Como pretendo publicar um conto que faz referência a este
outro conto, publicado no extinto blog "Nós por Nós" em 2006,
acho conveniente republicá-lo aqui, antes de mostrar o atual.
O XIS
Cheguei àquela cidadezinha à tarde, quase noite, o sol já
não era visível, mas havia bastante claridade, suficiente
para observar as pacas indicativas naquela encruzilhada.
A estrada em que eu vinha, do sul, encurvava para noroeste,
logo depois do cruzamento, desviando-se da suave colina,
encimada por uma casinha rústica. A plaquinha indicava:
Millskon - 70 km.
Ao meu lado, a placa mostrava a origem da minha cavalgada:
Broliff - 120 km. À direita a estrada se estendia levemente
para nordeste, e a plaquinha desvendava o nome da cidade,
na verdade uma aldeia, que se via a pouco mais de um
quilômetro adiante: Moresti.
Na esquerda a estrada segue reta para oeste, por uns cem
metros, até cruzar um regato, o mesmo que eu havia
atravessado quase dois quilômetros atrás. Depois a trilha
começa a serpentear por entre as pequenas elevações, que
vão se tornando mais altas e mais pedregosas, rocha viva
sem vegetação. A diferença desse ramo da estrada é que a
placa não diz o destino a que leva, nem a distância.
Em vez disso ostenta um grande X.
Ora, apesar de não ter galopado e a estrada não ser
poeirenta, eu estava deveras empoeirado, e ansiava por um
banho quente, e nenhum x me atraía nessa ocasião.
Portanto dirigi minha montaria para Moresti.
Após ter-me instalado na hospedaria e ter tomado um
demorado banho, dirigi-me para o local do jantar. Apesar de
simples e quase insípida, a comida me deixou revigorado e
animado. Puxei conversa com o garçom, um sujeito
atarracado, calvo e muito tagarela.
Em meio à conversa, lembrei-me da estranha placa na
encruzilhada, e indaguei sobre o fato. Aí o garçom empacou,
ficou reticente e indefinido. O que eu entendi do que ele
disse, era que a estrada não levava a nenhum lugar
conhecido.
- Como pode ser isso? Perguntei - Ninguém teve a
curiosidade de seguir por essa estrada?
- Oh, sim, muitos foram.
- E então?
- Não voltaram.
- Não? Então devem ter encontrado o paraíso!
- Acredito que não. Existe um que voltou - um só - pelo que
ele conta, ali mais parece o caminho do inferno, Notou a
casinha próxima ao cruzamento?:
- Sim, é bem visível pra quem vem do sul.
- Ali mora o Velho, ele seguiu o caminho quando era jovem.
- Qual o nome dele?
- Não sei. Acho que ninguém sabe. Os mais velhos da cidade
sempre o chamaram de Velho. Ele tem mais de cem anos.
- Irei falar com ele amanhã.
Assim terminou nossa conversa e fui para o meu quarto.
Queria dormir cedo, pois cavalgara o dia todo e estava
cansado.
O VELHO
Ao acordar, lembrei-me imediatamente do X da questão e
da casa da colina, onde morava o Velho. Depois de um
rápido café, parti em busca de uma conversa esclarecedora.
Quando cheguei na casa, o Velho estava sentado num
banco comprido, para três ou quatro pessoas, numa
pequena varanda. Para um centenário, estava bem
conservado, não lhe daria mais que oitenta.
- Bom dia, meu Velho!
- Bom dia, filho! Aconselho a não seguir com a empreitada.
Todos os que tentaram, não lograram nenhum proveito.
Respondeu com voz pausada. Falava claramente e sem
hesitação. Fiquei intrigado com sua fala. Estaria mesmo
falando comigo?
- Que empreitada, Velho?
- Ora, você tenciona seguir pelo caminho proibido. Ninguém
vem aqui com outra intenção. Tenho a experiência de 90
anos neste posto.
- Sim, tem razão. Fui atraído pela placa com o X. Por que
não tiram a placa?
