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sábado, 29 de março de 2014

SORTESCO 293 - RESULTADO

a dezena do 5° prêmio é 70,

e, por aproximação, 
a opção vencedora é de  
CLARA LUCIA!
Parabéns!

quarta-feira, 26 de março de 2014

SORTESFCO 23 - RESULTADO

a dezena do 5° prêmio é 27,

a opção vencedora é de  
CLARA LUCIA!
Parabéns!

domingo, 23 de março de 2014

PRESENÇA DA MÃE

A função da mãe tem sido cantada em verso e prosa, muito 
exaltada, enobrecida e venerada, porém, até que não tem 
sido muito explicada. 

- Como assim? Será preciso explicar a função da mãe na 
vida de qualquer pessoa? 

Não falo sobre o parto ou sobre a nutrição, isso já tem sido 
suficientemente esclarecido, refiro-me aos aspectos mais 
psicológicos, que também são essenciais. 

- Ora, tesco, vê-se que esse não é seu campo de estudo. 
Muita pesquisa tem sido feita e publicada sobre aspectos 
psicológicos no desenvolvimento da personalidade, com
presença ou ausência da mãe. 

Sim, ainda não consegui expressar o que estou pensando. 

- Então desembuche. Estamos aqui, com muito boa vontade, 
aguardando o pronunciamento de Vossa Excelência. 

Tá, mas não precisa esse sarcasmo todo! 
O que sucede é que li, por esses dias, o artigo de Leonardo 
Boff, publicado em 17.02.2014, sobre "A carícia essencial". 
e, como não estou me fazendo entender, passo direto à 
citação do renomado teólogo. Diz ele num trecho do artigo: 

"Ao acariciar a criança a mãe lhe comunica a experiência 
mais orientadora que existe: a confiança fundamental na 
bondade da vida; a confiança de que, no fundo, apesar das 
tantas distorções, tudo tem sentido; a confiança de que a 
paz e não o pesadelo é a realidade mais verdadeira." 

Com estas palavras se percebe o que a mãe, consciente ou 
inconscientemente, está transmitindo ao bebê, ou à criança. 
É algo que vai se refletir por toda a existência da pessoa, 
queira ela ou não, pois fica embutido na personalidade. 

- Certo. Mas isso não é novidade: Muita coisa já foi publicada 
com esse sentido. 

Sim, publicado foi, e é fato sabido, sem dúvida, mas como se 
garante que esse ensinamento foi devidamente assimilado? 
Desta maneira, nunca é demasiado repetí-lo. 

E, sem nenhum desmerecimento, a função da mãe não tem 
que ser, necessariamente, DA mãe, o que tem que ser é DE 
mãe: Pode ser exercida por um pai, uma madrasta, uma tia, 
um irmão, uma irmã, uma babá... O importante é que seja 
exercida. Esse é o maior drama atualmente, não são todos 
que se dispõem a exercer esse mister. 

- Ah, por isso é que num comercial um rapazinho dizia: 
"Você é uma mãe, pai!". 

É por aí. Continua Boff, no parágrafo seguinte: 

"Assim como a ternura, a carícia exige total altruísmo, 
respeito pelo outro e renúncia a qualquer outra intenção 
que não seja a da experiência de querer bem e de amar. 
Não é um roçar de peles, mas um investimento de carinho 
e de amor através da mão e da pele, pele que é o nosso 
eu concreto." 

Pelas características citadas neste parágrafo, se vê que, a 
pessoa mais capacitada a exercer o paapel de mãe, é a 
própria mãe, naturalmente. Isso porque, na maior parte das 
vezes, a mãe já é preparada no mundo espiritual, para estas 
atividades e, quando não concorda com os termos, mas tem 
a dívida que obriga a isso, as contingências da vida terrena 
lembram-na, constantemente, dessa sua obrigação. 

- Hum! Quer dizer: "Já que estamos nessa situação...",
então tal 
condição será satisfeita. É isso? 

Sim, pode-se dizer dessa forma. Mas Boff expressa mais 
adiante, um conceito de afeto, que necessita de um adendo, 
no meu modo de ver. Diz ele: 

"O afeto não existe sem a carícia, a ternura e o cuidado."  

