Dizem sim e, por vezes, as paredes emitem sábios conselhos.
É o que se lê em "O livro dos abraços", de Eduardo Galeano.
Se não acreditam, vejam um exemplo do que ele coletou,
em suas andanças pelas Américas:
"Em Montevidéu, no bairro Braço Oriental:
Estamos aqui sentados, vendo como matam os nossos sonhos.
E, no cais na frente do porto de Buceo, em Montevidéu:
Bagre velho: não se pode viver com medo a vida inteira.
Em letras vermelhas, ao longo de um quarteirão inteiro
da avenida Cólon, em Quito:
E se nos juntarmos para dar um chute nesta grande bolha
cinzenta?"
Pode ser apenas coincidência, mas são advertências que
se adequam perfeitamente ao momento pelo qual o Brasil
está passando.
E, infelizmente, estamos nos comportando como o
"bagre velho" da citaçao!
Abraço do tesco.
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