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domingo, 31 de agosto de 2014

DA SUMÉRIA PARA ISRAEL

No livro "Suméria, a primeira grande civilização", de Amar
Hamdani (sortesco 314), em sua terceira parte "A sociedade
mesopotâmica", nos é contado que o código do rei sumério
Ur-Nammu, foi promulgado em cerca de 2100 A.C.,
"Muitos anos antes do famoso código de Hamurabi - cuja
inspiração sumerio-acadiana é, aliás, flagrante"
, e que
"comportava um prólogo seguido de um grande número de
leis, 37 das quais puderam ser reconstituídas".


No item "Um parentesco profundo com as leis modernas",
ele cita o tradutor das plaquinhas, N. S. Kramer, que diz:

"Três dessas leis "são de uma importância muito particular
para a história do desenvolvimento social e espiritual do
homem, elas mostram, com efeito, que mesmo 2000 anos A.C.,
a lei de ferro 'olho por olho, dente por dente', que prevalecia
ainda em larga medida entre os hebreus em uma época
muito mais tardia, tinha dado lugar a uma jurisprudência
mais humana em que as multas substituíam os castigos
corporais.".


Nestas leis, anda segundo Hamdani, "trata-se de uma espécie
de "tarifagem" dos delitos por meio de penas ou multas, que
compensariam o "valor" do prejuízo sofrido".

E as transcreve:

". Se um homem corta o pé a um outro homem com
    um instrumento, deverá pagar 10 siclos de prata.
2. Se um homem quebra os ossos a um outro homem
    com uma arma, deverá pagar uma mina de prata.
3. Se um homem corta o nariz a um outro homem com
    um instrumento cortante, deverá pagar dois terços
    de uma mina de prata."


   *   *   *  

Vemos então comprovada a ideia que 'Yahveh', sob outros
nomes, inspirava outros povos além do hebreu, e que, se
assim não fosse, haveria um grande contrassenso por parte
do "criador de todos os povos", elegendo um dentre eles,
para ser o "seu povo".

Eu não precisaria estar lembrando isso, já que é uma coisa
óbvia e que todo mundo devia perceber, não é?
Porém, em 06 de agosto, a BBC Brasil publicou o artigo:
"EVANGÉLICOS DEFENDEM ISRAEL E CRITICAM DILMA",
que inicia assim:
"A condenação do governo Dilma Rousseff à ação militar
israelense em Gaza gerou forte reação contrária de líderes
evangélicos brasileiros".


Entendam a situação, discordar de um ato do Governo é
um direito inalienável de qualquer cidadão, ou grupo de
cidadãos, mas quando misturam política, religião e
IGNORÂNCIA, alguma coisa sai errada!

Sim, pois leiam o que declarou a pastora Jane Silva, uma
das principais líderes do movimento:

“Ficamos ofendidos e magoados com a postura do governo
brasileiro, que para nós não condiz com a posição da
população cristã brasileira em relação ao conflito”, diz a
pastora. Não há dados, no entanto, que confirmem a
avaliação da pastora."


Vejam que o próprio autor da reportagem, João Fellet, nos
adianta que "Não há dados que confirmem a avaliação da
pastora"
. Estou excluindo a hipótese de má-fé, portanto, nos
resta a da ignorância.

E notem a mentalidade infantil na continação do discurso da
pastora, seria até engraçado, se não fosse mórbido:
“Quando o governo fala mal de Israel, fala mal de nosso
Jesus.".

Jesus! Invocar o Mestre da Suavidade para avalizar massacre
e genocídio!
E desde quando Jesus se tornou representante de Israel?
Ele não falava em nome do Pai?

Essa confusão entre signos e significados, entre símbolos e
simbolizados, entre fatos e nomes, continua na sequência:
“Israel é palco da história bíblica e está muito claro para
nós que o Hamas é um grupo terrorista que quer destruí-lo”.


Vejam que incoerência! O Hamas, no máximo, deve ter a
intenção de destruir o povo judeu, não "o palco da história
 bíblica", pois é lá onde pretende viver. O "destruir Israel",
que a pastora ouve, na verdade, não é destruir o terreno, mas
o Estado que, segundo os palestinos, miserabiliza sua vida.

Eu continuo na tese da ignorância. Claro que é esta que gera
o fanatismo, o que não está longe da fala do pastor Silas
Malafaia, que para alguns, tem o nome adequado: Além de
'mala', ele 'faia'.

Pois bem, o citado pastor encontrou uma passagem bíblica
que considerou aplicável ao caso, dizendo:
“a nação que amaldiçoa Israel também é amaldiçoada”.
Perfeito, não?

Vejam que estas pessoas estão retrocedendo 2000 anos na
História para, dizendo-se cristãos, defender os sacerdotes
que induziram a crucificar o Cristo!

Enquanto que, 2000 anos antes do Cristo, os sumérios já faziam
uma legislação cristã. Justamente de onde partiu 'Pai Abraão"
para iniciar a descendência que, 4000 anos depois, ainda usa
a 'lei do talião'.

Ah, Abraão, volta pra Suméria!

Abraço do tesco.  


3 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Pois é, tesco, bom seria se pudéssemos apagar nossos pecados (não existe pecado contra Deus, e sim, contra nós mesmos), pagando multas...
Gostei de comprovar que o mala, faia...e como!
Outra coisa séria, é essa doença que assola a humanidade, chamada Ignorância...em todos os sentidos...
Muitos misturam alhos com bugalhos, ou seja, Jesus, Espírito Santo, a Bíblia escrita por Deus com suas próprias mãos(mãos mesmo, não usei aspas)...
Enfim, assim engatinha a humanidade.
Quanto à Suméria e Israel...Bem, devolvo o microfone a você, pois, só tenho a aprender rs...
Beijos, tesco!

Anônimo disse...

Tesco, a Marina já voltou atrás com relação ao casamento gay por ter sofrido pressão do Malafaia. O que está havendo? Vamos virar um país teocrático?
Beijotescas
Yvonne

Anônimo disse...

Creio que conservadorismo prevalecerá que elegermos alguém da ala protestante. Mas não posso criticar isso não, pois não é por ser conversadora que é ruim. Pode ser ruim na questão do Malafaia, por exemplo. Mas pode ser benéfico se mexer no ECA, por exemplo...a história é feita de avanços e retrocessos! não somos "lineares".
hiscla