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domingo, 28 de julho de 2013

APARECE O SORTESFCO


Estou institundo o sortesFCo, para sortear exclusivamente 
obras de ficção-científica. Quem, dos frequentadores habituais, 
se interessar por algum título, não terá nenhuma dificuldade, 
inscreve-se normalmente como faz no sortesco. 

A diferenciação é devida a continuidade do sorteio desse 
tipo de literatura por várias semanas e, não se faz necessário 
que leitores que não apreciem o gênero, se vejam afastados 
dos sorteios de outras obras. 

Isso se deve à possibilidade de aportarem por aqui, novos 
concorrentes, interessados em FC, pois divulguei minha 
intenção no blog "Momentum saga", da blogueira Sybylla, 
que, basicamente, enfoca temas de ficção-científica. 

Para simplificar o negócio, o sortesFCo pegará carona nas 
extrações da Loteria Federal das quartas-feiras, enquanto o 
sortesco seguirá sua programação normal, aproveirando os 
sábados. É provável que o primeiro seja lançado na próxima 
quinta-feira. 

As obras postas a sorteio serão, principalmente, os livrinhos 
da série de FC da Editora Europa-América, de Portugal, série 
já extinta, cujos números só são encontrados em sebos. 

Foi uma série muito proveitosa, divulgando obras cássicas, 
de autores já consagrados, como Robert Heinlein, A. E. Van 
Vogt, Philip K.Dick, Poul Anderson e Robert Silverberg, por 
exemplo, ao tempo que nos oferecia o contato com as obras 
de autores menos conhecidos entre nós. 

Não publico agora a lista dos livros que serão sorteados, 
porque já doei alguns deles, e não fica bem dizer que sortearei 
um livro que já não tenho, tenho que fazer minuciosa pesquisa 
antes. Mas, quem deve inaugurar a seção é, provavelmente, 
"Filha da Lua Brilhante", de Lynn Abbey, em dois volumes. 

Futuramente, porei em sorteio também, alguns números da 
Isaac Asimov Magazine, que foi publicada no Brasil, por 25 
números. 

Espero que o sortesFCo agrade tanto quanto o sortesco, que 
já tem fregueses há quase cinco anos. 

Abraço do tesco. 

SORTESCO 265


O DIÁRIO DE ADÃO E EVA
de MARK TWAIN
O humor de autores como Twain, 
é atraente porque não se procura 
fazer humor, ele surge naturalmente, 
quando se cotejam épocas 
diferentes. Casos como, por exemplo, 
Noé requerendo licença das 
autoridades alemãs do século 19, 
para lançar sua arca ao mar, gera 
contradições evidentes (e hilariantes). 


O EGITO ANTIGO
de CIRO FLAMARION CARDOSO
O livrinho do Ciro Flamarion dá 
uma excelente ideia do que foi 
a civilização egípcia, e tem a 
atratividade de não enumerar 
uma tediosa lista de governantes, 
como se a História fosse apenas 
resultado de suas decisões. 
Estudar civilizações é muito 
legal, principalmente, quando 
não é uma obrigação. 

HAGAR, O HORRÍVEL, vol 1
de DIK BROWNE
Creio que o Hagar dispensa 
apresentações (e na vida dele, 
dispensa mesmo), e depois de 
algum tempo, que volto a ler o 
livrinho, caio na gargalhada 
novamente (e nem precisa 
fazer paralelo com minha vida 
doméstica). Este primeiro volume 
da série, publicado pela L&PM, 
é de 1997. 

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar isto sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 03/08/2013. 
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, 
ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

sábado, 27 de julho de 2013

SORTESCO 264 - RESULTADO


 Loteria Federal
a dezena do 5° prêmio é 66,
de grupo não escolhido e,
por aproximação, a vencedora é
VANIA!

Parabéns!

domingo, 21 de julho de 2013

AMOR À SERIEDADE


Não acompanho mais novelas, acompanhava, 'marromeno', 
nos anos 80: Muitas delas eram divertidas. 
Mas não estou imune ao desenrolar de algumas delas, pois, 
seu horário coincide com meu jantar, e a 'patroa' acompanha. 

