No sábado passado Shirley ameaçou vingar-se.
Imediatamente pensei:
"Que foi que eu fiz, meu Deus? Sempre tão quietinho aqui,
por que é que a Shirley se zangou comigo?"
Preocupei-me até que o Álter me alertou:
- Calma tesco, não é com você que ela fala, é com o 'sujeito'
da poesia.
Aí caí na real: Sempre 'respondendo' aos poemas da Shirley,
tenho que 'encarnar' o tal 'sujeito' para melhor entender o
espírito da coisa.
Porém, de qualquer maneira, é muito preocupante quando
a mulher pensa em vingança, coisa boa é que não sai.
Embora, na maioria das vezes, ela também acabe sendo
prejudicada, sua vingança é, normalmente, "malígrina".
E era o que prometia a nossa poeta, algo bem planejado,
conjugado a uma 'guerra de nervos' sistematizada, tendo
por clímax um abalo sísmico de grau 9 na Escala Richter.
Vejam se não é isso:
VINGANÇA
Shirley
(2015.05.02)
"Ah!... Você não me conhece
e tampouco imagina como
sou esperta.
Esteja alerta
quero brincar
com os seus nervos.
Ainda não sei como
mas eu juro
antes de tirá-lo
definitivamente
dos meus planos
vou balançar seus alicerces
e provocar trincas
no seu modo de ser."
* * *
Tás brincando? De ameaça dessa quero distância!
Nessa altura tenho que firmar minha estratégia, posso estar
tremendo como um ratinho, mas urrarei como um leão.
Primeiro brado "Que venga el toro!", isso pode, quem sabe,
diminuir o ímpeto da 'vingadora', sabendo que encontrará
uma futura vítima prevenida. No caso, optei por uma vítima
resignada. Mas digo que sou forte, disposto a enfrentar o
vendaval.
Depois, digo que sou experimentado nessas questões, e que
já conheço suas manhas. Isso pode não diminuir a raiva,
mas mina a autoconfiança do oponente.
Vejam o recado e, se houver erro, digam onde estou errado:
PRAÇAFORTE
tesco
(2015.05.05)
"Abençoado sou, braços abertos
Para receber com toda a calma
A descarga que vem de tua alma
A me brindar a placidez decerto
Resisti no mais árido deserto
Em seu oásis não havia palma
Ali esperança não se empalma
Contudo eis-me aqui vivo e desperto
Entanto já não me provocas trincas
Há muito que eu sei como tu brincas
Te conheço qual a campo de batalha
Imagino qual será tua vingança
E te proponho agora uma aliança
Pois o amor a tudo agasalha."
* * *
Ah, mermão, sou bobo não!
Melhor sair derrotado mas inteiro.
Mais vale transformar o inimigo em amigo, por isso aceno
com a bandeira branca. Além disso, que posso perder com
essa suposta covardia? Amor-próprio?
Digo com franqueza: Mil vezes melhor o próprio-amor!
Abraço do tesco.
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Um comentário:
Oi, tesco, descobri uma coisa...Descobri que Você é o Cara!:)
Beijos!!!rs
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