Eu acrescento a isso, que esses fatores são isoladamente 
suficientes, não sendo necessária a presença dos três para 
caracterizar o a feto. Isto porque, existe muita gente (sim, 
muita mesmo!) que não consegue demonstrar o afeto que 
têm, conjugando carícia ou ternura, mentalizando que 
apenas o cuidado já basta. 

Isso (ausência de um ou mais fatores) não traduz ausência 
de afeto, pode-se falar em incompletude, mas não ausência. 
A não demonstração de ternura ou carícia é uma faceta do 
desenvolvimento da personalidade do indivíduo, e não se 
pode obrigar um indivíduo a ser terno, se não houve preparo 
para isso. 

Essa deficiência é muito notável entre os pais (machos), 
notadamente entre os pais mais antigos. Isso só pode ser 
corrigido através da vivência, num trajeto demorado e, por 
vezes, doloroso. 

Mas é assim que a vida funciona! 

Abraço de mãe, digo, do tesco. 

SORTESCO 293

DISCOTECA
APRENDA AS DANÇAS DA MODA
de JACK VILLARI e 
KATHLEEN SIMS VILLARI
Evidentemente é algo defasado, faz 
muito tempo que discoteca não é 
dança da moda, na verdade, o livro é 
de 1978. E por que foi adquirido, uma 
vez que não tenho nenhuma afinidade com dança? Não sei. Talvez tenha 
pensado que trazia muitas 
informações sobre as músicas e suas letras. 
De qualquer maneira, deve ter sido bem barato. 
Coloco-o aqui porque pode ter alguém que queira reviver 
estes passos, nunca se sabe, né? Formato revista (21x27) 
e 125 páginas. 

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar esta sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 29/03/2014. 
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, 
ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

sábado, 22 de março de 2014

SORTESCO 292 - RESULTADO

a dezena do 5° prêmio é 42,

e, por aproximação, 
a opção vencedora é de  
CLARA LUCIA!
Parabéns!

quinta-feira, 20 de março de 2014

SE HÁ TANTA PAZ...

Faz, pelo menos, uns dez anos que li este poema nas páginas 
do "Reformador", - mensário fundado em 1883 e contando com 
publicação ininterrupta até agora - órgão oficial da Federação 
Espírita Brasileira.  

Concomitante a versos bem construídos encontramos uma
mensagem bela e atual. Quem dera que os homens prestassem 

mais atenção na beleza e na paz transmitida por tudo que nos 
cerca! 

SE HÁ TANTA PAZ... 
Luna Fernandes 

Se há tanta paz no azul que o céu abriga, 
Se há tanto azul, que tanto bem nos faz, 
Se há tanto azul e há tanto céu, me diga 
Por que é que o homem não encontra a paz? 

Se há tanta paz no verde-mar da onda 
Que faz-se verde e em branco se desfaz, 
Se há tanta onda pelo mar, responda: 
Por que é que o homem não encontra a paz? 

Se há tanta paz no olor das multicores 
Flores: Orquídeas, rosas, manacás... 
Se há tanta paz em cada flor e há tantas flores, 
Por que é que o homem não encontra a paz? 

Se há tanta paz nos cânticos suaves 
Que entoam na alvorada os sabiás, 
Se ha paz num canto de ave e há tantas aves, 
Por que é que o homem não encontra a paz? 

Se há tanta paz na brisa que desliza 
Sobre as folhagens, tímida e fugaz; 
Se há tanta paz na brisa e há tanta brisa, 
Por que é que o homem não encontra a paz? 

Se há tanta paz nas expressões tão mansas 
Que ao vir ao mundo uma criança traz, 
E cada dia existem mais crianças, 
Por que é que o homem não encontra a paz? 

Se há tanta paz nos corações com fé 
Que atrai o bem e afasta as coisas más, 
Então oremos juntos, todos em pé, 
Para que o homem encontre um dia a paz!

   *   *   *
Enquanto o homem não se dá conta do que tem nas mãos,
oremos, pois isso também é uma ação poderosa. 


