Esta carta (ou missiva, ou, quem sabe, epístola) já foi
publicada no NPN, em 2005, e é auto-explicativa. O pobre
lusitano não resiste ao convívio com a amada, que não
pode ser sua.
Como bom romântico das antigas, dedica-lhe um soneto.
Provavelmente, o coitado é meu antepassado.
"Querida Amália, bom dia!
Como estás?
Estou a perguntar sobre os teus sentimentos, pois que vi
bem, ainda ante-ontem, que estás a pensar em mim, tal
qual eu penso em ti, todos os dias e todas as noites.
Tua presença traz-me um grande bem, assim como tua
ausência faz-me um grande vazio na alma.
Sinto imenso a tua falta, mesmo quando sei que estás a
uns poucos quarteirões de distância do meu coração.
Porque não te posso ir ver todas as vezes que o meu
coração mo pede.
És d'outro, bem o sei. E é por isto que me estou a partir.
É por não poder mais suportar ver-te aninhada em outros
braços.
Vou-me, Eu lá sei para onde.
Dedico-te este soneto, para que te fique uma recordação
de mim.
Que o recortes e o guardes para que eu não esteja ausente
de todo.
DESTINO
Companheira ideal tu não a foste,
Nem minha, por nos conhecermos tarde
E mesmo assim uma fogueira arde,
Ainda embora esse calor não toste.
E seja isto uma coisa que desgoste
Mas que haja nenhum ato cobarde;
E que a Desgraça, sem fazer alarde,
Jamais algum de nós vise e arroste
Pois que é a fatal mão do Destino
Nada mais de que o carma resgatado,
De um espírito que assim o espera
E numa encarnação, des' pequenino,
Evolvendo supera aquel' pecado
Que nos recônditos d'alma reverbera
~ ~ ~
Para sempre teu servo,
eternamente apaixonado,
Ladislaus von Tescus "
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Abraço do tesco.
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4 comentários:
LINDO!
BELOS mesmo....
Deu ate vontade de me apaixonar outra vez! será que isso ainda e possível, Tesco?
hiscla
Tudo vale a pena, minha pequena,
se a alma decide!
Beijos.
Pobre lusitano, não é fácil sofrer por amor...
Ladislaus von Tescus? uai...
Beijos, tesco!!!
O amor não correspondido aperta o coração, e daí podemos ter palavras que demonstram as emoções de maneira tão bela, assim. Muita paz!
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