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segunda-feira, 21 de abril de 2014

CAMINHO DO INFERNO

Como pretendo publicar um conto que faz referência a este
outro conto, publicado no extinto blog "Nós por Nós" em 2006,
acho conveniente republicá-lo aqui, antes de mostrar o atual.


O XIS

Cheguei àquela cidadezinha à tarde, quase noite, o sol já
não era visível, mas havia bastante claridade, suficiente
para observar as pacas indicativas naquela encruzilhada.
A estrada em que eu vinha, do sul, encurvava para noroeste,
logo depois do cruzamento, desviando-se da suave colina,
encimada por uma casinha rústica. A plaquinha indicava:
Millskon - 70 km.

Ao meu lado, a placa mostrava a origem da minha cavalgada:
Broliff - 120 km. À direita a estrada se estendia levemente
para nordeste, e a plaquinha desvendava o nome da cidade,
na verdade uma aldeia, que se via a pouco mais de um
quilômetro adiante: Moresti.

Na esquerda a estrada segue reta para oeste, por uns cem
metros, até cruzar um regato, o mesmo que eu havia
atravessado quase dois quilômetros atrás. Depois a trilha
começa a serpentear por entre as pequenas elevações, que
vão se tornando mais altas e mais pedregosas, rocha viva
sem vegetação. A diferença desse ramo da estrada é que a
placa não diz o destino a que leva, nem a distância.
Em vez disso ostenta um grande X.

Ora, apesar de não ter galopado e a estrada não ser
poeirenta, eu estava deveras empoeirado, e ansiava por um
banho quente, e nenhum x me atraía nessa ocasião.
Portanto dirigi minha montaria para Moresti.

Após ter-me instalado na hospedaria e ter tomado um
demorado banho, dirigi-me para o local do jantar. Apesar de
simples e quase insípida, a comida me deixou revigorado e
animado. Puxei conversa com o garçom, um sujeito
atarracado, calvo e muito tagarela.

Em meio à conversa, lembrei-me da estranha placa na
encruzilhada, e indaguei sobre o fato. Aí o garçom empacou,
ficou reticente e indefinido. O que eu entendi do que ele
disse, era que a estrada não levava a nenhum lugar
conhecido.

- Como pode ser isso? Perguntei - Ninguém teve a
curiosidade de seguir por essa estrada?
- Oh, sim, muitos foram.
- E então?
- Não voltaram.
- Não? Então devem ter encontrado o paraíso!
- Acredito que não. Existe um que voltou - um só - pelo que
ele conta, ali mais parece o caminho do inferno, Notou a
casinha próxima ao cruzamento?:
- Sim, é bem visível pra quem vem do sul.
- Ali mora o Velho, ele seguiu o caminho quando era jovem.
- Qual o nome dele?
- Não sei. Acho que ninguém sabe. Os mais velhos da cidade
sempre o chamaram de Velho. Ele tem mais de cem anos.
- Irei falar com ele amanhã.

Assim terminou nossa conversa e fui para o meu quarto.
Queria dormir cedo, pois cavalgara o dia todo e estava
cansado.

O VELHO

Ao acordar, lembrei-me imediatamente do X da questão e
da casa da colina, onde morava o Velho. Depois de um
rápido café, parti em busca de uma conversa esclarecedora.

Quando cheguei na casa, o Velho estava sentado num
banco comprido, para três ou quatro pessoas, numa
pequena varanda. Para um centenário, estava bem
conservado, não lhe daria mais que oitenta.

- Bom dia, meu Velho!
- Bom dia, filho! Aconselho a não seguir com a empreitada.
Todos os que tentaram, não lograram nenhum proveito.

Respondeu com voz pausada. Falava claramente e sem
hesitação. Fiquei intrigado com sua fala. Estaria mesmo
falando comigo?