Abraço do tesco.

SORTESFCO 23

 SERPENTE DO ESPAÇO
de  VONDA McINTYRE 
Serpente é uma curandeira, numa Terra 
pós-holocausto, que utiliza o veneno das 
suas serpentes Salsa, Cacimba e Saibro, 
geneticamente modificado, para curar os 
doentes. Quando Salsa morre, Serpente 
parte em busca de uma substituta, tendo 
conhecimento de que estes répteis são 
muito difíceis de procriar. No caminho, 
Serpente encontra algo tão precioso 
quanto o objeto de sua busca: 
Amizade e amor. 
Ficção científica que pode ser lida apenas como ficção, 
sem perder seu impacto com isto. Tem 240 páginas. 

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar esta sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 26/03/2014. 
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, 
ATÉ às 17 horas do dia do sorteio.

domingo, 16 de março de 2014

TERRA ABENÇOADA

Sabe aqueles filmes que dizem "perseguidos por maldições', 
em que vários dos atores principais morrem ou têm suas 
vidas marcados por tragédias? À primeira vista a telenovela 
"O bem amado" seria uma dessas obras. 

Uma das principais atrizes da trama, Dorinha Duval, que na 
novela interpretou Dulcinea Cajazeira - que foi assassinada 
pelo marido, Dirceu Borboleta - em 1980, matou o marido, 
Paulo Sérgio Alcântara, com três tiros, sendo condenada a 
seis anos de prisão. 

Em 1983, aos 55 anos, falece Jardel Filho, que havia sido 
intérprete do médico, doutor Juarez Leão, e em 1993, 
Sandra Bréa, que na novela era Telma, filha de Odorico, 
anunciou que havia contraído o vírus HIV. O clima para 
uma série de tragédias, que poderiam ocorrer em breve, 
estava formado. 

Mas não se sucedeu, posteriormente,  nada demais. Dorinha 
cumpriu a pena e se dedica às artes plásticas; mesmo com 
boas perspectivas pela frente, morrer aos 55 anos, como foi 
o caso de Jardel, não é nenhuma tragédia; e Sandra faleceu 
em 2000, devido a um câncer de pulmão. 

Pra se ter a ideia correta das coisas, listo o ano de 
falecimento e a idade no óbito, de alguns dos atores e 
atrizes daquela novela: 

Apolo Corrêa (maestro Sabiá), 1987 aos 86; 
Angelito Mello (mestre Ambrósio), 1989 aos 70; 
Arnaldo Weiss (seu Libório da farmácia), 1989 aos 58; 
Lutero Luiz (dentista Lulu Gouveia), 1990 aos 59; 
Paulo Gracindo (Odorico Paraguaçu), 1995 aos 84; 
Carlos Eduardo Dolabella (Neco Pedreira), 2003 aos 65; 
Zilka Salaberry (Donana Medrado), 2005 aos 87; 
André Valli (primo Ernesto Cajazeira), 2008 aos 62; 
Ida Gomes (Doroteia Cajazeira), 2009 aos 85; 
Dirce Migliaccio (Judiceia Cajazeira), 2009 aos 76; 
e o espanhol da bodega, Pepito, interpretado pelo espanhol 
Juan Daniel, faleceu em 2008, mas aos 101 anos de idade. 

Como vemos, nada de tragédia e, ao lado disso, vários dos 
participantes continuam vivos a atuantes, como Lima Duarte, 
Emiliano Queiroz, Milton Gonçalves, Maria Cláudia, Ruth de 
Souza, Dilma Loes, João Carlos Barroso, Rogério Froes, 
entre outros. 

Parece que estas 'maldições' só acontecem no exterior! 
Ufa, que alívio! 
Por aqui apenas caem viadutos, marquises de edifícios, 
coberturas de estádios, as transposições não transpõem, 
operários morrem em construção de estádios, etc., somente 
bobagens! 
Ô terra abençoada! 

Abraços do tesco. 