Quarta-feira, 17, assisti, 'sem querer-querendo',  a um capítulo 
de "Amor à vida", por sinal, não tão má, com atuações de 
acordo com a expectativa, dos atores Antônio Fagundes, Ary 
Fontoura, Nathalia Timberg e Fúlvio Stefanini. E Suzana 
Vieira dá pro gasto. 

- É, tesco tá ficando velho, só fala dos veteranos! 

Realmente, não presto muita atenção nos diálogos e atuações 
dos mais jovens, não tinha atentado nisso. Deve ser a idade 
pesando, mesmo. Mas o time de veteranos está bem 
representado, contando ainda com Rosamaria Murtinho e 
Eliane Giardini, com Elisabeth Savalla de contrapeso. 

Entre os mais novos, pode-se destacar o Mateus Solano, que, 
vivendo o vilão Félx, atrai a atenção, como a maioria dos 
personagens gays e/ou andróginos o fazem. Solano só corre 
o risco de ficar associado ao personagem por uma boa 
temporada. 

Mas o que me leva a comentar é que, nesse capítulo do dia 17, 
ocorre a morte de uma enfermeira, Elenice, ocasionada por um 
empurrão e uma queda no chão, coincidentemente um pouco 
semelhante à que ideei para o personagem Nonô, no meu
conto, 
rotulado de micronovela, "Lytzak". 

No conto, o Vicentão, que foi empurrado por um estagiário,
era, 
naturalmente, 'grandão', e o Nonô, baixinho e franzino, 
daí o maior impacto do esbarrão do Vicente no Nonô. Porém, 
como postei, pouco depois do conto, isto não pode ser 
encarado como caso rotineiro. 

A ideia que fazemos do crânio como um globo quase que 
totalmente oco, que, a qualquer descuido, estoura como um 
balão de gás, não condiz com a realidade. O crânio é um 
invólucro altamente resistente, não somente devido ao material 
de que é composto, mas também devido à sua forma, 
grosseiramente esférica. Não pode ser qualquer empurrão, 
em um indivíduo não senil, para que haja conseqências fatais. 

Este incidente, num programa que enfoca hospital, assume um 
aspecto negativo. Mas. infelizmente, não é a única coloração 
negativa que se apresenta. 

Nesse mesmo capítulo, a personagem Nicole demite sua antiga 
babá, Lídia. Até aí, nada demais. O porém é que sendo ex-
babá de Nicole, Lídia tem, pelo menos, 15 anos de casa e 
intimidade com a patroa, suficientes para que esta conheça 
suas tendências, seu comportamento e suas capacidades. Fica 
estranho que, ao primeiro problema que surge, a reação seja: 
Rua! As atenuantes para esse rigorismo são duas: 
A personagem é muito jovem, não sabe ainda ponderar as 
atitudes de uma pessoa, e sofre com um câncer que, 
aparentemente, acarretará sua morte. 

De aualquer maneira, uma demissão arbitrária, mesmo com 
a 'justa causa' aprente, mas sem averiguação aprofundada, 
"pega mal". 

Ainda nessa novela, mas não nesse capítulo, uma médica foi 
acusada de ter retirado um prontuário do arquivo do hospital, e 
confessou que fez isso mesmo. E apresentou seus motivos, os 
quais foram aceitos pelos médicos 'manda-chuva' do hospital - 
Fagundes e Fontoura - sem nenhuma comprovação extra, com 
fé apenas em informações verbai, nem o prontuário foi exigido 
para averiguação. 

Ora, na relação com os pacientes, os médicos exigem milhares 
de exames - os mais caros, se possível - e muitas vezes não 
dão um diagnóstico preciso. Nas faculdades, o ensinamento 
deve ter sido pautado pelo rigor científico: 
Nenhuma conclusão sem comprovação. Nas novelas, 
entretanto, as coisas rolam mais à vontade, informações 
verbais são tomadas como lei, o que é esquisito, mesmo que 
provenham de um colega.   

