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terça-feira, 23 de novembro de 2010

LYTZAK SOU EU! 15 e 16

Micro novela em 22 micro capítulos

15- INDO AO TRABALHO

Dilberto então (já assumi que eu não sou o Dilberto,
os fatos me venceram) conversou com a mãe e a
convenceu de que já estava bem e apto para ir ao
trabalho.
Ela ainda resmungou:
- Recuperação muito rápida! Por mim ficarias em
casa o resto do dia. Mas, já que queres ir, vai.

Fomos - sim, ele foi, mas eu não podia me desgrudar
dele, não como xipó... xifópago (Carlinhos me
ensinou), mas como... como... um vendedor de loja
de tecidos: Não saía do pé do cara – até a garagem
e entramos num Mille do ano.
Hum, pra quem pode! O meu, digo, do Nonô, é um
Gol 95.

Chegamos à loja em poucos minutos. É pertinho.
Bem, digo isso comparando com Salvador, né?
Lá, o cara mora na Baixa do Sapateiro mas vai
trabalhar na Pituba.

Na loja - um lojão - Dilberto foi logo pro escritório,
embora cumprimentando todos os funcionários
que encontrava.
O pessoal abria um sorriso sincero, o rapaz era
bem querido no lugar.
Ali encontrou o pai, e falou:
- Oi, pai, estou bem melhor e resolvi vir trabalhar.

- Ah, bom, tem umas notas fiscais rejeitadas pelo
fisco. Veja isso aí.

Dilberto pegou um maço de notas fiscais e dirigiu-se
ao seu birô.
Ali passou o resto da manhã, analisando aquele troço.


16 – DONA LAURINHA

Perto do horário do almoço, Dilberto deixa o birô
e vai conversar com a funcionária, Dona Laurinha.
É uma senhora de seus cinquenta anos, muito
simpática.
- Dona Laurinha, tudo bem com a senhora?

- Tudo bem, Doutor Dilberto. Esqueci de alguma
coisa?

- Não, não, Dona Laurinha, não é nada do serviço
não, mas eu queria que a senhora me esclarecesse
uma coisa. Se puder, claro.

- Pois não, no que eu puder lhe ajudar, estou às
ordens.

- Obrigado. É que hoje eu acordei, sabe? Assim...
Com uns pensamentos estranhos... De que eu não
era eu...

- De vez em quando isso acontece com quase todo
mundo.

- Não, mas não era pensamento meu mesmo não.
Era de um – ele até disse o nome - um tal de Nonô,
de Salvador. Disse que morreu anteontem.
E não sabia como é que estava aqui, junto de mim.

- Ah...

- Eu sei que a senhora entende dessas coisas de
espiritismo...

- As noções básicas eu tenho sim, e atuo como
médium, num centro espírita aqui perto.

- Isso!

- E, no seu caso, Doutor, eu vejo um espírito perto
do senhor, realmente.

Ela falou isso, olhando diretamente pra mim, como
se estivesse me vendo. Eu não estranhei isso,
claro, porque ainda não estou acostumado a ser...
digo, a me considerar um fantasma.
Porque pessoas que morrem e ficam vagando por
aí, são fantasmas, né?
Não entendo disso, apesar de morar per... digo,
ter morado perto de um terreiro de umbanda,
nunca me interessei por essas coisas.
O que sei aprendi nos filmes americanos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tesco querido, vou viajar no dia 02 de dezembro e até lá espero que a novelinha acabe. Já estou ficando meio confusa. Tão logo termine, vou reler tudo novamente, rsrsrs. Eu já nem sei mais quem eu sou, KKKKKKKKKKKKKKK.
Beijotescas
Marilia ou seria Yvonne?

hiscla disse...

Aiaia tesco..
tinha que ser né?
mas será o dilberto vai entrar em crise existencial? ou vai se converter?
abraços

Daniel Savio disse...

Hua, kkk, ha, ha, fala sério, mas como ele veio parar assim a quilometro de distância?!

O que liga os dois?!

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.