- Que empreitada, Velho?
- Ora, você tenciona seguir pelo caminho proibido. Ninguém
vem aqui com outra intenção. Tenho a experiência de 90
anos neste posto.
- Sim, tem razão. Fui atraído pela placa com o X. Por que
não tiram a placa?
- Se tirassem a placa, alguns poderiam seguir o caminho
sem advertência de ninguém. Com a placa, sempre pedirão
explicações e nós tentaremos impedir sua loucura.
- É loucura seguir esse caminho?
- Sim, é. Ninguém volta. Ficam presos no inferno.
- Você voltou!
- Voltei para servir de aviso. Nestes noventa anos desde
que voltei, não houve outro retorno.
- Mas, porque é o inferno? Se é inferno para você, pode não
ser para os outros.
- É um lugar de escuridão, sofrimento, medo, terror. Não
pode ser bom pra ninguém.
- Bem, eu não tenho nada, nada perderei tentando ver por
mim mesmo.
- Nada. A não ser a sanidade e a paz.
- É pouco para se perder. A aventura me chama. Cavalgarei
para lá amanhã.
- Não. Tem que ir a pé. Os animais não seguem o caminho.
- Como não seguem?
- Eles se recusam. Não há como fazê-los ir adiante.
- Tentarei. Recomenda alguma coisa, Velho?
- Sim. Leve água suficiente, depois do riacho não há mais
nenhuma fonte por mais de trinta quilômetros.
- Trinta? E depois?
- Não sei, não passei disso. Daí pra frente é a escuridão.
É onde as forças do mal procuram nos aprisionar.

Havia sinceridade e convicção em sua voz. Mas isso não
basta. Um homem pode se enganar.

- Velho, sem querer ofender, isso não poderia ser produto
de sua imaginação? Uma pessoa sozinha pode criar
ilusões e passar a acreditar nelas.

A resposta, que eu esperava defensiva, surpreendeu-me.

- Provavelmente é fruto da imaginação. Mas pode alguém
andar sem a cabeça?

Bem, esse assunto é complexo. Desviei a conversa para
coisas mais práticas.

- Então você chegou nesse ponto à noite?
- Sim, sempre se chega à noite, não importa o ritmo em
que se ande. Foi uma noite terrível, não consegui nem
meia hora de sono. Instalei-me sob a grande árvore, mas
os demônios não me deixaram dormir. Mesmo assim
esperei o amanhecer. O sol clareou o caminho para o lado
de cá, mas não se via nada para oeste. E a escuridão não a
bandonou a intenção de me aprisionar. Não tinha mais
escolha a não ser voltar.
- Então há uma divisão física? Um muro? Uma linha
divisória?
- A separação é nítida. Mas não existe barreira sólida, só
a escuridão.
- Preciso ver isso. - Encerrei a conversa - Obrigado, Velho,
partirei amanhã cedo.

Providenciei tudo naquela tarde e ainda fui verificar a
apregoada recusa dos animais em seguir naquele caminho.
E realmente foi o que aconteceu. Por mais que focasse e
procurasse conduzir o cavalo, ele não transpunha o riacho.
Naquela passagem, a água, límpida e lenta, não passava
do tornozelo. Não entendi a resistência do cavalo. Voltei à
cidade e, novamente, recolhi-me cedo.

A JORNADA

No dia seguinte, levantei-me antes do sol, e estava no
cruzamento quando ele nasceu. Prossegui pelo caminho
sem problemas, sob um sol brando, até ao meio-dia.
O caminho, verdadeiramente tortuoso, se elevava aos
pouquinhos, e não me cansou em excesso, mesmo em
boa marcha. O dia transcorreu sem incidentes.

Por volta das cinco da tarde eu havia chegado a uma grande
curva do caminho. Uma curva para a esquerda, à direita
pequena colina era encimada por uma árvore de copa larga.
A árvore não era grande, mas como era a única nas
redondezas, parecia enorme. Escurecia rapidamente, pois
o sol ficava escondido pelas elevações à oeste.

Rumei para a árvore, iria passar a noite sob ela. Ao chegar
no topo da colina olhei para o caminho que teria pela frente..
Após a curva, a vereda fazia duas curvas para a direita,
contornando o pequeno contraforte, e retomava o sentido
para oeste. Mais nada se via além disso. Uma densa e
escura neblina fechava à visão a seqüência do caminho.
Resignei-me a isso e pus-me a a preparar o local para o
repouso noturno.

