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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

PARECE PIADA


De distrações e mal entendidos nascem os equivocos e,
desses equívocos, as piadas e, a meu ver, são as mais
engraçadas.
Narro aqui alguns fatos que parecem piada construída, mas
que ocorreram sem intenção premeditada de fazer graça.



PEIXE RARO

Em visita ao oceanário de Aracaju, junto a uma turma da
escola, uma de minhas filhas - conto o milagre mas não cito
o santo - entusiasmou-se com um peixe estranho, que
causava reboliço entre os colegas, pois ela já o havia visto
em outro local.
Exclamou logo:
- Esse eu conheço! É... é... Mocreia!
Dizem alguns que a moreia não gostou e olhou feio pra ela,

como se dissesse: "Mocreia é a mãe!". 
Mas isso já é interpretação.


PAULATINAMENTE

Essa mesma filha (não é retardada não, essas coisas
acontecem com todos),  quando ainda estudava no primeiro
grau, pediu-me uma explicação qualquer sobre Martin Luther
King. Falei que Luther King liderou um movimento que,
pau-la-ti-na-men-te, havia conquistado vários direitos para os
negros nos Estados Unidos. E contei algumas coisas mais.

Na correção da prova, a professora esclareceu que Luther
King havia sido assassinado com tiros, e não, como um aluno
tinha respondido, morto a pauladas.

Minha filha não se manifestou na classe, já bastava a 'furada'
que tinha dado, não precisava que todos da classe soubessem
da autoria do "crime".



CARDÁPIO ESTRANHO

Ainda essa filha, jogando RPG com o irmão (Ih! Faz tempo:
Ainda jogavam RPG!), encontrava-se hipotéticamente, em
algum cantão da Suíça. Era por volta de dez da noite (lá, no
jogo) e ela chega numa hospedaria, cansada e com bastante
fome e vai solicitar do atendente, alguma comida. O irmão
pergunta o que ela pretende pedir.
Ela responde imediatamente: Inhame com jabá!


Não sei se comem isso por lá, mas o pedido soou bem
inusitado, e até hoje nos lembramos e gargalhamos. 



EI, ZÉ BIU!

Em 1978, uma tia pediu que ajudássemos um parente distante,
que queria vir do interior, pra tentar a sorte na Capital (Recife),
alojando-o temporariamente. Como dispunha de espaço no
meu quarto, ali instalamos uma cama, e José Severino, que no
Nordeste, passa a ser chamado de Zé Biu, alojou-se.


Contou ele que, nessa primeira semana de Recife, transitando
nas proximidades do Mercado de São José, lugar tomado pelo
comércio de rua e onde se vende de tudo, surpreendeu-se ao
ouvir seu nome chamado insistentemente: "Ei,Zé Biu! Ei,
Zé Biu!" "Como é isso, se não conheço ninguém daqui?",
pensou o nosso Zé Biu.


Se aproximando do Mercado, pôde ouvir melhor o chamado.
Era o pregão de um vendedor de laranjas, que gritava
animadamente: "Seis é mil! Seis é mil!".


A referência para o que se ouve, primeiramente somos nós
mesmos, com certeza.



PIRARUCU

Já na universidade, eis que um colega começa, distraidamente,
a cantar "Asa branca":
"Pirarucu quando fulora na seca...".
Imediatamente, outro colega observa:
- Eita! Quando pirarucu fulorá, é sinal que vem dilúvio!
O distraído continua distraído, e pergunta:
- É? Por que?
Tem distração pra tudo, né mesmo?



TERMOS DIFÍCEIS

Em 1970, quando muito tocava no rádio a música "Let it be",
com os Beatles, tocou também, durante certo período, a

música "Vietnam", da qual não consegui descobrir ainda que
banda cantava, e que tinha como refrão, o título, repetido
inúmeras vezes.

Minha mãe, que, como a mãe do Lula, nasceu analfabeta,
certo dia deu seu parecer:
- "Giribi' é melhor que "Pietá!". 


Certamente tinha ouvido musical. Apesar de se equivocar
com palavras estranhas, "Let it be" é um clássico, enquanto
"Vietnam" ninguém conhece.



Abraço do tesco.


2 comentários:

Anônimo disse...

Tesco, histórias, ou melhor, causos maravilhosos. Ri com o Giribi, rsrsrs.
Beijotescas

Anônimo disse...

Bão demais isso!
acontece sempre...como aquela aluna que acabou com minha aula quando quis ver num relampago raios ultravioletas...
Não é legal?
kk
hiscla