- Se tirassem a placa, alguns poderiam seguir o caminho
sem advertência de ninguém. Com a placa, sempre pedirão
explicações e nós tentaremos impedir sua loucura.
- É loucura seguir esse caminho?
- Sim, é. Ninguém volta. Ficam presos no inferno.
- Você voltou!
- Voltei para servir de aviso. Nestes noventa anos desde
que voltei, não houve outro retorno.
- Mas, porque é o inferno? Se é inferno para você, pode não
ser para os outros.
- É um lugar de escuridão, sofrimento, medo, terror. Não
pode ser bom pra ninguém.
- Bem, eu não tenho nada, nada perderei tentando ver por
mim mesmo.
- Nada. A não ser a sanidade e a paz.
- É pouco para se perder. A aventura me chama. Cavalgarei
para lá amanhã.
- Não. Tem que ir a pé. Os animais não seguem o caminho.
- Como não seguem?
- Eles se recusam. Não há como fazê-los ir adiante.
- Tentarei. Recomenda alguma coisa, Velho?
- Sim. Leve água suficiente, depois do riacho não há mais
nenhuma fonte por mais de trinta quilômetros.
- Trinta? E depois?
- Não sei, não passei disso. Daí pra frente é a escuridão.
É onde as forças do mal procuram nos aprisionar.
Havia sinceridade e convicção em sua voz. Mas isso não
basta. Um homem pode se enganar.
- Velho, sem querer ofender, isso não poderia ser produto
de sua imaginação? Uma pessoa sozinha pode criar
ilusões e passar a acreditar nelas.
A resposta, que eu esperava defensiva, surpreendeu-me.
- Provavelmente é fruto da imaginação. Mas pode alguém
andar sem a cabeça?
Bem, esse assunto é complexo. Desviei a conversa para
coisas mais práticas.
- Então você chegou nesse ponto à noite?
- Sim, sempre se chega à noite, não importa o ritmo em
que se ande. Foi uma noite terrível, não consegui nem
meia hora de sono. Instalei-me sob a grande árvore, mas
os demônios não me deixaram dormir. Mesmo assim
esperei o amanhecer. O sol clareou o caminho para o lado
de cá, mas não se via nada para oeste. E a escuridão não a
bandonou a intenção de me aprisionar. Não tinha mais
escolha a não ser voltar.
- Então há uma divisão física? Um muro? Uma linha
divisória?
- A separação é nítida. Mas não existe barreira sólida, só
a escuridão.
- Preciso ver isso. - Encerrei a conversa - Obrigado, Velho,
partirei amanhã cedo.
Providenciei tudo naquela tarde e ainda fui verificar a
apregoada recusa dos animais em seguir naquele caminho.
E realmente foi o que aconteceu. Por mais que focasse e
procurasse conduzir o cavalo, ele não transpunha o riacho.
Naquela passagem, a água, límpida e lenta, não passava
do tornozelo. Não entendi a resistência do cavalo. Voltei à
cidade e, novamente, recolhi-me cedo.
A JORNADA
No dia seguinte, levantei-me antes do sol, e estava no
cruzamento quando ele nasceu. Prossegui pelo caminho
sem problemas, sob um sol brando, até ao meio-dia.
O caminho, verdadeiramente tortuoso, se elevava aos
pouquinhos, e não me cansou em excesso, mesmo em
boa marcha. O dia transcorreu sem incidentes.
Por volta das cinco da tarde eu havia chegado a uma grande
curva do caminho. Uma curva para a esquerda, à direita
pequena colina era encimada por uma árvore de copa larga.
A árvore não era grande, mas como era a única nas
redondezas, parecia enorme. Escurecia rapidamente, pois
o sol ficava escondido pelas elevações à oeste.
Rumei para a árvore, iria passar a noite sob ela. Ao chegar
no topo da colina olhei para o caminho que teria pela frente..