Abri a mochila e retirei os pães e o queijo, ainda frescos.
A carne-seca e as bolachas ficariam para dias seguintes.
Não havia gravetos suficientes para se fazer uma fogueira,
mas as noites não estavam frias, fazia um verão muito
agradável e ameno, sem extremos. A lua nasceria em
breve, estava quase cheia.

Feita a refeição, recostei-me na árvore, à espera do nascer
da Lua. Não se ouvia nenhum som exterior. Aquele barulho
típico do fim de tarde em qualquer lugar a céu aberto, não
se ouviam por aqui. Grilos, cigarras, insetos diversos,
mosquitos, roedores, aranhas (aranha faz barulho?), aves
voltando para os ninhos... Não davam sinais de existência.
Nem a brisa fazia com que as folhas farfalhassem.
Era esquisito, apenas ouvia a minha respiração e minha
digestão, e sem muito esforço, ouviria o sangue correndo
nas veias.

Em pouco mais de uma hora nesta calma, a Lua surgia,
muito grande, radiante e esplendorosa. Apesar de não ser
ainda cheia - seria no dia seguinte ou no posterior - não
se notava defeito na sua esfericidade. Dominava a
paisagem, iluminando tudo à sua frente.

Quedei-me naquela quietude, e a lua foi-se elevando pouco
a pouco, até diminuir de tamanho quase à metade. Com tal
claridade nos olhos, não poderia conciliar o sono. Passei
para o lado oposto a árvore e aproveitei para olhar o caminho
no oeste, esperando ver a neblina refletindo o luar, como um
mar de prata. Qual o quê? Naquela direção estava tudo
escuro como uma noite sem lua e sem estrelas.
Que neblna era aquela que absorvia toda a luz?

Desliguei-me dessa questão e deitei-me para dormir. Seriam
quase oito da noite e eu poderia acordar cedo e bem refeito
das canseiras daquele dia. Logo adormeci.

A NOITE DO TERROR

Acordei quando a Lua passara um bocado do meio do céu.
A copa da árvore era larga, mas não espessa, e o luar se
infiltrava por ela.Não foi, entretanto, a lua que me acordou.
Tivera um sonho curioso.

Numa planície escura, embora o Sol estivesse no céu, um
sacerdote ou feiticeiro, muito magro e de face ossuda,
clamava para mim: "Venha para o mundo de agora, aqui é
o seu lugar!". Esse "agora" não era ouvido nitidamente,
parecia haver um eco quando era falado.

"Mundo de agora"? - Pensava eu, já acordado - Essa é boa!
E onde é que estou agora? Não dei importância ao sonho,
e como a noite continuava calma, logo voltei a dormir.

"Venha para o mundo de agora, aqui é o seu lugar!" O
feiticeiro se aproximava, enquanto eu começava a ouvir o
som que fazia fundo ao seu chamado. Era como se
houvesse uma multidão ao longe, se lamentando e
expressando uma agonia dolorosa. Quase um canto
monótono, entrecortado por "uis" e "ais". Além dos
gemidos havia gritos de "Pare!" e "Não!". Ouvi o feiticeiro
mais perto, gritando seu bordão. Acordei novamente, desta
vez mais impressionado: O sonho tinha continuado!

Meditei sobre isso, mas não havia muito o que questionar:
Sonhos são sonhos! Apenas isso. Não podia me deixar
influenciar por sonhos. Deixei a mente vaguear por
experiências mais agradáveis. Lembrei-me de minha
infância e de minha adolescência. Eu tinha onze anos e
meu pai me levou à uma cidade grande. Lá ouvi um
pianista tocando a "Pequena Serenata" de Mozart. Nunca
me esqueci dela. Adormeci acompanhando aquela melodia:
"Tan, tan tan, tan tan tan tan tan tan, tan..."

