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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

FAMÍLIA


Você tem uma família esquisita?

Sua família grita, discute e chega a brigar?

Há ao menos um membro na família que você
excluiria não fossem os laços indissolúveis da
família?

Você já fantasiou estar deixando a família?


Se você respondeu sim a uma dessas perguntas,
parabéns!

Sua família é absolutamente normal.


Quem faz essa afirmação não sou eu, é o
neuropsicólogo Paul Pearsall no livro
“Seu último livro de auto-ajuda”.


Pearsall diz que a melhor definição de família
que ele já encontrou, foi esta: “Um grupo de
pessoas irracionalmente comprometidas com o
bem-estar recíproco’.

Não sou eu que vou contradizer estas
afirmações. A família é uma instituição destinada
a amparar os seus membros, em que, os menos
doentes ajudam os mais doentes (e todos nós
somos doentes da alma, é só uma questão de
grau).

Pois contrariamente ao que se poderia pensar
as, famílias bem ajustadas, internamente e com
a sociedade, são entidades raras.
Costumeiramente há nelas, pelo menos, um
elemento discrepante do conjunto.

Como disse Jesus de Nazaré: “Não necessitam
de médico os sãos, mas, sim, os doentes”
(Mateus, 9,12), ressalta-se, então, a
necessidade que todos temos de uma família.

- Mas, tesco, como podem ser tratados os
doentes por quem também se encontra doente?

As doenças no caso não são físicas, são
psicológicas, portanto, não é fundamental que
quem trata os doentes esteja integralmente são.
Naturalmente, nem sempre se consegue um bom
resultado, muitas vezes os males se agravam e,
algumas vezes os “pacientes” são perdidos.
Porém, é melhor que tenhamos algum
tratamento que nenhum.

- E esse “tratamento” acontece mesmo?

Sim, o convívio forçado entre os membros de
uma família é uma terapia, reconheçamos ou
não. È um modo inteligente de aceitarmos as
diferenças entre os seres humanos e,
eventualmente, podemos contar com uma boa
dose de carinho, quando não, de um amor
extremado, oferecido pelas mães.

- Mas, esse convívio não acarreta um contato
entre os problemas? Isso é saudável?

Sim, muito saudável. Os Upanixades já dizem
isso: “Água no ouvido se tira com mais água, um
espinho na pele se tira com outro espinho”...

- Upanixades? Que bicho é esse?

São livros sagrados dos indianos.

- Oi, mudou? Não eram Vedas?

Não mudou não, os Upanixades também são
textos antigos reverenciados pelos indianos.
Mas, como ia dizendo, o atrito constante vai
aparando as arestas.

Além disso, variados temores estão dentro de
nós, pré-existentes a qualquer inseminação
cultural. Como diz H. P. Lovecraft em um de
seus livros: “Do contrário, como poderia afetar-
nos a narração daquilo que sabemos ser falso
quando lúcidos?”. A família é um laboratório
onde podem ser eliminados ou atenuados esses
temores.

Uma das afirmações mais freqüentes de hoje é
que a família tradicional está se desintegrando,
se desfazendo com se fosse feita de barro...

- Isso é muito ruim, né?

Em parte. A família mudou muito e os antigos
conceitos hoje são preconceitos.

- Hein?!

Sim. Por exemplo, antigamente a família tinha
que ser ‘chefiada’ por um homem, hoje não
precisa mais ser assim, são inúmeras as famílias
lideradas por uma mulher. Então, a desintegração
falada é da família “tradicinal”, que não é
necessariamente o único ou o melhor modelo.

O mais importante é que a ‘essência’ da família
permaneça, isto é, um grupo que se apóie
mutuamente, a estrutura dela não é essencial,
pode variar imensamente.

Portanto, se há muita divergência na sua família,
não desespere, a coisa é assim mesmo.

Abraço do tesco.

6 comentários:

Edu e Mau disse...

Mamãe, Papai, titia, vovó, cachorro, galinha. Eita...

Daniel Savio disse...

Estava com saudades dos teus textos...

Mas que pena, quer dizer que n]ao anormal por "odia" alguém da minha familia, e eu pensando em entrar em processo por dano morais contra a pessoa...

Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de maldade.

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.

hiscla disse...

Aiaiaia...É uma forma de pensar respeitável, meu caro Tesco. Só não sei se a alma da gente aguenta tanto!
Não tem jeito de viver sem conflito não é?
Tem receita pra amenizá-los?
Já viu um filme italiano: "parente é serpente?" Tem os que viver com elas?
rsrs
beijos!

Anônimo disse...

Tesco, não só tenho raiva da minha família, como também imagino cortando todos em pedacinhos, rsrsrs. É tudo igual, só muda o endereço, mas sem os nossos familiares a vida seria muito chata.
Beijocas
Yvonne

hiscla disse...

Tesco...família é bom demais. Que seria da gente sem conflito? Acontece que tem conflito demais. Um pouco de paz não é ruim pra ninguém. Eu quero uns dias de paz.
E vc? Todo mundo precisa de trégua!
Dai-me uma trégua por uns dias!
Havemos de preferir os amigos que são escolhidos...os ouros são compulsórios né?
Af...mas pessoas na vida da gente fazem falta.
cla

Clenes Calafange disse...

Ahhh, Edu e Mau tiraram a música da minha boca!