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domingo, 1 de junho de 2014

SEM APEGO AO PASSADO


Costumo ler um pouco de tudo ou, se soar melhor, de tudo
um pouco. Nesse vai e vem, topei com uma indicação de
"magia". Não sobre espetáculos de prestidigitação, mas a
Magia na verdadeira expressão.


Não é meu tipo preferido de leitura, mas enfrentei o desafio.
Trata-se de "O caminho do verdadeiro adepto", do tcheco
Franz Bardon (1909-1958), em que são apresentados os
métodos clássicos da 'mentalização', vulgarizada hoje por
livros como "O segredo".


Bardon não facilita para o aprendiz de Mago, não diz que a
coisa se resolve simplesmente por pensar positivo e "plim":
Todas as riquezas do universo estão a seus pés. Nada disso.
Apesar de mostrar as etapas passo-a-passo, com exercícios
e verificações, tudo vai depender do esforço e da dedicação
do aprendiz.


Como na evolução do espírito, as fases se sucedem quando
há um efetivo aprendizado e superação da fase atual. Não
há truques nem fraudes que contornem o esforço próprio
necessário para o avanço.


Não pretendendo me tornar um Mago, li o tratado sem me
preocupar em cumprir as exigências, nem mesmo assimilar
as informações. No entanto, no capítulo 8 (Grau VIII -
Instrução Mágica da alma), aparece uma instrução que me
parece muito útil e prática, quando aplicada em nossa vida
rotineira. Arquivei-a e apresento-a agora:


"É basicamente errôneo prender-se ao passado e
lamentar as coisas desagradáveis que o destino lhe
impôs. Só os fracos queixam-se constantemente para
despertar a piedade dos outros.


O verdadeiro mago sabe que através da evocação
de imagens do passado elas podem voltar à vida,
desencadeando novas causas e criando novos
obstáculos no seu caminho.


É por isso que o mago vive exclusivamente o presente
e olha para trás só em caso de necessidade.
Para o futuro ele fará só o planejamento do que for
estritamente necessário e deixará de lado todas as ilusões
e fantasias, para não gastar com elas as energias tão
arduamente conquistadas, e para não dar ao subconsciente
a possibilidade de criar obstáculos em seu caminho.


O mago trabalha objetivamente na sua evolução sem
esquecer seus deveres materiais, que deverão ser cumpridos
com tanta consciensiosidade quanto as tarefas de sua
evolução espiritual. Portanto, ele deverá ser muito
severo consigo mesmo. Deverá sempre ser muito
prudente, e no que se refere à sua evolução, discreto."


Essa alusão ao subconsciente: "...não dar ao subconsciente
a possibilidade de criar obstáculos...",
me faz lembrar os
preceitos budistas de pensar, agir, falar corretamente.
A prática do agir é lembrada por:
",,,seus deveres materiais, que deverão ser cumpridos
com tanta consciensiosidade...",
e "prudente' e 'discreto'
levam a um falar correto.


É isso! você não precisa ser Mago, nem fazer curso de Magia
para introduzir estes conceitos na sua vida. É algo que não
lhe trará nenhum prejuízo e, ao contrário, pode ajudar em
muitos aspectos.


Portanto, diminuamos, pelo menos, nosso apego ao passado.

Abraço do tesco.

4 comentários:

Anônimo disse...

Tesco querido, que maravilha. Caiu para mim como uma luva. Obrigada.
Beijotescas

Clara Lúcia disse...

É por aí mesmo. O passado já teve seu presente então que fique lá onde está. Ficar relembrando e lamentando o passado é perda de vida, de oportunidades. Gente que reclama demais não vai a lugar algum.
Já ouvi muitos dizerem que O Segredo é bom, mas acho que não é bem por aí. Sem falar que o autor teve o que quis que foi vender seu peixe absurdamente, né? Então, pra ele O Segredo foi ótimo!

Beijos

Shirley Brunelli disse...

Na Lemúria e na Atlântida viveram os maiores Magos.
Os lemurianos e os atlantes de pele vermelha vieram de outro orbe, do sistema estelar de Sírius e eram detentores de grande sabedoria. Mas, em dado momento deixaram-se levar pela ambição e pela magia negra, quando então, usaram os conhecimentos iniciáticos milenares, em proveito próprio e para o mal... Bem, mais ou menos isso, resumo do resumo rs.
Mas, conseguir nunca pensar no passado, é coisa pra macho, hein tesco (desculpa)?
Beijo e boa noite!!!

Denise Carreiro disse...

Existem filosofias tão parecidas com a da doutrina espírita. Tudo caminha para o mesmo fim, nossa responsabilidade a respeito de nossa evolução espiritual. Muita paz!