"Venha para o mundo de Hsgorath, aqui é o seu lugar!", o
feiticeiro estava cada vez mais perto. E continuava com seu
clamor imbecil. Agora eu ouvia melhor e o "agora" se
transformara em "Hsgorath", sei lá o que era isso.

Os gemidos e lamentos não só continuavam, como ficavam
mais altos. Aí apareceu um fato novo: Ouvi nitidamente o
ruflar de asas. Mais forte. Corujas? Ouvia também rosnados,
agressivos e furiosos. Comecei a ver, além do feiticeiro
haviam formas fantasmagóricas, meio se esquivando, meio
se arrastando. Acordei deveras assustado. Aquilo tinha
continuidade demais para um sonho.

Levantei-me e tomei uma resolução. Continuaria a caminhar,
mesmo à noite! Tinha dormido umas cinco horas, e estava
relativamente descansado. Caminharia devagar e ao nascer
o dia, já teria avançado um bom pedaço.

Coloquei a mochila nas costas e desci a colina. Ao
contornar a grande curva do caminho, deparei-me com a
neblina. Realmente não deixava ver muita coisa, mas o luar
a penetrava suavemente, e cerca de metro e  meio à frente,
ou um pouco mais, podia ser vislumbrado. Daria para seguir
assim mesmo. Avancei cerca de cem metros, devagar e
sondando o terreno.

Mas eu não contava com o que se sucedeu. Um rumor igual
ao dos sonhos, começava a se fazer ouvir! Aquele canto
monótono, composto por gemidos e lamentos, alteava-se
cada vez mais. Parei e fiquei à escuta. Ouvia ao longe os
rosnados. Então o feiticeiro também se fez ouvir. Repetia
o mesmo refrão: "Venha para o mundo de Hsgorath...".
Sempre fui corajoso e não temia enfrentar aquilo, mas o
que se seguiu foi demais para toda a minha coragem.

O "flap, flap" de asas fez-se presente. Raciocinei: "Por aqui
não vi roedores nem pequenos animais, como é que agora
aparecem corujas? Podem também ser morcegos, mas
esse barulho de asas é muito alto para morcegos. Só se
forem morcegos gigantescos". A perspectiva não me era
agradável. Não podia vê-los, e nesse quesito eles tinham
ampla vantagem sobre mim. Os rosnados também
aumentaram. Não teria nenhuma margem para vitória se
me defrontasse agora com predadores noturnos. Voltei-me
e retornei sobre meus passos.

Gritos de "Fuja!" e "Vá embora!" começaram a ecoar e o
gelo correu pela minha coluna vertebral. Soavam cada vez
mais perto. Alcancei a grande curva, e ia quase caindo
sobre o contraforte rochoso da colina. Agora tomava o
caminho que estava livre de neblina. Gritos de "Vamos
alcançá-lo!" surgiram. Aí desatei a correr. Não era covardia
nem medo sem fundamento, era questão de sobrevivência.

Corri por toda a madrugada e os gritos e os ruídos não me
abandonavam. Cheguei a observar vultos no ar e ouvi o
barulho dos passos na perseguição. Desesperadamente eu
corria. Devo ter percorrido aqueles trinta e tantos quilômetros
em menos de duas horas. Quando já pensava em me estirar
no chão e me entregar ao destino, divisei uma faixa escura
atravessando o caminho. Pensei: "Aquele tronco não estava
ali antes", mas não era tronco, era o regato!

"Meu Deus, estou salvo!", regozijei-me. Com redobrado
vigor percorri aqueles cem metros, mas parecia que não ia
alcançar o regato. Por fim, cruzei-o em grande velocidade,
acho que nem molhei os pés. Só fui parar próximo à placa
do X. Todos os ruídos exteriores cessaram. Só o latejar
das minhas veias e o resfolegar da minha respiração eram
ouvidos. Caí extenuado ao lado da placa e ali fiquei
desmaiado por mais de duas horas.

