ANIMISMO OU ESPIRITISMO?

A propósito do livro colocado no sortesco 249, escrito
por Ernesto Bozzano, é espantosa a quantidade de
pesquidadores que se dedicavam â investigação dos
fenômenos de casas assombradas, materializações,
visões, audições e outros, hoje ditos 'paranormais',
no final do século 19 e princípio do século 20.

Era (e ainda é) um assunto palpitante, por suscitar a
"hipótese" de que haveria no homem um princípio,
invisível e inteligente, sobrevivendo à dissolução do
corpo físico. Isto é, a "alma" se colocava ao alcance
da ciência!

Numerosos estudiosos, se puseram no rastreamento
da alma. Além de Bozzano pode-se listar Crookes,
Richet, Lombroso, Osty, Geley, Aksakov, De rochas,
Owen, Flammarion, Denis, Delanne, Myers, Moses, e
muitos outros, que procuravam ou reforçar ou refutar
a existência da alma.

A grande maioria, fundamentados em experiências
cientificamente controladas, conclui pela veracidade
dos fenõmenos, e consequente confirmação do
'fenômeno' alma.

Por que, então, a Ciência atualmente em vigor, não
confirma e divulga estas conclusões, permanecendo
materialista? Serão, os cientistas atuais, dotados de
intelecto inferior ao dos antepassados? Estarão todos
imbuídos de má-fé?

Não, nem têm intelecto inferior nem têm má-fé.
O que ocorre é que a mente humana é assim mesmo:
Muito lenta para assimilar conceitos que lhe parecem
contrários à Natureza.

Embora o conceito de alma seja natural e multimilenar,
o homem, que se aventurou no emaranhado de ideias,
procurando entender e racionalizar o universo, envereda
por atalhos enganosos e não encontra o caminho de
volta. Além de que, o orgulho o impele a imaginar-se
mais poderoso do que é.

Porém, a ciência não impede que a humanidade
prossiga sua marcha. Existem os caminhos da religião
e da filosofia. A ciência é muito, mas não é tudo.
 E, até agora, todos os totalitarismos se mostraram
improfícuos.

Aguardemos, com muita paciência, que o bom senso
se imiscua de vez na ciência, permitindo-lhe que se
torne um farol a iluminar o futuro da humanidade, não
apenas de um ponto de vista unicamente material.

Abraço deo tesco.