SORTESCO 292

O BEM AMADO 
de DIAS GOMES 
Texto compactado da telenovela 
exibida em 1973. Texto muito 
inquietante na época, pois estávamos 
em meio à ditadura e a maioria dos 
prefeitos era ou do partido do governo 
ou favorável a ele. Expor mazelas de 
um prefeito era, então, algo próximo 
à subversão. Tem apenas 90 páginas, 
se tivesse mais, o leitor correria o risco 
de prover a inauguração do cemitério 
de Sucupira, pois morreria de rir. 

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Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
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O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 22/03/2014. 
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ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

sábado, 15 de março de 2014

SORTESCO 291 - RESULTADO

a dezena do 5° prêmio é 71,

e, por aproximação, 
a opção vencedora é de  
ANTONIO!
Parabéns!

quinta-feira, 13 de março de 2014

SORTESFCO 22 - RESULTADO

Nesta edição do sortesFCo, 

sem concorrentes, a vencedora é: 

HISCLA!

Parabéns!

segunda-feira, 10 de março de 2014

SOBRE ESCOLHA E FELICIDADE

Alguns conceitos emitidos no post 'Analisando letras-10', 
sobre situações em que se pode escolher, e sobre felicidade, 
podem ser questionados. Tudo bem. Ninguém está obrigado 
a pensar no mesmo molde em que eu penso. 

Porém, agrada-me ver que não sou exceção ao pensar do 
modo em que exprimi os conceitos. O poeta c. a. Beiral, no 
livro "Cantigas & apontamentos" (sortesco 288), apresenta 
um soneto que expressa as mesmas convicções. Pela sua 
beleza e boa construção, copiei-o e arquivei-o, e o mostro 
agora, para que comparem os conceitos: 

DEPOIS... 
c. a. Beiral 

De mim dependo ser feliz ou não... 
Disso tenho certeza e não me engano, 
de vez que nos arbítrios da razão 
eu sou de fato o grande soberano. 

Sou responsável por qualquer ação 
no sentido do bem ou cause dano, 
e pelas consequências da omissão, 
porque assim constrange o ser humano. 

Por isso é que reafirmo: ser feliz 
ou desgraçado, vida rude ou calma, 
a bondade de Deus não contradiz. 

Apenas cada qual depois recolhe 
o fruto que escolheu, que amarga n'alma, 
se doce sementeira não escolhe... 
   *   *   *   

A Lei da Ação e Reação não é uma lei criada pelos homens, 
e a sementeira é livre, mas a colheita obrigatória, portanto, 
nada fora dos padrões Divinos. 

Abraço do tesco. 

SORTESCO 291

 O PRINCÍPIO DA CIVILIZAÇÃO 
de  EDITORA FOLIO 
Livro grande (25x29 cm), de capa
dura 
e 120 páginas, é o primeiro
volume da 
coleção Grande História
Universal, da 
qual tenho apenas os 
primeiros quatro volumes. Inicia 
com os dados antropológicos de 
praxe, os fósseis humanos achados 
na África, depois continua com 
Europa, Egito e Mesopotâmia, como
seria de se esperar. Mas enfoca 
também América, Índia, Ásia
Oriental e Austrália. 
Todos ordenados pelos tópicos: 
Acontecimentos, Economia e Sociedade, Ciência e Técnica, 
Arquitetura e Urbanismo, Arte e Literatura, e Religião. 

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar esta sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 15/03/2014. 
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ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

ANALISANDO LETRAS-10

DODÓ E ZEZÉ 

As letras de Tom Zé são sempre muito instigantes, por vezes 

inovadoras, por vezes com significações mais profundas. 
E não deixam de se inserirem em melodias agradáveis. 

Esse diálogo entre "Dodó e Zezé" que apresento hoje, foi 
incluída no álbum "Todos os olhos", produzido em 1973, e 
pode parecer apenas muito jocoso. É uma letra jocosa sim, 
mas não somente isto, cada resposta (e cada pergunta) é 
capaz de gerar animadas sessões de debates sociológicos. 

Antes de comentar qualque verso da letra, apresento-a aí 
embaixo e, quem quiser relembrar a melodia, pode clicar 
no título da música que o link leva direto ao You Tube (que 
não tem animação, mostra apenas a capa do álbum). 
Quem interpreta o Dodó é Odair Cabeça de Poeta. 

