de sussurrar entre si: 
— O rei está louco! Nosso rei 
e o lorde camareiro perderam a razão. 

Certamente, não podemos ser governados por um rei louco. 
Devemos destroná-lo. 

Naquela noite, o rei mandou que enchessem 
uma grande taça com a água do poço. 
E quando a trouxeram, bebeu da água abundantemente 
e entregou a copa ao lorde camareiro, 
para que do líquido também bebesse. 

E houve um grande regozijo na longínqua cidade de Wirani, 
porque o seu rei e o lorde camareiro 
haviam recobrado a razão. 
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Khalil Gibran
“Contos breves” 

quarta-feira, 4 de julho de 2018

SE SOUBESSES...


Se soubesses quão venenoso é
o conteúdo de fel a tisnar o cálice da aversão,
decerto compreenderias
que todo golpe de crueldade
não é senão desafio
à tua capacidade de entendimento.

Se soubesses a trama de sombra
que freme, perturbadora,
em torno da palavra infeliz que proferes,
na crítica à luta alheia,
preferirias amargar no silêncio
as feridas de tua mágoa,
esperando que o tempo lhes ofereça
a necessária edicação.

Se soubesses a quantidade dos crimes,
oriundos da revolta e da queixa,
escolherias padecer toda sorte de sofrimento
antes que reclamar consideração
e justiça em teu próprio favor.

Se soubesses a multidão de males
que a vingança provoca,
esquecerias sem custo os braseiros de dor
que a calúnia te arremessa à existência.

Lembra-te de que o ódio é
o grande fornecedor das prisões
e de que a cólera é responsável pela maior parte
das moléstias que infelicitam a vida
e guarda o coração na grande serenidade,
se te propões conservar em ti mesmo
o tesouro da paz e a bênção da segurança.

Ainda mesmo que alguém te ameace
com o gláudio da morte,
desculpa e segue adiante,
porque as vítimas ajustadas aos marcos
do Bem Eterno elevam-se de nível,
enquanto que os ofensores,
ainda mesmo os aparentemente mais dignos,
descem aos princípios do tempo
para o acerto reparador.

De qualquer modo, se a aflição te procura,
cala e perdoa sempre,
porque se o Mestre nos exortou
ao amor pelos inimigos,
também nos advertiu que
a mão erguida à delinquência da espada,
agora, hoje ou amanhã, na espada fenecerá.
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Emmanuel
(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)