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domingo, 4 de agosto de 2013

BBB E POLÍTICA - 2

Isso tudo me levou a pensar: 
Porque não aplicar esse método na política? 

Não a ideia atribuída à Rita Lee (não sei se é uma 
procedência exata), de expor os políticos em um BBB, 
o que seria extremamente desagradável - nem tanto 
pra eles, que têm cara-de-pau sobrando - mas pra nós, 
pobres telespectadores, pois o Congresso tem mais 
velho barrigudo que beldades. 

O que sugiro é a própria substituição dos Congressistas 
pelos próprios interessados, ou seja, nós, os "eleitores". 
Afinal, legal e teoricamente, eles são apenas "nossos 
representantes". 

Claro, muitos empecilhos haveriam, mas nada que não 
pudesse ser contornado, a não ser a veemente oposição 
dos políticos mesmo. Eles não deixariam a mamata tão 
facilmente. Haveria quase (ou de fato) uma guerra civil. 

- Epa! Por telefone não dá certo! 

Sim, a primeira objeção é esta: Por telefone não se pode 
identificar o eleitor, para que não vote mais de uma vez, 
nem por outrem. A votação teria que ser por computador.  

- Mas nem todos têm computador! 

Isso! E essa segunda objeção já vem com a terceira 
engatada: A possibilidade de FRAUDE! 

Mas, a fraude é nossa companheira constante e não deve 
nos intimidar. Em eleições com voto em papel e urna-sacola 
já é tradicional, a urna eletrônica é sujeita a fraudes, como 
se alardeia pela internet, e nem por isso deixamos de votar. 

As operações por computador, por sua vez, são rotuladas de 
inseguras, com os hackers não deixando ningúem sossegado, 
ainda mais agora, com a divulgação da espionagem estado-
unidense. Mas reparem, com toda a insegurança, não 
desistimos das nossas transações bancárias e também,
 vultosas operações financeiras são efetuadas por esse meio. 

Quer dizer, a fraude, ou sua possibilidade, não é um óbice 
impeditivo das operações eleitorais. 

A questão do acesso ao computador e, consequentemente, 
do acesso à internet, pode ser solucionada pela adoção de 
postos de votação, como se faz para as votações atualmente. 
Nesse caso, o número de eleitores seria bem menor, tanto 
devido aos computadores domésticos (e das empresas) já 
existentes, como ao fato de a votação não mais se tornar 
obrigatória! 

- Peraí, tesco! Sem obrigatoriedade, os que não têm 
computador não vão se dar à tarefa inglória de sair de casa 
pra votar. Vai haver abstenção em massa! 

E daí? Se houver essa abstenção em massa, qual será o 
problema resultante? Veja-se que não se trata de eleição 
de políticos, mas de decisão sobre assuntos que interessam, 
de fato, à população.  Por que não iriam votar os professores, 
sobre questão de remuneração e detalhes das carreiras deles 
mesmos? Por que não iriam decidir, não apenas opinar, os 
aposentados, sobre assuntos de aposentadoria? E assim, com 
todas as outras classes de trabalhadores? 

- Hum... Mas aí, se só forem votar os interessados nos seus 
próprios problemas, não vai se gerar o caos? Todos lutando 
por seus punhados de farinha, sem pensar nos outros? 

Justamente por isso, todos podem votar em todos os assuntos. 
Afinal a democracia é isso mesmo, todos expõem seu parecer 
e a maioria das decisões favoráveis ganha a causa. Com isso 
é inevitável alguns saírem menos favorecidos. É inerente ao 
sistema, mas é sempre melhor que uma só pessoa, ou um 
grupinho privelegiado, imponha a sua decisão. 

Vejamos outro aspecto dos postos de votação. Não se faz 
necessário que a votação seja realizada apenas num único 
dia. Isso pode ser feito durante uma semana, talvez. E, por 
certo, haveriam muitas votações durante o ano todo. Isso 
não requer atividade extraordinária dos Tribunais Eleitorais, 
nada de ocuparem escolas, convocarem eleitores para 
funções provisórias, etc.. Tudo faria parte do padrão normal 
do trabalho executado pelos TRE's e TSE. 

Parece que, até aqui, já temos boa quantidade de temas a 
debater e criticar. 
Vamos entrar no essencial da coisa, em próximo post: 
Com base em quê se daria a decisão dos votantes? 

Abraço do tesco. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Tesco, sou a favor do voto voluntário. Vota quem quiser e fim de papo.
Beijotescas

tesco disse...

Yvonne, provavelmente você nunca pesquisou ou meditou a respeito do voto obrigatório e, como eu e a maioria dos brasileiros, se revolta contra essa aparente arbitrariedade e absurdidade. Pode parecer paradoxal, mas vou fazer aqui uma pequena defesa do voto obrigatório.
Esta lei visa permitir a quem não tem poder de barganha (e são muitos) contra os empresários e empregadores, de modo geral, a exercerem o direito de votarem. Imagine, caso não houvesse a lei obrigando os empregadores a liberar seus empregados para votar, com quem ficaria o poder de decidir quem seria votado ou não. Os empregadores que não tivessem certeza que determinados empregados não seguiriam sua "sugestão" de candidato, seriam impedidos de se ausentarem do emprego naquele dia.
Assim, ficaria assegurado que os candidatos opositores do empregador, receberam menos votos, quiçã, perdendo a eleição por causa disso. A lei, na verdade, não visa obrigar as pessoas a votarem, mas, permitir que as pessoas possam votar. Acarreta inconvenientes sim, mas que alternativa teriam?
O negócio é se revoltar menos, devido aos benefícios que traz.
Beijos.