DODÓ E ZE
Tom Zé 

- E por que é que a gente tem que ser marginal ou cidadão? 
Diga, Zezé! - É pra ter a ilusão de que pode escolher, viu, Dodó? 
- E por que é que a gente tem de ter um medo danado 
de tudo na vida? diga, Zezé! 
- É pra aprender que o medo é o nosso melhor conselheiro, 
viu, Dodó? 
- Sorrisos, creme dental e tudo... 
E por que é que a felicidade anda me bombardeando? 
Diga, Zezé! 
- Anda o que, Dodó? 
- Anda me bombardeando. 
- Ah! É pra provar que ninguém mais tem o direito de ser 
infeliz, viu, Dodó? 
- E por que é que um Zé qualquer, de vez em quando, 
tem que dar sete sopapo na mulher? Diga, Zezé! 
- Ah, isso é pra no outro dia, de manhã cedinho, vender 
muito jornal, viu, Dodó? 
- E por que é? E por que é? E por que é? E por que é? 
- É porque porque, porque porque,
porque porque, porque porque, 

viu, Dodó? 
É porque a e porcá, é porque é e porqué, 
é porque i e porqui, é porque ó e porcó... 
É porque a e porcá, é porque é e porqué, 
é porque i e porqui, é porque ó e porcó... 
... 
   *   *   *   

Termina bem animadinha, né?  
Agora, vejamos os primeiros versos. 
A gente tem que ser marginal ou cidadão? 
Sim, é a resposta lógica. Se há um traço no chão, ou você 
está dum lado ou do outro. Isso significa que, normalmente, 
você cruza a linha se quiser. Então poderia escolher, e não 
tem "a ilusão de que pode escolher", como diz Tom Zé. 

Mas essa é uma visão simplista, há muitas variantes e, às 
vezes, pode-se ser forçado a cruzar a linha, tornando-se um 
marginal. Além do que, estas linhas são as leis humanas, e 
as leis humanas variam conforme o lugar ou a época. 
Além de tudo a classificação é humana. 

A Lei, imutável e coerente é a Lei Divina, e esta é uma linha 
que só é ultrapassada por escolha própria, pois a Lei está 
impressa na consciência de todos. Aí, portanto, somente se 
torna um marginal quem escolhe ser um marginal. 

Como Tom Zé se refere ao fato social, ele tem razão, muitas 
vezes se tem "a ilusão de que pode escolher". 

Em seguida acontece a reflexão sobre o medo. É "o nosso 
melhor conselheiro", diz o Tom. E é desse modo, o medo 
nos leva a ponderar sobre todos os eventos em nossa vida, 
quem faz as coisas sem refletir, geralmente se arrepende. 
Aqui, vale destacar, não se fala das fobias, medo exagerado 
de coisas, às vezes, triviais, nem se referencia, muito menos, 
à covardia. Há ocasiões em que se deve enfrentar os riscos, 
ou mesmo a certeza de prejuízo, sobrepujando o medo. 
Como disse Gandhi: "O medo tem serventia, a covardia não".  

Chega a vez de uma pergunta intrigante: 
Por que a felicidade anda bombardeando o Dodó? 
Temos agora três interpretações dessa 'felicidade'. 

A primeira é a felicidade dos bens materiais, essa que tem 
como símbolo ganhar na loteria ou, em tempos mais pra 
trás, receber uma herança de vulto. Aqui se encaixa também 
achar um tesouro no quintal (pensava que essa época tinha 
acabado). Mas, como tudo na vida é passageiro, essa 
'felicidade' um dia também acaba. 

A segunda interpretação de felicidade é a maneira de ver a 
vida, se o ponto de vista é o de que a felicidade real é poder 
ser útil, para o mundo e para as pessoas, então pode-se 
transmutar qualquer 'desgraça' em eventos felizes, assim, a 
felicidade se torna duradoura. 