Após a curva, a vereda fazia duas curvas para a direita,
contornando o pequeno contraforte, e retomava o sentido
para oeste. Mais nada se via além disso. Uma densa e
escura neblina fechava à visão a seqüência do caminho.
Resignei-me a isso e pus-me a a preparar o local para o
repouso noturno.
Abri a mochila e retirei os pães e o queijo, ainda frescos.
A carne-seca e as bolachas ficariam para dias seguintes.
Não havia gravetos suficientes para se fazer uma fogueira,
mas as noites não estavam frias, fazia um verão muito
agradável e ameno, sem extremos. A lua nasceria em
breve, estava quase cheia.
Feita a refeição, recostei-me na árvore, à espera do nascer
da Lua. Não se ouvia nenhum som exterior. Aquele barulho
típico do fim de tarde em qualquer lugar a céu aberto, não
se ouviam por aqui. Grilos, cigarras, insetos diversos,
mosquitos, roedores, aranhas (aranha faz barulho?), aves
voltando para os ninhos... Não davam sinais de existência.
Nem a brisa fazia com que as folhas farfalhassem.
Era esquisito, apenas ouvia a minha respiração e minha
digestão, e sem muito esforço, ouviria o sangue correndo
nas veias.
Em pouco mais de uma hora nesta calma, a Lua surgia,
muito grande, radiante e esplendorosa. Apesar de não ser
ainda cheia - seria no dia seguinte ou no posterior - não
se notava defeito na sua esfericidade. Dominava a
paisagem, iluminando tudo à sua frente.
Quedei-me naquela quietude, e a lua foi-se elevando pouco
a pouco, até diminuir de tamanho quase à metade. Com tal
claridade nos olhos, não poderia conciliar o sono. Passei
para o lado oposto a árvore e aproveitei para olhar o caminho
no oeste, esperando ver a neblina refletindo o luar, como um
mar de prata. Qual o quê? Naquela direção estava tudo
escuro como uma noite sem lua e sem estrelas.
Que neblna era aquela que absorvia toda a luz?
Desliguei-me dessa questão e deitei-me para dormir. Seriam
quase oito da noite e eu poderia acordar cedo e bem refeito
das canseiras daquele dia. Logo adormeci.
A NOITE DO TERROR
Acordei quando a Lua passara um bocado do meio do céu.
A copa da árvore era larga, mas não espessa, e o luar se
infiltrava por ela.Não foi, entretanto, a lua que me acordou.
Tivera um sonho curioso.
Numa planície escura, embora o Sol estivesse no céu, um
sacerdote ou feiticeiro, muito magro e de face ossuda,
clamava para mim: "Venha para o mundo de agora, aqui é
o seu lugar!". Esse "agora" não era ouvido nitidamente,
parecia haver um eco quando era falado.
"Mundo de agora"? - Pensava eu, já acordado - Essa é boa!
E onde é que estou agora? Não dei importância ao sonho,
e como a noite continuava calma, logo voltei a dormir.
"Venha para o mundo de agora, aqui é o seu lugar!" O
feiticeiro se aproximava, enquanto eu começava a ouvir o
som que fazia fundo ao seu chamado. Era como se
houvesse uma multidão ao longe, se lamentando e
expressando uma agonia dolorosa. Quase um canto
monótono, entrecortado por "uis" e "ais". Além dos
gemidos havia gritos de "Pare!" e "Não!". Ouvi o feiticeiro
mais perto, gritando seu bordão. Acordei novamente, desta
vez mais impressionado: O sonho tinha continuado!
Meditei sobre isso, mas não havia muito o que questionar:
Sonhos são sonhos! Apenas isso. Não podia me deixar
influenciar por sonhos. Deixei a mente vaguear por
experiências mais agradáveis. Lembrei-me de minha
infância e de minha adolescência. Eu tinha onze anos e
meu pai me levou à uma cidade grande. Lá ouvi um
pianista tocando a "Pequena Serenata" de Mozart. Nunca
me esqueci dela. Adormeci acompanhando aquela melodia:
"Tan, tan tan, tan tan tan tan tan tan, tan..."