Um quarto fator, recorrente nas novelas, e não é de hoje, é a 
obsessão que têm os personagens em conhecer "seus 
verdadeiros pais".  O "Eu tenho o direito de saber quem é 
meu pai!" (ou mãe), aparece com muita frequência. E, 
frequentemente, alguém tem motivos para esconder o fato. 
Ora, casos de sucessão real ou de herança milionária, não 
têm essa "cotidianice" toda, não existem motivos plausíveis 
para essa curisidade ansiosa e mórbida. Nos casos de que 
tenho conhecimento, não há nada disso, os filhos convivem 
com toda a tranquilidade no ambiente ao qual julgam 
pertencer. Será que rico é tão diferente assim como pintam? 

Creio que divulgação, melhor dizendo, vulgarização, dessas 
questiúnculas, não ajuda em nada a melhorar a sociedade. 
O melhor seria um Batoré, para dizer a esse pessoal noveleiro: 
"Ó, para, ó!" 

Mas não é apenas a Globo que apresenta questões duvidosas. 
A Record está exibindo a novela "José do Egito" e, devido, 
talvez, aos mitos hollywoodianos, todos os personagens 
egípios são brancos! 

Ora, não é possível estabelecer com precisão a etnia dos 
antigos egípcios, e, como afirma o professor Ciro Flamarion 
Cardoso (infelizmente, falecido no mês passado), no livrinho 
"O Egito antigo", da coleção "Tudo é história", da Brasiliense, 
quando se refere a um colóquio científico, ocorrido em 1974, 
para discutir a questão do povoamento do Egito: 

"Foi lembrado também que o Egito, situado na confluência 
da África e da Ásia, nunca esteve isolado, sendo inaceitável 
pretender que sua população foi exclusiva ou 
predominantemente “branca”, tanto quanto “negra” já que 
tudo indica ter sido sempre muito mesclada, pelo menos 
desde o Neolítico". 

Disse ainda o notável estudioso: 

"[...] o desejo de apresentá-los como “brancos”, nos autores do 
século XIX e começos do século atual, cheirava a racismo [...]". 
(N.B.: O "século atual" citado, ainda é o século 20). 

Portanto, a apresentação dos antigos egípcios como uma 
população branca, decorre da imagem que nos foi inoculada 
pelos filmes de Hollywood dos anos 50 e 60, quando era
inviável 
mostrá-los de outra forma nos Estados Unidos. 

Afinal, o Egito faz parte da África e, no período enfocado, 
os europeus ainda não a tinham invadido. 

Já é tempo de a mídia brasileira livrar-se desses padrões 
impostos por gente com uma indiscutível ideologia racista. 

Ainda bem que eu não acompanho novelas, né? 

Abraço do tesco. 

SORTESCO 264


SORTESCO 264
OS MELHORES CONTOS DE 
ALEXANDRE HERCULANO 

Nem toda literatura portuguesa é insossa, 
Herculano está aí pra trazer dinamismo às 
narrativas. Embora muitos dos seus textos 
enfoquem batalhas, ele trata também, e 
bem, de tramas outras, perfidiosas ou 
românticas. Sejam narrativas lendárias 
e/ou históricas, as cobre de emoção do 
mesmo jeito. Vale a pena lê-lo. 
Este volume traz: 
1. A batalha do Críssus; 
2. O alcaide de Santarém; 
3. A dama pé-de-cabra; 
4. O bispo negro; 
5. A morte do Lidador; 
6. O castelo de Faria; 
7. Arras por foro de Espanha; 
8. A abóbada. 
Edição do Círculo do Livro, capa dura, 240 páginas

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar esta sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 27/07/2013. 
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, 
ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

sábado, 20 de julho de 2013

SORTESCO 263 - RESULTADO


Na extração de hoje da 

 Loteria Federal
a dezena do 5° prêmio é 28,
de grupo não escolhido e,
por aproximação, como o Chico abre
mão de sua opção, a vencedora é
HISCLA!