O terceiro tipo é a felicidade imposta pela mídia. Aqui você 
não tem mais o direito de ser infeliz, afinal você bebe o 
refrigerante X, acompanhando o salgadinho Y, e se lhe vier 
qualquer indisposição, você toma um ou dois comprimidos 
de "Felicitex" e pronto, fica tudo maravilhoso outra vez. 
Além disso, para casos mais persistentes, você será muito 
bem atendido no Hospital Saudex, pois você tem o Plano 
de Saúde "Cobretudo". Melhor do que isso, nem em Krypton! 
O que isso tem a ver com felicidade?
Não sei, mas isso "anda lhe 
bombardeando" o tempo todo. 

Ainda relacionado à mídia é a quarta situação. 

- Oi, e o dujeito dá uns 'sopapo' na mulher por causa da 
mídia? 

Não, não 'por causa', mas a mídia retrata a realidade sempre 
do jeito mais escandaloso possível, e seleciona o que tem de 
mais escabroso no momento. Consequentemente, você não 
vê o mundo real, mas o mundo que a mídia quer que você 
veja.  

Assim, um Zé qualquer bate na mulher de acordo com o 
volume de 'novidades' que o jornal, a emissora, o site, tem 
em estoque. É o 'gato de Schrödinger', aparece morto ou 
vivo, a depender do momento midiático. 

Então, como vemos, é uma letra que dá pano pra manga! 

- Ei, ainda tem uma pergunta... 

Tem? 

 - Sim, o Dodó pergunta: "E por que é? E por que é?... " 

Ah, sim. É a pergunta que simboliza todas as perguntas. 

- Ah, é? 

Sim, e a resposta é que para qualquer pergunta sempre há 
uma resposta, mesmo que não convença ninguém. Mas, 
geralmente existe muita gente que se satisfaz com qualquer 
resposta. Viu, Dodó? 

- Ei, eu não sou Dodó não! 

Bem, agora é tarde! 

Abraço do tesco. 

SORTESFCO 22

AS EXTERMINADORAS 
de EDMOND COOPER 
Um futuro estranho, no século 25, quando 
a humanidade se reproduz por processos 
assexuados e a mulher prefere eliminar
pequeno contingente de machos que 
ainda resta. Uma das exterminadoras,
capturada 
pelos 'rebeldes', se apaixona
pelo chefe 
deles, e o casal recém formado
inicia sua 
saga, onde ela não é mais a
caçadora, mas a 
caça!
Apenas 148 páginas. Ainda bem! 


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O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
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segunda-feira, 3 de março de 2014

CRENÇAS ANTIGAS-2

Como vimos no primeiro post sobre crenças antigas, como 
informado por Fustel de Coulanges, os povos criam que a 
pessoa, depois da morte, continuava a viver normalmente, 
como vivia na superfície, mas agora sob a terra, no túmulo. 
Diz Coulanges:  

“Dessa crença primitiva derivou-se a necessidade do 
sepultamento. Para que a alma se mantivesse nessa 
morada subterrânea, necessária para sua segunda vida, 
era preciso que o corpo, ao qual permanecia ligada, fosse 
coberto de terra. A alma que não possuía sepultura não 
possuía morada, e ficava errante!". 

Vê-se aqui, uma ininteligível mistura entre a percepção da 
existência de uma dimensão além da matéria e o total 
desconhecimento das características dessa mesma 
dimensão. Cria-se na necessidade de um 'abrigo' para as 
almas, como temos casas durante nossa vida na terra. 
Para suportar as intempéries, talvez. 
Coulanges continua informando: 

"Em vão aspirava ao repouso, que deveria desejar depois 
das agitações e trabalhos desta vida; e era obrigada a errar 
sempre, sob a forma de larva ou de fantasma, sem se deter 
jamais, e sem receber nunca as ofertas e alimentos de que 
necessitava. Como era infeliz, logo se tornava perversa. 
Atormentava os vivos, provocava-lhes doenças, destruía 
colheitas, assustava-os com aparições lúgubres, a fim de 
fazer com que dessem sepultura a seu corpo e a si mesma. 
Daí se originou a crença nas almas do outro mundo”.  

