Vamos ao essencial da matéria: O que seria votado?
Convenhamos, uma moção de repúdio aos Estados Unidos
por espionar seus cidadãos, em nada interessa a um lavrador
no interior do Ceará, certo? E, mesmo espionando mensagens
no Brasil, em nada vai influir na necessidade que tem uma
empregada doméstica em pegar o ônibus pra ir ao trabalho,
correto? Então, há que haver uma triagem, uma seleção do
que apresentar ao povo, pra que ele possa decidir.
Em primeiro lugar, não existe a necessidade de, todo santo dia,
colocar em discussão grandes temas de interesse nacional,
nem os parlamentares estão em sessão todo dia. Em segundo,
não se tem que mudar a legislação todo mês. Portanto, esse
próprio fato de haver um congresso nacional permanente de
parlamentares já é algo de discutível.
Creio que se pode esboçar uma pré-votação com os eleitores
que já tenham acesso fácil ao computador e à internet. Nem
todos os possuidores dessas facilidades são conservadores ou
radicais, daí, teríamos um decisão prévia, sobre se tal ou qual
tema seria levado a uma decisão com participação de uma
fatia maior da população. Essa prévia não seria restrita por lei,
mas sim por vontade própria: Todos podem opinar, mas, por
certo, nem todos querem opinar.
Agora, com base em que se decidiria alguma coisa?
Aí que entra o esquema do BBB. Haveria um programa na TV,
curto, não mais que uma hora, com debatedores qualificados,
que seriam convocados em universidades, em organismos de
classe, em movimentos populares, entre empresários, etc., em
uma sessão de esclarecimento à população de eleitores.
Debates sem muitas questões teóricas, algo eminentemente
prático, como, "o que vai mudar, e como, se o projeto for
aprovado". Exposições objetivas, sem palestrantes prolixos
(existem sim) nem demagógicos (em excesso). Pode (talvez
deve) haver alguns programas sobre o mesmo tema, e com
debatedores diferentes.
Mas nada como sonolentas sessões do Senado, ou acaloradas
sessões da Câmara, em que se fala muito, mas onde pouco se
diz. Isso é possível sim, eu mesmo já tive aulas maravilhosas e
enriquecedoras, já vi debates, na TV mesmo, com resultados
proveitosos, já vi palestrantes concisos e precisos. Até debates
sobre futebol, onde predominou o bom senso.
Evidentemente, estas sessões não podem ser presididas por
um "Jô Soares", que intervém demais, nem por uma "Hebe
Camargo", que poderia fazer perguntas fora do contexto.
Pode-se questionar: Isso, realmente, levaria conhecimento ao
telespectador? Aprenderiam alguma coisa?
Respondo tranquilamente que sim. O povo aprende até a
"dança da garrafa", por que não aprenderia coisa mais sólida?
Abraço do tesco.
6 comentários:
Saudações Roberto Dantas de Oliveira,
fico grato por sua visita e comentários.
Também penso que um programa nos moldes como mencionou traria esclarecimentos ao público.
Cordial abraço.
Muito interessante esse seu comentário. Estava pensando que usamos tanto os meios virtuais de comunicação, só o governo não pensou nisso! Vc não acha que falta um pouco de vontade de parte deles? Participação não haveria de faltar. Muita paz!
Denise, infelizmente, não falta UM POOUCO de vontade, não, falta TODA a vontade! Eles imaginam que, não havendo um Legislativo constituído por políticos, eles perderiam suporte, quando, na verdade, o suporte de todo o poder é dado pelo povo. Se eles refletissem um pouco sobre o que significa democracia, não teriam esse temor.
Beijos.
Tesco, concordo com você!
acontece que os discursos muito bem elaborados e recheiados de termos técnicos dificulta o entendimento do povo. Caberia uma "desmanche do academicismo", colocar a linguagem técnica em termos correntes e cotidianos para que o povo possa, assim, entender.
Nada adianta Odoricos!
hiscla
Plenamente de acordo, cara hiscla, e isto seria obrigatório no idealizado debate de esclarecimento, nada de "Prosopopéia flácida para acalentar bovino".
Beijos.
vixe...Prosopopéia flácida para acalentar bovino"? que é isso?
Se depender do meu entendimento o bovino morre de fome!
kkkk
hiscla
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