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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

PILATOS

“Mas entregou Jesus à vontade deles.” 
- Lucas, 23:25. 

Pilatos hesitava. 
Seu coração era um pêndulo entre duas forças poderosas... 
De um lado, era a consciência transmitindo-lhe 
a vontade superior dos Planos Divinos, 
de outro, era a imposição da turba ameaçadora,  
encaminhando-lhe a vontade inferior 
das esferas baixas do mundo. 

O infortúnio do juiz romano foi entregar o Senhor 
aos desígnios da multidão mesquinha. 

Na qualidade de homem, Pôncio Pilatos era portador 
de defeitos naturais que nos caracterizam a quase todos 
na experiência em que o nobre patrício se encontrava, 
mas como juiz naquele instante, 
seu imenso desejo era de acertar. 

Queria ser justo e ser bom no processo 
do Messias Nazareno, entretanto, 
fraquejou pela vontade enfermiça, 
cedendo à zona contrária ao bem. 

Examinando o fenômeno, todavia, 
não nos move outro desejo senão 
de analisar nossa própria fragilidade. 

Quantas vezes agimos até ontem, 
ao modo de Pilatos, nas estradas da vida? 
Imaginemos o tribunal de Jerusalém 
transportado ao nosso foro íntimo. 

Jesus não se punha contra o nosso exame, 
mas, esperando pela nossa decisão, 
aí permanece conosco a Sua idéia Divina e Salvadora. 

Qual aconteceu ao juiz, 
nosso coração transforma-se em pêndulo, 
entre as exortações da consciência eterna 
e as requisições dos desejos inferiores. 

Quase que invariavelmente, 
entregamos o pensamento de Jesus às zonas baixas, 
onde sofre a mesma crucificação do Mestre. 

Vemos assim que Pilatos converteu-se 
em profundo símbolo para a caminhada humana. 

Emmanuel 
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier) 

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