Em um TCC (boas fontes de informação, os TCC's) produzido
por Francisco Adalberto Alves Sobreira, em 2005, intitulado
"Semelhanças entre o Budismo e o Cristianismo –
contribuições ecumênicas do Oriente para o Ocidente", no
capítulo 3.4 - Como tratar os inimigos - lemos preciosa lição
do Budismo, advinda da interpretação de Shantideva.
Shantideva foi um filósofo budista indiano do século 8, que
escreveu o "Guia para o modo de vida do bodhisattwa", onde
interpreta a doutrina budista. Ali, segundo Adalberto, "Enumera
em oito capítulos as grandes vantagens da paciência, e os
grandes malefícios do maior inimigo do ser humano: o ódio".
Ele levanta o seguinte dilema:
"Se alguém bate em outro com o porrete,
de quem devemos sentir raiva?
Da pessoa ou do porrete?
Por que da pessoa, se a dor vem do porrete?
Por que do porrete, se quem o manipula é a pessoa?"
Shantideva conclui que:
"o grande inimigo é quem controla isso, o ódio".
Não duvido que seja essa a conclusão correta para o exemplo,
pois, se analisarmos as pessoas, veremos que todas têm em si,
o gérmen do amor e da bondade. Portanto, nosso verdadeiro
inimigo é o ódio.
Mas isso não implica que o inimigo seja o ódio embutido nos
outros. Nossa grande participação em conflitos demonstra que
o agente principal é o ódio que carregamos dentro de nós!
É essa fera que precisamos domar e transformar em animal
domesticado. Tarefa que, evidentemente, não é fácil, mas não
se afigura, de modo nenhum, como missão impossível.
Tratemos de reduzir o ódio interior a um pacífico e simpático
'pet', e estaremos seguindo a recomendação evangélica de
sermos "mansos como um cordeiro'.
Abraço do tesco.
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6 comentários:
Tesco, pertinente sua opinião, concordo com seu pensar.
Deveríamos cultivar a mansidão...
Mas ser cordeiro não me agrada. A ideia de cordeiro passa sensação de "passividade exagerada" de "guiísmo", entende?
O senhor é meu pastor e capim não me faltará!
Então, não sei o que é certo.
Será questão para a vida toda?
hiscla
Ser manso como um cordeiro, em todas as situações, é difícil. Prefiro seguir o meio termo, a lei do equilíbrio, nem oito nem oitenta ou seja, seguir pelo "caminho do meio", como ensinou Buda.
Bonan nokton, tesco!
Kisojn!
Gis!
Podem espernear á vontade, mas o que Jesus pregou
e exemplificou, foi isso mesmo: dar a outra face ao
quem lhe bate e amar os inimigos.
Se não querem, ou não têm capacidade para ser cristãos,
não o sejam, ora.
Mas não estou inovando nisso, ele ensinou e provou
que é possível
Sei não, tesco... Jesus falava por parábolas, como todos sabem, era simbólico. Oferecer sempre a outra face, com ou sem razão, é ser conivente com o ofensor. É preciso dar um basta nele, para que aprenda a respeitar os limites. Essa atitude não deixa de ser uma forma de caridade.
Assim penso eu.
Kiso!!!
Precisamos domar o ódio. Como diz nossa mãe, ódio só alimenta ódio.
Oi tesco,
Eu não sinto ódio de ninguém, às vezes fico brava, mas nada que não me contenha.
Não gostei da frase: " mansos como um cordeiro", até Jesus perdeu a paciência: bateu nos que estavam fazendo da sua casa um mercado e seu Pai Deus não aguentou e acabou com a humanidade num dilúvio. Por quê??
Beijos
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