Parabéns!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

BRASILEIRO LÊ POUCO?


Em 2006, o "portal aprendiz", da UOL, divulgava: 

"Brasil tem menos livrarias que Buenos Aires
10/03/06
Embora o Brasil tenha grandes escritores e muitos
reconhecidos 
internacionalmente, o país tem menos
livrarias do que a cidade 
de Buenos Aires, capital da
Argentina."
 


E complementava: 
"Segundo a Associação Internacional de Leitura Conselho
Brasil 
Sul, enquanto o brasileiro lê em média um livro por ano,
os 
chilenos, uruguaios e argentinos lêem quatro. "

Não tive conhecimento dessa "notícia" na época, soube dessa 
"preciosa" estatística um dia desses, ao ler uma crônica da
Yvonne, 
em "O Boletim". Apesar de ter vindo da Yvonne, não
acreditei na 
história:
"Deve ser fanfarronice de argentino!", pensei.  


Muito esquisita a informação, pois, segundo a Wikipédia, o
Brasil 
tem 5570 municípios, e nem todos têm livraria,
obviamente, mas 
estimei que metade deles tivesse (também
não têm), só aí seriam 
mais de 2700 livrarias que a capital
argentina teria que ter, para 
superar toda a municipalidade
brasileira. 


Ora, Buenos Aires tem 48 bairros, portanto, deveria ter mais
de 
50 livrarias por bairro, o que, para um só bairro já é difícil, 
imagine-se para todos os bairros de uma cidade (mesmo
argentina!). Não tem 
comércio que suporte isso. 

Pesquisndo agora, veja que o Blog da Estante Virtual, em
setembro 
de 2009, já desmentia a balela: 

"A Argentina tem mais livrarias que o Brasil? Que nada. 
O mais recente censo realizado pela Associação Nacional
de 
Livrarias (ANL) (e divulgado pela PublishNews) calculou
que 
existem 2.680 livrarias em território nacional – o dobro
do 
nosso vizinho sulamericano." 

Hum... O velho complexo-de-vira-lata atacando de novo! 

Já na Globo News, em maio do ano passado, lê-se: 

"Buenos Aires é uma cidade que respira cultura. Os
portenhos 
leem a qualquer momento e circunstância do
dia. Deve ser por 
isso que a cidade tem 600 livrarias –
muito mais do que países 
inteiros da região." 

Uma reportagem de Opera Mundiem dezembro de 2011,
fala 
em 370, de qualquer maneira, um bom número. Mas,
não adianta 
ter milhares de livrarias disponíveis, se não
existem leitores para 
comprar o produto. 

Aí é que vem o tema do título do post. Já é tradição dizer-
se que 
o brasileiro lê pouco, e daí se deduz que o dito
cujo é ignorante, 
ou, pelo menos, menos culto que os
habitantes de outras nações. 
Intrinsincamente se
confunde leitura com cultura! 


- Ora, tesco, e não dá no mesmo? 

Não! Respondo eu, enfaticamente. Para o termo 'cultura'
o estudo 
de Kroeber e Kluckhohn, em 1952, encontrou
cerca de 167 
definições diferentes, das quais as principais
são as vertentes 
agrícola e sócio-antropológica. A agrícola
é a acepção original do 
termo, referindo-se "ao cultivo da
terra para produção de espécies 
vegetais úteis ao
consumo do homem". (Wikipédia). 
A sócio-antropológica
refere-se ao "complexo que inclui o 
conhecimento, as
crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes" 
(Wikipedia) de
uma sociedade. 


A acepção vulgarmente utilizada, decorre de "ter sido
associada 
ao conceito de civilização no século 18", que é,
basicamente, o 
comportamento de elite, e que, na verdade,
pode se chamar de 
erudição. 
Portanto, o hábito da leitura leva à erudição, e não, 
necessariamente, à cultura. 

 - Ah! Parece-me que você é um grande erudito! 