"Venha para o mundo de Hsgorath, aqui é o seu lugar!", o
feiticeiro estava cada vez mais perto. E continuava com seu
clamor imbecil. Agora eu ouvia melhor e o "agora" se
transformara em "Hsgorath", sei lá o que era isso.
Os gemidos e lamentos não só continuavam, como ficavam
mais altos. Aí apareceu um fato novo: Ouvi nitidamente o
ruflar de asas. Mais forte. Corujas? Ouvia também rosnados,
agressivos e furiosos. Comecei a ver, além do feiticeiro
haviam formas fantasmagóricas, meio se esquivando, meio
se arrastando. Acordei deveras assustado. Aquilo tinha
continuidade demais para um sonho.
Levantei-me e tomei uma resolução. Continuaria a caminhar,
mesmo à noite! Tinha dormido umas cinco horas, e estava
relativamente descansado. Caminharia devagar e ao nascer
o dia, já teria avançado um bom pedaço.
Coloquei a mochila nas costas e desci a colina. Ao
contornar a grande curva do caminho, deparei-me com a
neblina. Realmente não deixava ver muita coisa, mas o luar
a penetrava suavemente, e cerca de metro e meio à frente,
ou um pouco mais, podia ser vislumbrado. Daria para seguir
assim mesmo. Avancei cerca de cem metros, devagar e
sondando o terreno.
Mas eu não contava com o que se sucedeu. Um rumor igual
ao dos sonhos, começava a se fazer ouvir! Aquele canto
monótono, composto por gemidos e lamentos, alteava-se
cada vez mais. Parei e fiquei à escuta. Ouvia ao longe os
rosnados. Então o feiticeiro também se fez ouvir. Repetia
o mesmo refrão: "Venha para o mundo de Hsgorath...".
Sempre fui corajoso e não temia enfrentar aquilo, mas o
que se seguiu foi demais para toda a minha coragem.
O "flap, flap" de asas fez-se presente. Raciocinei: "Por aqui
não vi roedores nem pequenos animais, como é que agora
aparecem corujas? Podem também ser morcegos, mas
esse barulho de asas é muito alto para morcegos. Só se
forem morcegos gigantescos". A perspectiva não me era
agradável. Não podia vê-los, e nesse quesito eles tinham
ampla vantagem sobre mim. Os rosnados também
aumentaram. Não teria nenhuma margem para vitória se
me defrontasse agora com predadores noturnos. Voltei-me
e retornei sobre meus passos.
Gritos de "Fuja!" e "Vá embora!" começaram a ecoar e o
gelo correu pela minha coluna vertebral. Soavam cada vez
mais perto. Alcancei a grande curva, e ia quase caindo
sobre o contraforte rochoso da colina. Agora tomava o
caminho que estava livre de neblina. Gritos de "Vamos
alcançá-lo!" surgiram. Aí desatei a correr. Não era covardia
nem medo sem fundamento, era questão de sobrevivência.
Corri por toda a madrugada e os gritos e os ruídos não me
abandonavam. Cheguei a observar vultos no ar e ouvi o
barulho dos passos na perseguição. Desesperadamente eu
corria. Devo ter percorrido aqueles trinta e tantos quilômetros
em menos de duas horas. Quando já pensava em me estirar
no chão e me entregar ao destino, divisei uma faixa escura
atravessando o caminho. Pensei: "Aquele tronco não estava
ali antes", mas não era tronco, era o regato!
"Meu Deus, estou salvo!", regozijei-me. Com redobrado
vigor percorri aqueles cem metros, mas parecia que não ia
alcançar o regato. Por fim, cruzei-o em grande velocidade,
acho que nem molhei os pés. Só fui parar próximo à placa
do X. Todos os ruídos exteriores cessaram. Só o latejar
das minhas veias e o resfolegar da minha respiração eram
ouvidos. Caí extenuado ao lado da placa e ali fiquei
desmaiado por mais de duas horas.
