andam, exatamente, ensinando por aí. No meu tempo de
estudante secundário, 1969/70, o Governo Federal (também
conhecido como Ditadura), impôs uma disciplina chamada
"Educação Moral e Cívica", que também não sei, exatamente,
o que ensinava, só lembro que aprendi a cantar o Hino da
Independência: "Já podeis da Pátria filhos...".
Isso já é um "grande ganho", né não?
O que sei com certeza é que nessa época nos ensinavam a
"morrer pela pátria e viver sem razão", conforme canta
Geraldo Vandré.
Neste ano de 2013, relí com atenção o artigo publicado em
11 de março de 2010, pela revista Carta Capital,
" A oposição no divã", da professora Lúcia Avelar, que
ensina Ciências Políticas na UNB.
Em certo trecho ela trata da "problemática da cidadania",
onde esclarece dúvidas sobre o termo. Modifiquei a frase
inicial para dar clareza ao texto, que tem outros objetivos.
As frases entre aspas são originais do artigo.
Retiremos a ambiguidade desse conceito, "ao distinguir
entre a sua dimensão civil e sua dimensão cívica.
Do ponto de vista civil, corresponde à afirmação dos
direitos individuais garantidos constitucionalmente.
A dimensão cívica está associada aos deveres e
responsabilidades do cidadão com a sua coletividade.".
Beleza! Tudo perfeitamente definido e qualquer jovem com
16 anos de idade pode compreender. Ela prossegue, tentando
ampliar o entendimento dessa "dimensão cívica":
"É a propensão ao comportamento solidário, a uma
disposição de entregar ao Estado parte de seus recursos
e autoridade para governar a favor dos destituídos.
Os indivíduos recebem prestações sociais não como
indivíduos, mas como membros de um corpo coletivo
que por circunstâncias dos processos estruturais de
distribuição da riqueza encontram-se em situação
de extrema pobreza."
Ainda claro, mas podemos simplificar: O cidadão paga
impostos para que ele, ou outrem menos afortunados,
recebam benefícios gratuitos.
Isso, cotidianamente, vem sendo denunciado que não ocorre
no Brasil, que pagamos muito e recebemos pouco, mas essa
é uma posição ideológica, não vejo deste modo, pois temos
SUS, Bombeiros, Pequenas Causas, Justiça Volante, SAMU,
escolas, universidades e outros serviços gratuitos. Mas, não
entro no mérito dessa questão, nosso objetivo é outro.
O que venho ressaltar é que esses conceitos de cidadania,
civismo, solidariedade social, etc., não eram, e não foram,
esclarecidos na escola. Acredito que o conceito de cidadão
tenha sido exposto assim:
"Cidadão é o indivíduo que cumpre suas obrigações para
com o Estado".
Direitos?
"Não, isso é outra disciplina, matemática ou português,
aqui não tem isso nao!".
Bons tempos antigamenlte, não?
Abraço do tesco.
2 comentários:
Me lembro dessa disciplina. Não gostava, mas vejo que hoje faz falta nas escolas públicas. Pelo menos naquela época, nos ensinavam isso, a disciplina e tolerância, o respeito e a cidadania. Só o fato de formarmos fila e cantarmos o hino já um sinal de respeito e cidadania. E ai se déssemos um pio! Era castigo e diretoria na certa.
O que me lembro é isso.
Hoje, infelizmente, tudo desandou. Algumas coisas melhoraram com a luta de todos, criação de leis que defendam o cidadão, mas o resto? Infelizmente!
Abraços!!!
Tesco, a Clara roubou as palavras da minha boca. É por aí mesmo.
Beijotescas
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