Qualé? Vai gozar com a minha cara, é? Mas é isso mesmo. 
Olhe que não sei nadar, não sei montar a cavalo, não sei
tocar 
viola, não sei tirar leite de uma vaca, nem mesmo sei
plantar 
batatas! Se eu disser que sou culto e que um jovem
camponês, 
que sabe fazer tudo isto, mesmo que seja
analfabeto, é um 
ignorante, isso não tem nada a ver com
cultura, mas com 
presunção! 

Agora, que o brasileiro lê pouco é um fato. A maioria das 
respostas, quando se indaga o porquê disso, é
peremptória: 
"Porque o livro é caro!". 

Na verdade, este é um dos fatores, mas não é o principal. 
Imagine um jovem trabalhador do comércio - pode ser até 
balconista de livraria - que chega em casa depois de um
dia 
estafante de trabalho, e com sua dose de transporte
coletivo - 
que ele não é milionãrio pra ficar transitando de
táxi. Após o 
banho e o jantar, eis que chega o momento
do descanso. 
Ele pega "Os Lusíadas" e vai decifrar
Camões, com um 
linguajar de quase 500 anos atrás?
"Claro que não! 
Principalmente hoje, que passa um filme
muito bom na TV". 


Certo. Mas, e amanhã? "Também não vai dar, tem Flamengo 
contra São Pulo, um jogão! Não posso perder, né?" 
(Não por mim, podem perder os dois e eu nem xingo o juiz). 

 E assim vai, os focos para desviar a atenção de livros são 
inúmeros. Não se pode tirar um jovem dum forró, para que
ele 
fique conjecturando se Capitu traiu Bentinho no século
19! 
"Ora essa! Se ela deu pra outro, o corno que dê seu jeito, 
mulher é que não falta!" 

Além de tudo, a "cultura-erudição" apregoada, o que é? 
Passei 60 anos sem ler nada de Mallarmé, estarei perdendo 
muito? Se li algo de Keats, de Yeats ou Verlaine, nem lembro. 
E não me parece fazer falta. O Kundera que li não gostei. E os 
de Dostoiévski também não. Ora, então ler pouco não é um 
defeito tão grande quanto a mídia faz parecer. E não é apenas 
lendo que se aprende a votar e/ou exigir seus direitos. 
Sofrimento na própria pele também é um professor muito 
eficaz. 

Não estou, de modo algum, pregando a não leitura. Nada disso. 
Principalmente editando um blog que promove sorteio de livros. 
Até agora, neste ano, li mais de 60 livros (65 pra ser exato), e 
devo manter a média até o final do ano. Portanto, sou adepto 
da leitura. E até parece que estou lendo pelos que não leem. 
Risos. 

Mas temos que apreciar tudo "com  moderação", não somente 
a cerveja. Quem não gosta de ler, não leia, ora. Eu nunca fui 
ver corrida de cavalos! 

Abraço do tesco. 

domingo, 14 de julho de 2013

SORTESCO 263

FENÔMENOS PSÍQUICOS
NO MOMENTO DA MORTE
por ERNESTO BOZZANO



O livro compõe-se de três monografias
(provavelmente já publicadas
de modo
isolado), cujos 
títulos são:
1 - Aparições de defuntos 
no leito de
morte; 2 - Fenômenos de 
telecinesia
em relação com acontecimentos de
morte; e 3 - Música transcendental. 

São casos do início do século 20 e fins
do século 19, mas 
todos com nomes 

e datas, não como nos spams que 
recebemos, que relatam o ocorrido com "um amigo  
do irmão da professora da filha da minha vizinha". 
Claro que não vamos procurar os citados, mas isso 
me parece uma comprovação de seriedade. 
Livro já sorteado em março de 2012, mas eu tinha dois 
exemplares e não sabia. 

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar isto sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 20/07/2013. 
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, 
ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

sábado, 13 de julho de 2013

SORTESCO 262 - RESULTADO

Na extração de hoje da 

 Loteria Federal
a dezena do 5° prêmio é 66,
de grupo não escolhido e,
por aproximação, a vencedora é
JAQUICELI!

