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domingo, 7 de junho de 2015

BORGES E AGORA

Lia Jorge Luís Borges, o livro "Ficções", que inclui o conto, 
escrito em 1941, "O jardim de caminhos que se bifurcam". 
O enredo do conto é interessante, mas não vem ao caso agora. 
O que me prendeu a atenção foi um detalhe de nada, uma 
pequena frase que encerra o ponto filosófico que me guia 
e orienta minhas ações. Veja o que foi: 

"Todas as coisas sucedem a uma pessoa precisamente agora". 

Coisa simples, não? Aparentemente nem merece uma pausa 
para reflexão. Mas pra mim é ponto fundamental para qualquer 
planejamento. 

É a velha história: O passado já passou, o futuro ainda não veio. 
O que temos que viver é o presente. Isso todo mundo sabe, isso 
todo mundo faz. Faz? 

Essa é a questão! Ainda tem muita gente vivendo no passado. 
E o que é viver no passado? Não é relembrar vitórias obtidas 
com muito esforço pessoal, não é rememorar os títulos que 
foram conquistados por mérito, não é reviver bons momentos 
passados junto a amigos e pessoas queridas. Definitivamente 
não! Isso é saudável e faz parte do processo de viver feliz. 

Viver segundo conceitos que, comprovadamente se mostram 
errôneos, obsoletos, e que já eram refutáveis no passado, e 
que já deveriam estar devidamente sepultados, isso sim, é 
estar fora de época, viver defasado do mundo contemporâneo. 

E quem vive assim? Todos os que passam a maior parte do 
tempo condenando pessoas, ou por serem negras, ou por 
serem homossexuais, ou por serem prostitutas, ou por... 
Na verdade não importa o porquê, elas querem é condenar. 

E eu não vou condenar estes meus irmãos atrasadinhos. 
Temos é que reconduzí-los à realidade atual, conclamá-los a 
notar a lição que Borges nos relembra,  tudo que nos sucede, 
acontece precisamente agora, então devemos nos utilizar 
dos conceitos atuais. 

Se não, estaremos nos condenando a viver no passado, e, 
neste caso, os últimos não serão os primeiros, serão os que 
chorarão mas não mamarão. 

Abraço do tesco. 

5 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Querido amigo tesco, a frase citada não é tão simples de ser compreendida. Exige reflexão para buscar o entendimento dela e depois de alguns minutos, concordei com sua essência velada.
Bom mesmo, é sentar debaixo de uma árvore e filosofar sobre temas desse tipo. Adoro.
Abraço!
Kiso!

Clara Lúcia disse...

Também demorei algum tempo pra assimilar a frase....
Mas depois de ler o texto compreendi melhor. Mas o simples é sempre o mais complicado, então vou ficar pensando nessa frase quando colocar minha cabeça no travesseiro.
Uma ótima semana,
Beijos

Lua Singular disse...

Oi tesco,
Quem vive o passado faz um retrocesso na sua vida e adoece. Relembrar os bons tempos vividos de vez em quando é salutar. Mas o hoje é o mais importante, tentando sempre ser uma pessoa melhor.
O futuro é uma incógnita: estudar para viver bem, sem querer abarcar o mundo; pois num estalar de dedos tudo se acabará.
Beijos no coração

Hecta disse...


Meu querido..essa frase é mistério mesmo!
se percebermos o tempo apenas como uma dimensão a mais, torna-se compreensivel, não é?
Precisamos de um pouco de linearidade, de sequencia de coisas e fatos também..
No final, todos seremos devorados por cronos!
hiscla

Eduardo de Souza Caxa disse...

"... que o mais simples fosse visto como o mais importante!"

E o mais simples é cada um cuidar de si e do outro. Cuidar no sentido de ajudar soment onde e como for suficiente, sem imposição ou cobrança. E, obviamente, sem julgamentos.


Adorei a explicação sobre a frase, tesquinho.

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Off-topic: cá estou eu de bloguinho novo, de novo. Não me julgue! :-)