O GUARDIÃO

Quando acordei, o Sol radiante já despontava no horizonte
iluminando tudo. Senti um peso enorme nas costas. Era a
mochila, que eu nem me lembrara de jogar fora. Afinal, eu
corria para salvar a vida, não cabia transportar carga inútil.
Mas já que ela estava ali, ótimo. Retirei a mochila e fui até
o regato, para saciar a sede terrível e para lavar o rosto.
Depois disso, ainda cansado daquela batalha travada com
o desconhecido, dirigi-me à estrada do sul, que tinha
algumas árvores ao longo dela, e deitei-me embaixo de
uma. Dormi mais umas três horas.

Ao levantar, já às dez horas, levei o olhar para a colina da
casinha do Velho. Vi ali movimento. Iria lá dizer ao Velho
que ele tinha toda a razão: O caminho para oeste era o
caminho do inferno. Chegando na casa, encontrei o
delegado de Moresti.

- Bom dia. Ode está o Velho?
- Bom dia. O Velho morreu nesta madrugada. O garoto que
traz suas provisões semanais, o encontrou morto.
- Oh! Lamento.
- Já o levamos para a cidade, será enterrado à tarde.
Assenti, sem nada a dizer.

- Você é o rapaz que ia seguir o caminho? Perguntou ele.
- Sim, Segui, mas retornei. As coisas lá são como o Velho
disse. Muito ruins.
- E que vai fazer agora?
- Não sei. - Respondi sinceramente, não sabia o que fazer
daí pra frente.
- Por que não fica aqui mesmo, na casa do Velho? Ele não
tinha parentes, ninguém vai reclamar sua herança. Vim
limpar a casa do material perecível e fechá-la.
- Sim, pode ser. Não tenho pra onde ir.
- Trazíamos provisão semanal para o Velho, podemos
continuar a trazê-la para você. Aqui tem uma horta boa,
muito produtiva. E o regato ali em baixo, é água limpa e boa.
- Sim, é verdade.
- Agora, sem o Velho, necessitamos de um novo... guardião.
- Guardião...
- É. Um guardião do.. caminho do inferno.
Fiz uma pequena pausa para meditar e concordei.

- Sim. Ficarei. Serei o novo guardião do caminho do inferno.
É o meu destino. Depois de passar pelo que passei, meu
lugar é aqui!

6 comentários:

Anônimo disse...

Tesco, quando vi o tamanho do seu post, pensei em deixá-lo para ler mais tarde. Ainda bem que tive a curiosidade de ler logo e me deliciei. Tô com gostinho de quero mais na boca. Vai ter continuação?
Beijotescas

Anônimo disse...

Dantinhas, fico encantado com suas historias e contos. Acho que o gosto pelas aventuras a descobrir levou voce pela Geologia? Escritor , contista , é inegável, abraço fraterno, Chico

Denise Carreiro disse...

Tesco, admiro sua imaginação! Li seu conto, sem vontade de parar. Cheio de curiosidades. Achei legal quando vc disse que escutava o sangue nas veias. Amei! Muita paz!

Shirley Brunelli disse...

Nossa, tesco, que honra essa de ser Guardião do caminho do inferno rs. Mas, depois dessa, você vai ficar muito rico, mais rico, porque o Zé do Caixão vai querer transformar esse conto em filme.
Olha, tesco, brincadeira à parte, gostei muito, viu? Parecia-me estar lá, caminhando pelas estradas poeirentas e sem fim, quase encontrando o diabo em cada curva.
Você tem muita imaginação. Gostei!
Beijos!

Anônimo disse...


Tesco, gostei! E acho legal a ideia de Shirley: deixa Zé do caixão saber disso! é filme na certa!
A figura do guardião é enigmática: sempre temos um "aviso", "um sinal" e mesmo assim nos aventuramos por caminhos obscuros, não é?
hiscla

Clara Lúcia disse...

Nossa, e esse seu dom de escrever contos que eu nem conhecia? Apaixonante! Conte-nos mais, por favor!

"Uma pessoa sozinha pode criar
ilusões e passar a acreditar nelas."

Perfeito!

Beijos