Parabéns!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

POBRE E INFERNO


Lendo "Os 100 melhores contos de humor da literatura
universal", 
organizado por Flávio Moreira da Costa,
encontra-se um conto 
de Francisco de Quevedo, escritor
espanhol, do século 17. 


Trata-se de "O alguazil endemoninhado", em que o alguazil,
antigo 
oficial de polícia na Espanha, sofria com a
"incorporação" de 
espírito obsessor, o que era conhecido
como 'possessão do diabo'. 
Todo espérito que se
manifestasse através de um médium, era 
considerado um
'demônio' ou 'diabo', a não ser que, auxiliando 
numa cura
qualquer, fosse 'promovido' a algum santo, ou mesmo, 

a 'Nossa Senhora'. 

Dá-se o diálogo do "diabo" com um interlocutor, que não
lembro  
quem era, mas pela paciência e respeito apresentados,
não deve 
ser um padre, pois estes não costumam respeitar
os diabos. 


Selecionei o trecho em que o "diabo" é questionado sobre
população dos pobres no inferno. Sigam o diálogo: 


"O ALGUAZIL ENDEMONINHADO
Francsco de Quevedo 
(1580-1645 - Espanha)

- Tudo isso está muito bem - disse-lhe eu. - Só queria 
saber se no Inferno há muitos pobres.
- Pobres? Que é isso? - replicou.
- O homem - disse eu - que não tem nada de quanto 
tem o mundo.
- Ora! Está claro que não! - disse o Diabo. - Se o que 
condena os homens é o que têm do mundo, e esses 
não têm nada, como hão de ser condenados? 
Nesta parte os nossos livros estão em branco. 
E não vos espanteis, porque até diabos faltam aos 
pobres; e, assim, os deixamos; e às vezes mais 
diabos sois uns para outros do que nós mesmos. 
Há diabo como um adulador, como um invejoso, como 
um amigo falso e como uma companhia má? Pois todos 
estes faltam ao pobre, a quem não adulam, nem invejam, 
que não tem amigo mau nem bom, nem o acompanha 
ninguém. Estes são os que verdadeiramente vivem bem 
e morrem melhor." 


Evidentemente, é uma simplificação, os pobres estão 
sujeitos a tantas dificuldades na vida, que não lhe faltam 
oportunidades para "pecar", ou seja, desvirtuar suas 
ações, enveredar por maus camihos. 

Mesmo a pobres não faltam aduladores, invejosos, falsos 
amigos, inimigos, más companhias e situações de risco 
moral. 

Porém, cabe notar a universalidade dos conceitos que 
são transmitidos pelos espíritos, sejam eles iluminados, 
com bons propósitos, que querem nos esclarecer, a nós, 
encarnados, sejam os sofredores, com muitas dívidas 
na consciência, e os que não têm nenhum compromisso 
com a verdade. 

Cotejando e comparando as informaçãoes, verificamos 
que é consenso no mundo espiritual: 
A riqueza é uma provação muito difícil para o espírito 
que pretenda se manter num bom caminho. 

Como é praxe o esquecimento do mundo espiritual ao 
reencarnarmos, as boas resoluções são arquivadas num 
escaninho da "memória espiritual" e só se revelam sob 
o domínio do inconsciente. São as 'intuições', que nos 
aparecem como 'flashes', relâmpagos, e que seguimos 
ou não, conforme nossa índole e a educação recebida 
no começo da existência.  

Sendo a tendência normal, a sobreposição dos prazeres 
materiais a nossas tendências humanitárias, torna-se 
mais difícil para quem dispõe de mais recursos materiais 
na Terra, atender aos apelos morais e benfazejos 
lançados com as intuições. Por isso torna-se "mais fácil 
passar um camelo pelo fundo de uma agulha"

Mas não desesperemos. Estamos subindo a ladeira, com 
vagar e milimetricamente, e, com a ajuda dos amigos, a 
gente chega lá. "We get by with a little help of our friends". 

Abraço do tesco.