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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

CONTRACANTO: ADORADA


Em 1992 compus um soneto para minha musa.
Não poupei elogios. comparei-a figuras mitológicas,
literárias e históricas. Exaltei sua beleza, sua
suavidade e, até, sua sabedoria. Mas peço perdão,
ao final, por compará-la: Ela paira acima de todas
as figuras citadas.

Entre as figuras citadas, Freia, ou Freya, é
exclusivamente mitológica: É a deusa- maior na
mitologia escandinava.

Ayesha, personagem do romance "Ela", de H. Rider
Haggard, é exclusivamente literária. E não lembro
mesmo se, em algum momento, Hagard a chamou
de Rainha de Sabá, mas havia muita especulação
nessa época (em que foi escrito o livro, 1867) sobre
a localização de Sabá. E o próprio Haggard é o autor
do romance "As minas do rei Salomão".

 A Maria citada é a mãe de Jesus, e eu a considero
exclusivamente histórica. Embora sempre apareça
alguém alegando que Jesus não existiu, como disse
Sagan: “Ausência de evidência não é o mesmo que
evidência de ausência.

As outras três personagens, Sita, esposa de Rama,
que aparece no clássico indiano Ramaiana”; Helena,
esposa de Agamenon, raptada (?) por Páris, conforme
a “Ilíada”; e Eurídice, amada de  Orfeu, que foi
buscá-la no Hades, após a morte dela, não ouso
enquadrar em nenhuma das classes, pois há quem
jure por tal ou qual situação. Não me meto nessa
briga.

E a minha musa, como fica em meio a isso tudo?
Vejamos então, como fcou o soneto:

“ADORADA
tesco (1992)

Deusa! Ó deusa loura da mitologia,
Escultural Freia de Asgard;
Rainha de Sabá do Mestre Haggard;
Filha da tempestade, Ayesha da Magia!

És Sita, Helena, Eurídice, Maria, 
Será tua ventura toda minha paga.
Em minha cítara soará tua raga;
Em todos os caminhos, por todos os meus dias.

Perdoa-me, porém, comparar-te a esses mitos 
Nenhuma reúne em si tanta beleza.
Tanta doçura, tanta luz, sabedoria 

Teu sacerdote sou a perpetuar teus ritos
Insano fanático desta realeza 
Sou teu, só teu, Santíssima Poesia!”


*   *   *

Aí está, tantas qualidades eu não consegui atribuir
a um só ser humano – talvez receio de cometer um
sacrilégio - e elenquei-as todas como atributos dos 

ápices da criatividade e inspiração da humanidade.

A poesia, ao lado da música, da literatura e da
oratória (a um ser estático como eu, a dança não
comove), congregam as maiores perfeições
estéticas que o homem pode alcançar.

Continuarei, pois, “a perpetuar teus ritos”, ó poesia!

Abraço do tesco.    

5 comentários:

Luma Rosa disse...

Oi, Tesco!
As histórias servem para nos instigar a imaginação. Os musos e musas, a admiração! Você conseguiu no poema unir o sonho com a realidade. Que bela experiência!!
Beijus,

LUIS MANOEL SIQUEIRA disse...

E a Poesia permeia todas as outras. E a vida inteira. Aí de quem não a percebe!

Parabéns, amigo!

Luís Manoel Siqueira

Anônimo disse...

Tesco...
sua sensibilidade toca os corações e sensibiliza também.
Mas ainda tenho que mostrar que não sou um robô aqui.
Ontem achei que tinha comentado, mas o sistema não registrou.
Admiro sua escrita.
hiscla

Shirley Brunelli disse...

Ah!...Que inveja dessa musa.
Parabéns, tesco!
Abraços!

Clara Lúcia disse...

Um dia ainda quero ser a musa de algum poeta... que lindo! rsrs

Beijos!