Creio que temos aí a origem do pensamento moderno, 
felizmente, nao mais relacionado à sepultamento, de que 
o espírito torna-se errante caso não complete sua "missão" 
(na verdade, expiação) sobre a terra. Deixou algo 'pendente', 
portanto, não consegue chegar a 'seu destino'. 

Mas, essa 'necessidade' de sepultura gerou um pensamento 
estranho entre os homens e, mais estranho ainda, um 
comportamento excludente: 

"Nas cidades antigas a lei punia os grandes criminosos com 
um castigo considerado terrível, a privação da sepultura. 
Punia-se desse modo a própria alma, condenando-a a 
suplício quase eterno.". 

Uma deturpação evidente de um conceito que deveria ser 
predominante, mesmo nas épocas mais antigas: "Cada um 
é responsável por si mesmo". Infelizmente, não era isso que 
predominava, mas uma absurda delegação de poderes 
sobre a própria alma. 

Por muito tempo a Igreja Católica, dominante em toda a 
Idade Média, negou sepultamento em "Campo Santo", como 
eram denominados os cemitérios oficiais, aos suicidas, por 
exemplo, como nos informa o Cônego José Luiz Villac, em 
"Catolicismo - Revista de Cultura e Atualidades", pois: 

"O suicídio é um pecado escandaloso, que atenta contra 
os direitos de Deus... É um pecado gravíssimo que precipita 
a alma diretamente no inferno.", e 
"Por esta razão, as leis da Santa Igreja (cânones 1184/5) 
vedam conceder exéquias eclesiásticas aos “pecadores 
manifestos” — como é o caso dos suicidas — “a não ser 
que antes da morte tivessem dado algum sinal de 
arrependimento”. 

Estas normas, atualmente, estão muito mais abrandadas, e 
já se admite até "que sejam celebradas as missas de corpo 
presente" em diversos casos. 

Prossigamos, no entanto, com as explanações de Coulanges: 

“Notemos bem que não bastava confiar o corpo à terra. Era 
necessário ainda obedecer a ritos tradicionais, e pronunciar 
determinadas fórmulas. Sem os ritos e fórmulas da cerimônia
fúnebre as almas tornavam-se errantes e apareciam aos 
vivos, era evidente que tais ritos fixavam-nas e encerravam-
nas dentro dos túmulos."

Pronto! Era tudo que os sacerdotes queriam: Necessidade de 
rituais! Nesse campo eles entram de sola. Mesmo que estes 
procedimentos, originalmente, fossem responsabilidade do 
chefe da família, pouco a pouco (ou muito a muito, que não 
sei qual foi o ritmo), eles apossaram-se da administração e 
execução destes processos. 

Essas ideias estavam tão impregnadas nas mentes desse 
pessoal, que a morte não os intimidava, desde que fossem 
cumpridos os ritos: 

“Vê-se claramente, pelos escritores antigos, como o homem 
era atormentado pelo medo de que, depois de sua morte, 
não fossem observados os devidos ritos. Essa era uma fonte 
de inquietudes pungentes. Temia-se menos a morte que a 
privação da sepultura, pois desta última dependia o repouso 
e felicidade eterna"

Seria cômico, se a mentalidade na humanidade hoje fosse 
bem esclarecida e diferente de antigamente. Mas isso não 
se dá. Muitas das ideias errôneas que dominavam os tempos 
antigos, ainda hoje se entremeiam no ideário comum. 

Testemunho disso são costumes que se perpetuam no nosso 
ambiente, como dizer, por exemplo, "Que a terra lhe seja 
leve!", ou gravar numa lápide "Aqui repousa...", para se 
referir tão somente aos restos mortais. 

Urge nos informarmos sobre as realidades dessa dimensão, 
tão misteriosa antigamente, e hoje aclarada pelas boas 
novas fornecidas pelos próprios espíritos que cruzaram esse 
portal antes de nós. Agora temos um 'guia turístico' tão certo 
e seguro quanto os modernos guias de cidades. Ele se chama 
"O livro dos espíritos", só fica perdido "como cego em meio 
a um tiroteio" quem quiser! 

Abraço do tesco.