TRADUTOR

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

domingo, 21 de junho de 2015

O QUE VALE É O CONJUNTO

No conto "Manchas verdes", que integra o livro "O cair da 
noite", publicado em 1941, Isaac Asimov fala sobre a diferença 
que faz ser um indivíduo isolado ou participar de um grupo, 
atuando coletivamente. 

Ele usa como exemplo as células de um organismo vivo, e o 
que pode servir melhor para isto que o próprio corpo humano? 
Suas palavras são: 

"Como são as suas células organizadas num todo unificado? 
Tire uma célula, individual, do seu corpo, até mesmo uma 
célula do seu cérebro, e o que ela é por si mesma? Nada. 
Uma bolha de protoplasma, com capacidade para nada 
mais humano do que uma ameba. Menos capacidade até, 
uma vez que não poderia viver por si mesma. Mas junte as 
células e você tem algo que pode inventar uma espaçonave 
ou escrever uma sinfonia." 

É inegável que um organismo unicelular somente faz uma 
coisa, além de sobreviver, que é se reproduzir, o que o torna 
diferente de um indivíduo do reino mineral. Qualquer coisa 
mais que isto exige a cooperação de mais de uma célula. 

Daí a ânsia universal pelo compartilhamento, sozinho não se 
produz nada de útil, todo organismo, excetuados os já citados, 
é uma coletividade! 

Aí também o equívoco em que labutam muitos: Não é a simples 
reunião de células que "pode inventar uma espaçonave ou 
escrever uma sinfonia". 'A união faz a força', mas a força não 
produz o produtor! 

Se assim fosse, o gênio seria resultado de maior agregação 
de células, mas sabemos que não é assim. Juntar mais células 
não significa mais força, e sim, mais peso. Qualquer 'gordinho' 
pode comprovar isso, e eu estou aqui de prova. A força requer 
esforço coordenado, todos 'ralando' com um mesmo objetivo. 

Necessária se torna a figura de um 'molde', em torno do qual 
se unam as células para formar esse organismo produtor de 
sinfonias ou naves espaciais. É o espírito, tão ridicularizado 
por muitos cientistas, e também pelos 'sábios de plantão',
que 
normalmente entendem de tudo. 

E o espírito requer, para atingir o status de gênio, tanto como 
as células musculares para exibirem força, treinamento! O 
que, uma existência de 40, 50 anos não dá garantia. Torna-se 
imprescindível, assim, a reencarnação, que é o treinamento 
em longo prazo, a certeza de conseguir o nível ótimo para os 
objetivos desejados. 

Foi pena que Asimov, excelente tanto no padrão científico 
quanto no padrão literário, não tivesse pendido um pouquinho 
para a transcendência da visão materialista. Teríamos mais 
um 'cérebro privilegiado' (espírito treinado) batalhando pelo 
espiritualismo. 

Abraço do tesco. 

4 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Não existe no mundo, uma sociedade tão organizada , como a das células. Cada uma tem sua inteligência para desempenhar determinada função.
Agora, tesco, você disse que é gordinho, mas, não creio que seja por causa de aglomeração gratuita de células... É porque você sai para tomar lanche até de madrugada...rárárá!
Beijos, amigo!

Hecta disse...


Ah meu querido..se ele tivesse transposto para a espiritualidade deixaria de ser ficção. Seria outra coisa...ate mesmo religião ou espiritualismo..
hiscla

tesco disse...

Shirley, não se trata de uma junção aleatória de
células, pura e simplesmente, que forma o 'gordinho',
mas sim A PARTIR de uma causa. E esta causa eu forneço
sim, não só o 'lanchinho' da madrugada, como os 'lanchões'
do resto do dia. Rerrerré! Kisojn.

tesco disse...

hiscla, o espiritualista não está impedido de escrever
ficção científica (ou mesmo fantasia), seguindo ou não as
leis do espírito. Mas o que falei foi sobre a visão de vida
de Asimov, cientista e grande escritor, que adotou, porém,
a 'crença' materialista para a concepção do universo.
Um escritor espiritualista pode fazer concessões à esta
concepção infantil, como se faz normalmente construindo
histórias para crianças, sem ofensa à sua posição de
espiritualista.
Beijos.