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quinta-feira, 26 de junho de 2014

CONTRACANTO: LUSO APAIXONADO

Esta carta (ou missiva, ou, quem sabe, epístola) já foi 
publicada no NPN, em 2005, e é auto-explicativa. O pobre 
lusitano não resiste ao convívio com a amada, que não 
pode ser sua. 

Como bom romântico das antigas, dedica-lhe um soneto. 
Provavelmente, o coitado é meu antepassado. 

"Querida Amália, bom dia! 

Como estás? 

Estou a perguntar sobre os teus sentimentos, pois que vi 
bem, ainda ante-ontem, que estás a pensar em mim, tal 
qual eu penso em ti, todos os dias e todas as noites. 
Tua presença traz-me um grande bem, assim como tua 
ausência faz-me um grande vazio na alma. 

Sinto imenso a tua falta, mesmo quando sei que estás a 
uns poucos quarteirões de distância do meu coração. 
Porque não te posso ir ver todas as vezes que o meu 
coração mo pede. 

És d'outro, bem o sei. E é por isto que me estou a partir. 
É por não poder mais suportar ver-te aninhada em outros 
braços. 
Vou-me, Eu lá sei para onde. 

Dedico-te este soneto, para que te fique uma recordação 
de mim. 
Que o recortes e o guardes para que eu não esteja ausente 
de todo.

DESTINO 

Companheira ideal tu não a foste,  
Nem minha, por nos conhecermos tarde  
E mesmo assim uma fogueira arde,  
Ainda embora esse calor não toste.  

E seja isto uma coisa que desgoste  
Mas que haja nenhum ato cobarde;  
E que a Desgraça, sem fazer alarde,  
Jamais algum de nós vise e arroste  

Pois que é a fatal mão do Destino  
Nada mais de que o carma resgatado,  
De um espírito que assim o espera  

E numa encarnação, des'  pequenino,  
Evolvendo supera aquel' pecado  
Que nos recônditos d'alma reverbera  

   ~   ~   ~   

Para sempre teu servo, 
  eternamente apaixonado, 

Ladislaus von Tescus "
----------------
Abraço do tesco. 


4 comentários:

Anônimo disse...


LINDO!
BELOS mesmo....
Deu ate vontade de me apaixonar outra vez! será que isso ainda e possível, Tesco?

hiscla

tesco disse...

Tudo vale a pena, minha pequena,
se a alma decide!
Beijos.

Shirley Brunelli disse...

Pobre lusitano, não é fácil sofrer por amor...
Ladislaus von Tescus? uai...
Beijos, tesco!!!

Denise Carreiro disse...

O amor não correspondido aperta o coração, e daí podemos ter palavras que demonstram as emoções de maneira tão bela, assim. Muita paz!