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domingo, 17 de novembro de 2013

MORAL E CÍVICA

Há muito que não frequento bancos escolares e não sei o que 
andam, exatamente, ensinando por aí. No meu tempo de 
estudante secundário, 1969/70, o Governo Federal (também 
conhecido como Ditadura), impôs uma disciplina chamada 
"Educação Moral e Cívica", que também não sei, exatamente, 
o que ensinava, só lembro que aprendi a cantar o Hino da 
Independência: "Já podeis da Pátria filhos...". 
Isso já é um "grande ganho", né não? 

O que sei com certeza é que nessa época nos ensinavam a 
"morrer pela pátria e viver sem razão", conforme canta 
Geraldo Vandré.

Neste ano de 2013, relí com atenção o artigo publicado em 
11 de março de 2010, pela revista Carta Capital, 
" A oposição no divã", da professora Lúcia Avelar, que 
ensina Ciências Políticas na UNB. 

Em certo trecho ela trata da "problemática da cidadania", 
onde esclarece dúvidas sobre o termo. Modifiquei a frase 
inicial para dar clareza ao texto, que tem outros objetivos. 
As frases entre aspas são  originais do artigo. 

Retiremos a ambiguidade desse conceito, "ao distinguir 
entre a sua dimensão civil e sua dimensão cívica. 
Do ponto de vista civil, corresponde à afirmação dos 
direitos individuais garantidos constitucionalmente. 
A dimensão cívica está associada aos deveres e 
responsabilidades do cidadão com a sua coletividade.". 

Beleza! Tudo perfeitamente definido e qualquer jovem com 
16 anos de idade pode compreender. Ela prossegue, tentando 
ampliar o entendimento dessa "dimensão cívica":  

"É a propensão ao comportamento solidário, a uma 
disposição de entregar ao Estado parte de seus recursos 
e autoridade para governar a favor dos destituídos. 
Os indivíduos recebem prestações sociais não como 
indivíduos, mas como membros de um corpo coletivo 
que por circunstâncias dos processos estruturais de 
distribuição da riqueza encontram-se em situação 
de extrema pobreza." 

Ainda claro, mas podemos simplificar: O cidadão paga 
impostos para que ele, ou outrem menos afortunados, 
recebam benefícios gratuitos. 

Isso, cotidianamente, vem sendo denunciado que não ocorre 
no Brasil, que pagamos muito e recebemos pouco, mas essa 
é uma posição ideológica, não vejo deste modo, pois temos 
SUS, Bombeiros, Pequenas Causas, Justiça Volante, SAMU, 
escolas, universidades e outros serviços gratuitos. Mas, não 
entro no mérito dessa questão, nosso objetivo é outro. 

O que venho ressaltar é que esses conceitos de cidadania, 
civismo, solidariedade social, etc., não eram, e não foram, 
esclarecidos na escola. Acredito que o conceito de cidadão 
tenha sido exposto assim: 
"Cidadão é o indivíduo que cumpre suas obrigações para 
com o Estado". 

Direitos? 
"Não, isso é outra disciplina, matemática ou português, 
aqui não tem isso nao!". 

Bons tempos antigamenlte, não? 

Abraço do tesco. 

2 comentários:

Clara Lúcia disse...

Me lembro dessa disciplina. Não gostava, mas vejo que hoje faz falta nas escolas públicas. Pelo menos naquela época, nos ensinavam isso, a disciplina e tolerância, o respeito e a cidadania. Só o fato de formarmos fila e cantarmos o hino já um sinal de respeito e cidadania. E ai se déssemos um pio! Era castigo e diretoria na certa.
O que me lembro é isso.
Hoje, infelizmente, tudo desandou. Algumas coisas melhoraram com a luta de todos, criação de leis que defendam o cidadão, mas o resto? Infelizmente!

Abraços!!!

Anônimo disse...

Tesco, a Clara roubou as palavras da minha boca. É por aí mesmo.
Beijotescas