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domingo, 19 de janeiro de 2014

BOBAGENS LINGUÍSTICAS-20

SERÁ QUE DÁ?
No livro "How to write Science Fiction and Fantasy", em que 
Orson Scott Card dá dicas de como formar a trama para uma 
história de ficção científica, no capítulo sobre criação de
mundos 
(2. World creation), falando sobre as linguagens
(linguagens dos 
mundos ficcionais), insere uma interessante 
nota sobre uma expressão idiomática do português, que nos 
é (a expressão) bastante familiar. Ele diz (tradução tescal): 

"Em português existe uma expressão idiomática comum 
baseada no verbo 'dar' (to give). Você pergunta a alguém, 
'Será que dá pra entrar?' e esse alguém responde 'Não dá'. 
Uma tradução literal ("Will it give to enter?" e "It doesn't") 
não traz sentido algum, no inglês. Quando você diz"Dá?" 
pra fazer algo, significa É possível?, É apropriado?, É certo?, 
Haverá resistência? É seguro?. Ainda assim nenhum desses 
termos carreia realmete o significado preciso. De fato, em 
inglês, não há nem palavra nem expressão que transporte 
o sentido exato." 

Confesso que nunca me perguntei sobre o que estaria 
querendo dizer com "Será que dá?", esse significado fica 
impregnado na mente, e nenhum questionamento surge. 
Até que você seja forçado a traduzir a expressão para outra 
língua. Aí é que se levanta o problema. Será que dá pé? 

   *   *   *   
Voltando ao "Dicionário Etimológico Termos Médicos", de 
Lima, Simões e Baracat, encontro novos verbetes 
interessantes: 

MASSETER 
– do grego Maseter, mastigador, Masaomai, eu mastigo. 
A palavra em latim deveria ser escrita com apenas um s, dada 
sua origem grega, e ter pronúncia oxítona. Provavelmnte 
houve confusão com o grego Massein, amassar, triturar. 

Como se pode observar, neste apanhado de termos médicos, 
por exemplo, equívocos em tradução são bastante comuns. 
Admiro esta gente que afirma que "A Sagrada Escritura não 
tem nenhum erro de tradução". É uma fé não somente cega 
como surda. Velhos alfarrábios, que além de traduzidos do 
hebraico, grego e latim, foram copiados e recopiados, sem 
erro? Nem milagre! 

MASTÓIDE 
- Do grego Mastos, mama e Eidos, semelhante. 
Daí o nome Amazonas para a tribo mitológica de mulheres 
guerreiras da Citia. A palavra deriva do grego A, sem e Mastos, 
mama, porque na adolescência tinham sua mama direita 
atrofiada ou amputada a fim de facilitar o manejo do arco e 
o carregamento do carcás (cuja tira atravessava o peito). 

Infere-se que as amazonas não tinham câncer de mama. 
Pelo menos na mama direita. 

MASTURBAÇÃO 
- Talvez do latim Manustuprationem, de Manus, mão e 
Stuprare, violentar. Violentar à mão. 

Hein?! Masturbação é estupro? Desde quando? 
Acredito que os autores derraparam aqui. Diz a Wikipedia

"O termo foi usado pela primeira vez pelo médico inglês e 
fundador da psicologia sexual, Dr. Havelock Ellis, em 1898. 
Foi formado pela junção de duas palavras latinas manus, 
que significa "mãos", e turbari, que significa "esfregar", 
com o significado de "esfregar com as mãos". 

Verifica-se o caso de "ser mais realista que o rei". Mesmo 
que a origem do termo não seja essa veiculada pela 
Wikipedia, estupro aí não faz sentido. 

MENSTRUAÇÃO 
- Do latim Menstruum, solvente. 
Acreditavam os antigos que o sangue menstrual era 
poderoso solvente. 

Pode uma coisa destas? Era só fazer uma série de testes. 

METAPLASIA 
- Do grego Metaplasis, transformação, que deriva de Meta, sair 
de e Plasis, formação: formação diferente do original. 

Postado para comparação com o verbete seguinte. 

METÁSTASE 
- Do grego Meta, sair de e Stasis, permanecer. 

É estranho ou não? Não fica nem sai, nada saudável. 
Parece que o termo mais apropriado seria 'metaplasia', pois, 
no caso do câncer, com que a palavra metástase é mais 
associada, a patologia se difunde no organismo 
transformando todas as células que encontra, metaplasia, 
portanto. 
Mas quem divulga esse termo são os médicos mesmo, 
talvez porque o termo seja mais 'espalhafatoso'! 

MORFINA 
- Do latim Morpheus, o deus do sono. 

Outro lapso dos autores, Morpheus não é deus do sono, este 
é Hypnos, seu pai. Morpheus é deus dos sonhos e, por 
metonímia, extensão de conceitos devido a proximidade, se 
diz: "Vou cair nos braços de Morfeu", para indicar que se vai 
dormir. Na realidade, tem que cair primeiro nos braços de 
Hypnos, para, adormecido, sonhar à vontade, agora sim, 
'nos braços de Morfeu'. 

Por hoje, chega. Até às próximas bobagens. 

Abraço do tesco. 

3 comentários:

Anônimo disse...

Aff..que coisa heim?
se soubesse essas coisas ia ganhar dinheiro dando aulas de língua portuguesa!
gostei da masturbação!kk
Masturbação não é violência, é egoísmo, né?kkkk
hiscla

Anônimo disse...

Tesco, você é dez com essas aulinhas.
Beijotescas

cynthia disse...

vou passar a dizer que cairei nos braços de Hypnos, e depois nos do filho dele, kkkkkk
beijos!