segunda-feira, 22 de abril de 2013
SOBRE A NOVA ERA
O livro que está no sortesco 251 é de 1996, então seu tema -
Era de Aquário ou Nova Era - não é algo antigo ou ultapassado,
embora há muito tenha deixado de receber os holofotes da
mídia mundial.
Não é antigo, não só porque o livro é relativamente recente,
mas porque, queiramos ou não, estamos entrando nessa
"Nova Era".
Para eliminar as muitas dúvidas que lhes vão assediar:
- "Que história de Nova Era é essa?,Isso não é coisa dos
anos 70?" - um resumo do prólogo do livro é esclarecedor.
O autor conta que recebeu um telefonema de uma repórter da
revista Time, que ia escrever um artigo sobre a Nova Era, e
solicitava ajuda para uma definição concisa dessa "coisa".
Spangler, então, tentou condensar alguns tópicos referentes
ao tema, como transformação social, Hipótese Gaia, holismo,
mudanças de paradigmas, espiritualidade cotidiana,
co-criação, e alguns outros. Mas a repórter descartou sua
ajuda porque, para ela, a Nova Era se resumia em... Cristais!
Para se ver como muitos assuntos, que nada tinham a ver com
o cerne da Nova Era, foram embaralhados e incorporados ao
tema. Nos anos 70, os cristais estavam em foco por,
supostamente, 'energizar determinadas capacidades humanas'.
Mesmo assim, afastando os escolhos, é muito difícil definir o
que é e o que não é Nova Era. Como diz Spangler: "é como
a beleza, está nos olhos de quem vê". Numa peneira grossa
fica fácil separar o que NÃO é Nova Era: Guerras, racismo,
preconceitos, discriminação religiosa, discriminação por
gênero... Isso, certamente, não é Nova Era. Primeiramente
porque nada tem de novo.
Na hora da peneira mais fina, aí a porca começa a torcer o
rabo. A seleção começa a ocorrer conforme os conceitos do
freguês. Porém aí aparece também a "força" da Nova Era,
os conceitos também vão mudando!
Sim, como "tudo flui", nada volta a ser o que era antes e,
ainda que imperceptivelmente, numa primeira olhada, os
conceitos que regem nossas vidas vão se transmutando
pouco a pouco. Numa centena de anos tudo está mudado.
É assim que, infelizmente (ou não), vamos nos desapegando
de modos antigos, de concepções ultrapassadas, de gostos
'obsoletos'. Faz-nos tristes, lutar, como Arjuna no Bhagavad
Gita, contra nossos "parentes e amigos", companheiros de
muitos anos, como são os hábitos, gostos, preferências e
conceitos que vamos acumulando, mas a mudança se faz
inadiável.
Pode não ser isso que aparece no livro sorteado, "Um
peregrino em Aquário", mas são essas as conclusões que
teremos que tirar: Que a mudança é inevitável.
Mas não é, por ser mudança, que deveremos aceitar
qualquer uma mudança. Que a mudança venha, mas que
seja para melhor. Para controlar esse aspecto da qualidade,
temos que nos manter em constante estado de alerta.
Olhos abertos para não aceitarmos tudo quanto nos
apresentarem como "Novo! É a mais recente criação!".
Seja novo ou reciclado que venha, mas se não vem pra
melhorar, "Até logo!'.
Abraço do tesco.
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Um comentário:
É uma coletânea, ne?
vou de grupo 09
gosto desses assuntos.
hiscla
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