TRADUTOR

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

quarta-feira, 4 de julho de 2018

SE SOUBESSES...


Se soubesses quão venenoso é
o conteúdo de fel a tisnar o cálice da aversão,
decerto compreenderias
que todo golpe de crueldade
não é senão desafio
à tua capacidade de entendimento.

Se soubesses a trama de sombra
que freme, perturbadora,
em torno da palavra infeliz que proferes,
na crítica à luta alheia,
preferirias amargar no silêncio
as feridas de tua mágoa,
esperando que o tempo lhes ofereça
a necessária edicação.

Se soubesses a quantidade dos crimes,
oriundos da revolta e da queixa,
escolherias padecer toda sorte de sofrimento
antes que reclamar consideração
e justiça em teu próprio favor.

Se soubesses a multidão de males
que a vingança provoca,
esquecerias sem custo os braseiros de dor
que a calúnia te arremessa à existência.

Lembra-te de que o ódio é
o grande fornecedor das prisões
e de que a cólera é responsável pela maior parte
das moléstias que infelicitam a vida
e guarda o coração na grande serenidade,
se te propões conservar em ti mesmo
o tesouro da paz e a bênção da segurança.

Ainda mesmo que alguém te ameace
com o gláudio da morte,
desculpa e segue adiante,
porque as vítimas ajustadas aos marcos
do Bem Eterno elevam-se de nível,
enquanto que os ofensores,
ainda mesmo os aparentemente mais dignos,
descem aos princípios do tempo
para o acerto reparador.

De qualquer modo, se a aflição te procura,
cala e perdoa sempre,
porque se o Mestre nos exortou
ao amor pelos inimigos,
também nos advertiu que
a mão erguida à delinquência da espada,
agora, hoje ou amanhã, na espada fenecerá.
============
Emmanuel
(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)

Nenhum comentário: