“E Ele lhe disse :- Que está escrito na lei? Como lês?”
(Lucas, 10:26)
A interrogação do Mestre ao doutor de Jerusalém
dá idéia do interesse de Jesus
pela nossa maneira de penetração da leitura.
Sem nos referirmos ao círculo vasto de pessoas
ainda indiferentes às lições do Evangelho,
podemos reconhecer, mesmo entre os aprendizes,
as mais diversas tendências no que se refere
ao problema dos livros.
Os leitores distanciam-se uns dos outros
pelas expressões mais heterogêneas.
Uns pedem consolação, outros procuram recreio.
Há os que buscam motivos tristes por cultivar a dor,
tanto quanto os que se arvoram
em caçadores de gargalhadas.
Surgem os que reclamam tóxicos intelectuais,
os que andam em busca de fantasias, os que
insistem por incentivos à polêmica envenenada.
Raros leitores pedem iluminação.
Sem isto, entretanto, podem ler muito,
saturando o pensamento de teorias as mais estranhas.
Chega ao dia em que reconhecem a pouca
substancialidade de seus esforços, porque,
sem luz, o conforto pode induzir à preguiça,
ao entretenimento, à aventura menos digna,
à tristeza, ao isolamento, ao riso e ao deboche.
Com a iluminação espiritual, todavia,
cada cousa permanece em seu lugar,
orientada no sentido de utilidade justa.
Lembra que quando te aproximas de uma livro
estás sempre pedindo alguma cousa.
Repara, com atenção, o que fazes.
Que procuras? Emoções, consolo, entretenimento?
Não olvides que o Mestre pode também interrogar-te:
- “Como lês?”
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
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