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terça-feira, 6 de março de 2012

FATOS ESPÍRITAS

Sobre o livro que está no sortesco

Fenômenos físicos muito estranhos chamaram a atenção
de todos na Europa do século 19. Eram batidas nas
paredes, mesas que se levantavam sozinhas, aparições
de fantasmas, objetos atirados por 'ninguém', as coisas
mais esquisitas estavam acontecendo amiúde.


Isso, naturalmente, atraiu todo tipo de gente: Ociosos e
ocupados, incrédulos e religiosos, gente à procura de
diversão gratuita ou querendo tirar algum proveito das
situações, entediados, etc..


O primeiro caso conhecido e muito divulgado, no entanto,
ocorreu nos Estados Unidos, o "caso das iramãs Fox", que
resultou no reconhecimento da comunicação de um
indivíduo já falecido.


Tomando conhecimento disso e de outros fenômenos
semelhantes, o professor Hyppolite Rivail, que adotou o
pseudônimo de Alan Kardec, resolveu pesquisar o assunto
de um modo sério, metódico e coerente, o que resultou na
publicação de "O livro dos espíritos", em 1857. Daí em diante
continuou as pesquisas, publicando as outras quatro obras
básicas do que seria  a "Doutrina dos Espíritos", ou, segundo
o neologismo de Kardec, "Espiritismo".


Mas o surgimento do Espiritismo não fez cessarem os
fenômenos, pelo contrário. Eram fatos que sempre ocorreram
ao longo da história da Humanidade, mas eram coisas
infrequentes e esparsas, agora era como se tivessem aberto
alguma porteira invisível, ocorriam a torto e a direito, e em
qualquer lugar.

Tais fenõmenos receberam a denominação de "fenômenos
espíritas", denominação, ao meu ver, incorreta, pois nem
tudo que é espiritual, ou causado por espíritos, é espírita.
Porém, continuemos assim mesmo e vejamos o que se
seguiu.

Os "fenômenos espíritas" motivaram muitos outros
estudiosos, gente do tipo que só emite opinião depois de
conhecer e estudar os fatos, a também efetuarem pesquisas
sérias, bem controladas e documentadas. Cientistas e
pesuisadores do porte de Camille Flammarion, Ernesto
Bozzano, Alfred de Erny, Alexander Aksakov, Charles
Richet, Gustave Geley, Cesare Lombroso e diversos outros
mais. Entre eles, William Crookes, já conhecido e aclamado
como cientista respeitado em todo o mundo culto. 
 
Inicialmente cético, como os demais começaram suas
pesquisas, Crookes foi se convecendo de que a origem dos
fenômenos por ele estudados eram realmente os que
denominamos de 'mortos' e que sua essência não tinha
sofrido nenhuma alteração, que apenas seus corpos físicos
haviam sido destruídos.


Ao publicar suas experiências e conclusões, no entanto,
Crookes não recebeu o apoio irrestrito que deveria receber.
A maioria dos "homens de ciência"  guarda um profundo
preconceito contra tudo o que classificam de "religião",
"crença", "fé" e coisas afins, não aceitando evidências ou
provas de coisas não-concretas. Para estes é preferível
suprimir fatos "inconvenientes" a prejudicar uma teoria.


Também a Igreja Católica, logo seguida pelas igrejas
reformadas, não aceitou as comprovações de existência e
continuidade do espírito, o que seria contraditório apenas
se considerássemos o lado intelectual ou espiritual do fato.
Mas é perfeitamente coerente quando observamos a questão
pela vertente mercadológica': A Igreja não iria querer abrir
mão de uma 'reserva de mercado' tão lucrativa como essa de
"relações comerciais com o Céu".


Ressalte-se, porém, que o que tange à religião em Espiritismo,
deriva unicamente das consequências morais dos fatos postos
a descoberto. Essa religião pode variar, conforme seja a
inclinação do intérprete, os fatos, entretanto, independem da
moral seguida, não estão atrelados a nenhuma religião, seita,
organização, corporação comercial, nação, ou qualquer
empreendimento humano desse tipo. Fatos são fatos, não
importa o rótulo que lhes preguem.

As conclusões básicas apreendidas das experiências efetuadas
no século 19, são duas:

1 - A essência do ser humano não é o corpo físico, podem
chamá-la de espírito, alma, ou outro nome que preferirem.
Essa essência continua existindo após a desintegração do
corpo físico

2 - A comunicação entre os que estão no corpo físico (vivos
ou encarnados) e os que já não o têm (desencarnados ou
mortos) é possível e corriqueira. 


Coisas simples de entender e admitir. Já pre-existência do
espírito antes do nascimento no corpo e reencarnação podem
levar a debates acirrados, deixemos isso de molho por agora.
Mas o básico é básico, ora! 


Abraço do tesco.

5 comentários:

Anônimo disse...

Tesco, mais do que nunca quero ler esse livro.
Beijotescas

Anônimo disse...

Interessante..bom seria ter certeza de como resolvem o aumento da densidade demografica e espiritos. Espiritos são criados a toda hora?
há mais mistéiros que se possa imaginar.
hiscla

tesco disse...

Querida hiscla, o que tem a ver a continuidade da existência após a morte com o aumento na população encarnada? Afinal todas as religiões advogam o mesmo: A alma sobrevive. Nada fica contraditório aí. Se você questiona isso, deve atentar para duas coisas primeiro:
1. Espírito não ocupa espaço material;
2. Não se sabe (não há escritura que o diga) quantos espíritos Deus disponibilizou para o planeta.
Se questiona a reencarnação (que não é objeto do post), os mesmos dois crtitérios se aplicam, juntando-se mais dois:
3. Li em um livro espírita, não lembro qual, que a população espiritual da Terra é superior a 20 bilhões;
4. Nada impede que Deus continue a criar espíritos. Não é preciso recorrer a isto, mas consta nos Evangelhos, que Jesus falou: Meu Pai trabalha até agora".
Sei que Nietzsche "decretou" a morte de Deus, mas não conheço ninguém que O tenha aposentado.
Pode continuar a le3vantar outras questões, que é um prazer emitir minhas opiniões.
Beijos.

Anônimo disse...

Penso assim, meu querido Tesco:
Há uma criação limitada de almas ou são criadas indefinidadmente?
se for a segunda hipotese, vamos sofrer de superpopulação, não?
hiscla

tesco disse...

Ainda é um pensamento infundado hiscla, se fala em alma, não hã razão para desprezar os Evangelhos, e lá fazem Jesus dizer: "Na casa do meu Pai há muitas moradas".
Além disso nada obsta que a criação (de tudo: planetas, universos, espaço, estrelas...) esteja em continuidade. As palavras do Genesis, que dizem que Deus descansou, são simbólicas, significam apenas que todo o criado recebeu o carimbo de "Aprovado!".
Beijos.