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sábado, 18 de junho de 2011

EM CASA!

Afinal, estou em casa, por melhor tratado que a gente seja, se
sente melhor quando pisa terreno conhecido.


- É. Tive um tio...


Peraí, depois você conta as aventuras do seu tio. Agora é hora
das desventuras do tesco.

- Tá bem, vamos lá. Essa cirurgia saiu ou não?


Saiu. Pra mim foi legal: Depois de aplicada a anestesia, só
acordei depois da conclusão.


- Bom, mas assim não vale!


Quer me ver sofrer, é, sádico? Mas sofri, sim. Para aplicação da
anestesia, o médico me pediu que estendesse bem o braço
esquerdo, virasse a cara pro outro lado e dispensasse o
travesseiro. Até aí, tudo mais ou menos nos conformes, não se
vai ao paraíso por estrada asfaltada. Mas chega uma
enfermeira perto de mim e diz, suavemente:
- Relaxe!
Relaxe um ca...minhão de brita! Eu aqui crucificado e me
dizem pra relaxar?
Mas eu não disse nada e, após algumas dolorosas tentativas,
o cara conseguiu acertar o ponto.


- Bem, é como diz a música do Falamansa: "Doeu, doeu, agora
não dói, não dói, não dói..."


Seria bom se fosse como uma música. Mas passou. O médico
disse, porém, que não foi tão fácil pra ele: Meus ossos são
retraídos e a cicatrização já havia começado. 


- É provável, já fazia 14 dias.


Pois é. Mas lembrei agora de um episódio acontecido na terça,
dia 14.
Na primeira vez que senti urgência para urinar, falei pro povo
próximo:
- Quero urinar!
Replicaram: - Ele quer fazer xixi.
Na segunda vez, já me adequei ao vocabulário vigente, e soltei
o grito de guerra: - Xixi!
Depois de adiada a cirurgia, eu já necessitava soltar um barro,
e disse que queria ir no banheiro.
Uma auxiliar, que não ficara a par dos acontecimentos, se
prontificou a me levar ao banheiro, que fica distante. Pra isso
empurrou a cama onde eu estava, mas na porta, foi impedida
por outra auxiliar. Depois entendi que o motivo era ser a cama/
maca muito larga para os corredores.
Minha heroína, no entanto, pra justificar a urgência, usou um
argumento que já não tinha validade:
- Ele quer fazer pipi e não consegue!
Eu, me adequando ao tempo e à linguagem, expliquei:
- Pipi eu já fiz, agora quero fazer popô!
O que a gente não faz para ser entendido por esse pessoal
da área médica!


Mas, ruim mesmo, foi um fato trivial para a esmagadora
maioria dos brasileiros.
Para o meu jantar veio uma cumbuquinha com o rótulo: "Sopa
sem carne". Beleza! - pensei eu - mas, na primeira colherada,
veio a decepção: Pedaços de galinha! Não me lembrei que, na
linguagem popular, carne não inclui galinha ou peixe. Para um
vegetariano isso é terrível.
'Bobagens' desse tipo não me acontecem em casa:
"Lar, doce lar!"


Na próxima terça, devo procurar o cirurgião em sua clínica,
para substituir o gesso enorme que me tascaram, incluindo
agora o cotovelo. A segunda aplicação será menor, mais leve
e mais discreta.
Até lá, então.

Abraço do tesco.

8 comentários:

Anônimo disse...

Bom que deu tudo certo..
Melhoras pra voce!
volte assim que puder.
hiscla

Clenes Calafange disse...

Ih, tio!! Que saga, hein?
Coisa torturante essa... ¬¬
Mas pelo que você contou acho que "agora" deve estar tudo bem, depois de todas essas torturantes torturas. Que bom que não nos deixou sem notícias.
Um beijaozão e boa recuperação.

Anônimo disse...

Tesco, agora vem a etapa da fisioterapia. Sucesso para você. A partir da próxima terça, viajaremos para o Rio e só retornaremos no dia 04 de julho. Não estranha o meu silêncio.
Beijotescas
Yvonne

Anônimo disse...

Que alívio!
Agora é apenas ter alguns cuidados, fazer a fisioterapia e voltará a ficar novinho em folha.
Bom, novinho em folha, admito, foi exagero.
Recauchutado em folha!
Manoel Carlos

Daniel Savio disse...

Que bom que tudo correu bem...

Espero que se recupere totalmente...

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.

Unknown disse...

E escreveu tudo isso com uma mãozinha só?? Ah, que dó!! Se cuida, tesquinho!!

Cynthia disse...

oi, tio!!!!!!! eu tive um tio. kkkkkkk esquece, foi você mesmo, meu tio! kkkk então, bom saber que já tá em casa!!!! cuide-se!
beijo!

Magna Santos disse...

Menino, onde eu estava, hein?
Graças a Deus, que agora é passado. Ufa!
Quanto ao corpo de enfermagem, já tive oportunidade de conhecer cada figura! Conheci uma do plantão noturno que chegava dando boa noite em alto e bom som, fazendo questão de falar com todos, individualmente. Durante a madrugada era som alto sem dó nem piedade e quando amanhecia, lá ía ela: "Bom dia, pessoal, bom dia, sol. Bom dia, dia. Bom dia, passarinho. Bom dia, motorista de taxi". Isto, do 9º andar. No final, era o plantão que todos mais gostavam.
Beijos.
Magna