O GUARDIÃO
Quando acordei, o Sol radiante já despontava no horizonte
iluminando tudo. Senti um peso enorme nas costas. Era a
mochila, que eu nem me lembrara de jogar fora. Afinal, eu
corria para salvar a vida, não cabia transportar carga inútil.
Mas já que ela estava ali, ótimo. Retirei a mochila e fui até
o regato, para saciar a sede terrível e para lavar o rosto.
Depois disso, ainda cansado daquela batalha travada com
o desconhecido, dirigi-me à estrada do sul, que tinha
algumas árvores ao longo dela, e deitei-me embaixo de
uma. Dormi mais umas três horas.
Ao levantar, já às dez horas, levei o olhar para a colina da
casinha do Velho. Vi ali movimento. Iria lá dizer ao Velho
que ele tinha toda a razão: O caminho para oeste era o
caminho do inferno. Chegando na casa, encontrei o
delegado de Moresti.
- Bom dia. Ode está o Velho?
- Bom dia. O Velho morreu nesta madrugada. O garoto que
traz suas provisões semanais, o encontrou morto.
- Oh! Lamento.
- Já o levamos para a cidade, será enterrado à tarde.
Assenti, sem nada a dizer.
- Você é o rapaz que ia seguir o caminho? Perguntou ele.
- Sim, Segui, mas retornei. As coisas lá são como o Velho
disse. Muito ruins.
- E que vai fazer agora?
- Não sei. - Respondi sinceramente, não sabia o que fazer
daí pra frente.
- Por que não fica aqui mesmo, na casa do Velho? Ele não
tinha parentes, ninguém vai reclamar sua herança. Vim
limpar a casa do material perecível e fechá-la.
- Sim, pode ser. Não tenho pra onde ir.
- Trazíamos provisão semanal para o Velho, podemos
continuar a trazê-la para você. Aqui tem uma horta boa,
muito produtiva. E o regato ali em baixo, é água limpa e boa.
- Sim, é verdade.
- Agora, sem o Velho, necessitamos de um novo... guardião.
- Guardião...
- É. Um guardião do.. caminho do inferno.
Fiz uma pequena pausa para meditar e concordei.
- Sim. Ficarei. Serei o novo guardião do caminho do inferno.
É o meu destino. Depois de passar pelo que passei, meu
lugar é aqui!
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6 comentários:
Tesco, quando vi o tamanho do seu post, pensei em deixá-lo para ler mais tarde. Ainda bem que tive a curiosidade de ler logo e me deliciei. Tô com gostinho de quero mais na boca. Vai ter continuação?
Beijotescas
Dantinhas, fico encantado com suas historias e contos. Acho que o gosto pelas aventuras a descobrir levou voce pela Geologia? Escritor , contista , é inegável, abraço fraterno, Chico
Tesco, admiro sua imaginação! Li seu conto, sem vontade de parar. Cheio de curiosidades. Achei legal quando vc disse que escutava o sangue nas veias. Amei! Muita paz!
Nossa, tesco, que honra essa de ser Guardião do caminho do inferno rs. Mas, depois dessa, você vai ficar muito rico, mais rico, porque o Zé do Caixão vai querer transformar esse conto em filme.
Olha, tesco, brincadeira à parte, gostei muito, viu? Parecia-me estar lá, caminhando pelas estradas poeirentas e sem fim, quase encontrando o diabo em cada curva.
Você tem muita imaginação. Gostei!
Beijos!
Tesco, gostei! E acho legal a ideia de Shirley: deixa Zé do caixão saber disso! é filme na certa!
A figura do guardião é enigmática: sempre temos um "aviso", "um sinal" e mesmo assim nos aventuramos por caminhos obscuros, não é?
hiscla
Nossa, e esse seu dom de escrever contos que eu nem conhecia? Apaixonante! Conte-nos mais, por favor!
"Uma pessoa sozinha pode criar
ilusões e passar a acreditar nelas."
Perfeito!
Beijos
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