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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

LYTZAK SOU EU! 21 e 22

Micro novela em 22 micro capítulos

21 – NÃO, DILBERTO, NÃO!

Dilberto gesticulava e falava alto, estava furioso.
Ele era branquicelo, daquele tipo que fica vermelho
facilmente. Paulo era mais bronzeado, porém
estava avermelhado também. A discussão

chamava a atençao dos poucos funcionários
e
clientes que se encontravam na loja naquele
horário.

Eu não conseguia atinar com as palavras usadas,
ambos falavam muito e embaralhavam tudo,
contudo, distingui perfeitamente quando Dilberto
proferiu a palavra 'demissão'. Meu sentido de
perigo foi acionado e avancei para Dilberto, na
tentativa de acalmá-lo, gritando;
“Não, Dilberto, não!”.

Mas era tarde!


22 – DOIS PERDIDOS NUMA NOITE ESCURA

Paulo não socou o rosto do Dilberto como eu cheguei
a supor que faria. Agachou-se e abraçou as pernas de
Dilberto, que caiu para trás batendo a cabeça no chão.
Isso, longe de acalmar Paulo, o atiçou ainda mais,
como o cheiro de sangue atiça os instintos do
predador. Levantou o corpo de Dilberto como se
fosse
um molho de coentro ou salsa e fez bater sua
cabeça no chão mais três vezes com toda a força de

que dispunha.

O pessoal em volta acorreu e segurou Paulo, mas
o mal já estava feito. O crânio de Dilberto havia se
rompido e o sangue se espalhava pelo salão.

Nesse momento, dois fatos eu notei, mesmo sem

procurar visualizá-los.

Os dois personagens escuros que acompanhavam
Paulo, exibiam largos sorrisos de satisfação como
se tivessem cumprido com êxito uma tarefa custosa.

E Dilberto se apresentava com dois corpos!

Sim, coisa estranha pra mim ver isso 'ao vivo', porque
já tinha visto em filmes, realmente. Mas enquanto
Dilberto permanecia imóvel no chão, uma cópia dele
se mexia e procurava se levantar.

Então percebi que aquela trajetória de vida estava
concluída.
Não sei explicar como sei de coisa alguma, mas
sinto que sei. E então eu sabia que agora éramos
dois. Dois perdidos.
Dois perdidos numa noite escura!



6 comentários:

Daniel Savio disse...

Algo não bate, pois mesmo que o espirito sai do corpo, ums alguns casos estes espiritos desencorporados podem voltar para o corpo que pertecem...

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.

Anônimo disse...

Tesco, muito interessante a novelinha curta. Lembrei muito dos romances espíritas que já li e que ando com saudades deles. Gostei demais, o final foi surpreendente.
Beijotescas
Yvonne

Eliane Furtado disse...

Dois contos que podem virar uma série.
Tesco, obrigada pela análise e postagem de ontem.

tesco disse...

Daniel, não entendi sua opinião, mas Dilberto está bem morto, não há possibilidade de voltar ao MESMO corpo. Agora só outra reencarnação. _Abraço.
Yvonne, foi uma história pra divertir e, se possível, instruir também, se algum dos, objetivos foi alcançado, sinto-me ótimo. _Beijos.
Eliane, série não, por favor, não tenho fôlego pra isso. Risos. Obrigado digo eu, pois você, mesmo em meio a essa confusão no Rio, ainda arranjou um tempinho pra dar uma espiada aqui. _Beijos.

hiscla disse...

bem...
São dois mortos a vagar agora, espera mesmo um resultado diferente.
Tesco, você surpreendeu com o fim!
agora, é bem verdade que dá continuar não?
A historinha de dois amigos fantasminahs seria uma boa...rs
interessante.
beijos

Unknown disse...

Fiz questão de ler tudo de uma vez, quando da novelinha pronta. Adorei! E realmente, acho que nosso vocabulário dá muita margem ao erro: "obsessor", coisa do mal... Termo de pouca compaixão, eu diria.

Beijo, tesquinho!