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domingo, 5 de julho de 2015

DE QUEM SENTIR RAIVA?

 Em um TCC (boas fontes de informação, os TCC's) produzido 
por Francisco Adalberto Alves Sobreira, em 2005, intitulado 
"Semelhanças entre o Budismo e o Cristianismo – 
contribuições ecumênicas do Oriente para o Ocidente", no 
capítulo 3.4 - Como tratar os inimigos - lemos preciosa lição 
do Budismo, advinda da interpretação de Shantideva. 

Shantideva foi um filósofo budista indiano do século 8, que 
escreveu o "Guia para o modo de vida do bodhisattwa", onde 
interpreta a doutrina budista. Ali, segundo Adalberto, "Enumera 
em oito capítulos as grandes vantagens da paciência, e os 
grandes malefícios do maior inimigo do ser humano: o ódio"

Ele levanta o seguinte dilema: 
"Se alguém bate em outro com o porrete, 
de quem devemos sentir raiva? 
Da pessoa ou do porrete? 
Por que da pessoa, se a dor vem do porrete? 
Por que do porrete, se quem o manipula é a pessoa?" 
Shantideva conclui que:
"o grande inimigo é quem controla 
isso, o ódio". 

Não duvido que seja essa a conclusão correta para o exemplo, 
pois, se analisarmos as pessoas, veremos que todas têm em si, 
o gérmen do amor e da bondade. Portanto, nosso verdadeiro 
inimigo é o ódio. 

Mas isso não implica que o inimigo seja o ódio embutido nos 
outros. Nossa grande participação em conflitos demonstra que 
o agente principal é o ódio que carregamos dentro de nós! 

É essa fera que precisamos domar  e transformar em animal 
domesticado. Tarefa que, evidentemente, não é fácil, mas não 
se afigura, de modo nenhum, como missão impossível. 

Tratemos de reduzir o ódio interior a um pacífico e simpático 
'pet', e estaremos seguindo a recomendação evangélica de 
sermos "mansos como um cordeiro'.  

Abraço do tesco. 

6 comentários:

Hecta disse...


Tesco, pertinente sua opinião, concordo com seu pensar.
Deveríamos cultivar a mansidão...
Mas ser cordeiro não me agrada. A ideia de cordeiro passa sensação de "passividade exagerada" de "guiísmo", entende?
O senhor é meu pastor e capim não me faltará!
Então, não sei o que é certo.
Será questão para a vida toda?
hiscla

Shirley Brunelli disse...

Ser manso como um cordeiro, em todas as situações, é difícil. Prefiro seguir o meio termo, a lei do equilíbrio, nem oito nem oitenta ou seja, seguir pelo "caminho do meio", como ensinou Buda.
Bonan nokton, tesco!
Kisojn!
Gis!

tesco disse...

Podem espernear á vontade, mas o que Jesus pregou
e exemplificou, foi isso mesmo: dar a outra face ao
quem lhe bate e amar os inimigos.
Se não querem, ou não têm capacidade para ser cristãos,
não o sejam, ora.
Mas não estou inovando nisso, ele ensinou e provou
que é possível

Shirley Brunelli disse...

Sei não, tesco... Jesus falava por parábolas, como todos sabem, era simbólico. Oferecer sempre a outra face, com ou sem razão, é ser conivente com o ofensor. É preciso dar um basta nele, para que aprenda a respeitar os limites. Essa atitude não deixa de ser uma forma de caridade.
Assim penso eu.
Kiso!!!

Erika Oliveira disse...

Precisamos domar o ódio. Como diz nossa mãe, ódio só alimenta ódio.

Lua Singular disse...

Oi tesco,
Eu não sinto ódio de ninguém, às vezes fico brava, mas nada que não me contenha.
Não gostei da frase: " mansos como um cordeiro", até Jesus perdeu a paciência: bateu nos que estavam fazendo da sua casa um mercado e seu Pai Deus não aguentou e acabou com a humanidade num dilúvio. Por quê??
Beijos