Sob a infecção mental do pessimismo, afirma-te,
por vezes, irremediavelmente cansado à frente da luta
e proclamas, tanta vez, em desânimo e desespero,
que a Terra se converteu em charco de podridão;
que a sociedade é um jogo de máscaras;
que a honestidade foi banida do mundo;
que os maus tripudiam, impunes, sobre o amor dos bons;
que a crueldade é a norma da vida;
que cataclismos diversos tombarão no horizonte,
incendiando a atmosfera de que os homens se nutrem
e dizes desalentado que te apartaste da confiança,
que perdeste a fé;
que não tornarás ao prazer de servir;
que não te estenderás o coração ao culto do amor e
que te retirarás da arena qual soldado rebelde,
fugindo à própria luta.
Entretanto, ao contrário de tua assertiva,
a Eterna providência não descrê de nossa alma e
renova-nos, cada dia, a oportunidade de crescimento
e sublimação.
Cada manhã volves ao corpo
que te suporta a intemperança
e recebes:
A bênção do sol que te convida ao trabalho,
a palavra do amigo que te induz à esperança,
o apoio da Natureza,
o reencontro com os desafetos para que aprendas
a convertê-los em laços de beleza e harmonia,
e, sobretudo, a graça de lutar,
por teu próprio aprimoramento,
a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.
Não te rendas, portanto, ao derrotismo
e à dúvida que te lançam na sombra,
porque,
além do tormento a que o homem se atira,
teimoso e imprevidente,
Deus permanece em paz, acendendo as estrelas
e unindo as gotas d’água para que
todos nós possamos elevar-nos
dos abismos da treva para os Cimos da Luz.
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
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