O título desta crônica é uma frase de Joaquim
Ferreira dos Santos, extraída de seu livro “Em
busca do borogodó perdido”. Aparece como
conclusão de uma história, que não é
propriamente uma história, mas uma constatação
de que casais se separam, independentemente
de terem banheiros separados.
Não sei se Joaquim pretende outra significância
para a frase, mas a minha singela interpretação,
é que de nada serve revestimento externo para
manter íntegro o sentimento, ele se mantém
coeso mesmo é por sua dinâmica interna.
Aliás, revestimento externo tem melhor resultado
quando aplicado a alguma coisa inerte, e o amor,
salvo conceito mais apurado, de modo algum
pode ser inerte, é algo pulsante como um
coração.
Daí, o amor para continuar existindo por muito
tempo, (nos dias atuais, muito tempo pode ser,
digamos... vinte anos?) tem que continuar ativo,
vivo, bulindo.
Amor azulejado é amor de literatura, de séculos
passados, narrado e detalhado por escritores,
nunca um amor atual, de agora, “online”.
Olhando direitinho, azulejo pega bem mesmo é
em fachadas, e amor não necessita ser exibido,
pra inglês e todo mundo ver. Amor se mostra
espontaneamente, irreprimivelmente, como
alegria de viver. Às vezes, com ‘mas e meio
mas’, porém, aparece sem muito esforço.
Amor não deve ser portado como uma faixa nem
como uma fachada. Talvez como um facho.
Abraço do tesco.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
AMOR NÃO SE AZULEJA
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4 comentários:
Tesco, nada pior na vida do que aprisionar alguém que amamos. Sou radicalmente contra esses amores desesperados que não conseguem enxergar nada na vida, a não ser o ser desejado.
Beijotescas
Yvonne
Sei não, tenho duvidas nessas de amor, não existe padrão estabelecido!
Nem sei mesmo o que seja o amor!
Nem amor, nem crença, nem conhecimento. Tudo que represamos nos causa mal (e a outros), né? Negócio é ser mais líquido -
não precisa ser caudaloso,
pode ser mais viscoso
e lento,
mas sempre em movimento.
Versinho saiu sem querer! :-)
Amor não precisa se mostrado, mas sem sentido até a ultima gota, a ultima vontade de que ele é real...
Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.
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