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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

RODEIOS DA VIDA

Na semana retrasada, Shirley publicou... 

- Peraí, tesco, poesia não é nas quintas-feiras? 

Sim, mas o que vai ser analisado não é poesia romântica, o 
que é o normal das quintas. O poema publicado foi sobre um 
tema ético-moral, de alcance social. 

- Ah! A corrupção, Petrobrás, PT, mídia partidária que sonega 
informação sobre a desgraceira que seus partidos fazem, essas 
coisas? 

Não, nada disso, também é vergonhoso mas é sobre outros 
aspectos da sociedade. É sobre a exploração do sofrimeto dos 
animais para divertimento público. O poema publicado tem o 
título de "Rodeio", mas a crítica abrange as touradas e as 
vaquejadas. 

Quando se torna necessário buscar o auxílio dos animais para 
conseguir executar as diversas tarefas humanas, não é coisa 
reprovável utilizár sua força muscular. Mesmo nessa faceta do 
caso, os excessos tendem a ser coibidos pela sociedade. 

Mas utilizar-se do esforço e das peculiaridades dos animais, 
com a exclusiva finalidade de divertimento é, simplesmente, 
odioso! 

Veja a comoção e revolta expressadas no poema da Shirley: 

RODEIO
Shirley
(2015.08.22)

Na fronteira da vida 
um portal sinistro se abre 
e o nosso irmão menor 
indefeso e inocente 
depara-se com a imensidão 
da crueldade humana. 
À sua frente está o homem 
exibindo pseudo coragem 
e evidente ignorância 
sem saber que semeia e aduba 
sua futura colheita. 
É incompreensível 
que por ganância 
criaturas se vendam e soneguem 
a própria consciência. 
Rodeio 
tourada 
vaquejada 
são palavras 
carregadas de terror. 
Diante de tanta covardia 
de tanto primitivismo 
meu coração angustiado emerge 
de singular perplexidade. 
Nessas horas abissais 
eu daria minha vida 
para acabar com essa maldade 
e salvar os animais." 

   ***   ***   ***  

Despreza-se a integridade psicológica  dos animais, assim 
como seus direitos elementares. Psicológica sim, podem negar 
porque lhes apraz, mas sua individualidade, sensibilidade e 
capacidades cognitiva e de memória são irrefutáveis.  

Somando-me ao pensamento e à intenção da Shirley, lanço 
também meu grito de revolta contra essa insensibilidade e 
essa crueldade humana: 

APELO AO RACIONAL
tesco
(2015.08.25)

Pretexto de diversão, 
Com alma que enegrece, 
A humanidade tece 
Tortura de nosso irmão 

Bem na fronteira da vida 
Ele sofre desamor 
Carregado de terror 
Procura e não vê saída 

Daquele portal sinistro 
Daquele triste portão 
Não entendendo a razão 
De semelhante registro 

Fugir de leão - quem dera - 
Correndo pela savana 
A ignorância humana 
É pior do que a fera 

Taxar de primitivismo 
É pouco pr'essa maldade 
Dosagem de crueldade 
Em meio a muito sadismo 

Por certo erraram seu nome 
Puseram em um chacal 
Grande recheio fecal 
E o chamaram de "ôme"! 

   ***   ***   ***   

Nem faço menção a outras manifestações de selvageria, ainda 
típicas de nossa sociedade atual, como exterminar animais 
para roubar-lhes as peles (focas, martas, arminhos), ou presas 
(elefantes), ou seu órgão de defesa natural (rinocerontes). 
Essas abominações que envergonham a espécie humana. 

Também não faço alusão ao abate de animais para consumo 
em alimentação. Não é uma necessidade fisiológica, como 
muitos alegam, mas ainda é uma necessidade psicológica. 
Aí é obrigatório esperar pelo despertar das mentalidades. 

Mas para a exploração do sacrifício animal unicamente como 
divertimento, não existe mais justificativa. É fato que avilta a 
consciência humana! 

Abraço do tesco. 

Um comentário:

Shirley Brunelli disse...

A Terra é um planeta de natureza hostil e instável, moradia de uma humanidade primária, violenta, cruel, vingativa, destrutiva,intolerante, sem escrúpulos.
Os habitantes do nosso planeta são espiritualmente analfabetos e só reconhecem o poder da força e do dinheiro. Continuam na mesma ignorância, impiedade, belicosidade e índole fratricida que herdaram da idade da pedra.
Claro, há exceções...
Eu amo os animais.
Kiso, tesco!