quinta-feira, 6 de maio de 2010
BOXE E VIDA
O boxe pode ser (e é) um esporte selvagem. Para muitos
nem é esporte, seria apenas uma maneira que os ditos
"civilizados" selecionaram para canalizarem seus instintos
mais animalizados.
Não posso concordar inteiramente: O esporte preferido
para canalizar instintos destruidores, ainda é a guerra!
Mas aprende-se com o boxe três coisas que considero
fundamentais para se aplicar na vida diária.
(Quando facilito e não os aplico, me dou mal!).
A primeira instrução diz: "Tenha sempre um pé atrás!"
Isso é fundamental para o equilíbrio físico do boxeador,
senão, com o primeiro impacto sofrido, ele irá ao chão.
A vida também nos exige isso, de uma maneira menos
física, mas com muito impacto em nossos resultados.
Temos que tomar todas as precauções possíveis, até
mesmo com alguns "amigos", que são na verdade,
"amigos da onça".
A segunda instrução é: "Assimilar os golpes recebidos".
Uma vez que é inevitável que o boxeador leve alguns
golpes, não é aconselhável 'sentir' todos os seus efeitos
no mesmo momento. O adversário poderá se aproveitar
da demonstração de fraqueza e atacar com mais vigor.
Também na vida não deixamos de receber golpes, alguns
dos quais muito duros. mas não é aconselhável que nos
deixemos abater e, muitas vezes, não é necessário que
aparentemos ter sofrido demasiado com tal ou qual
infortúnio.
O terceiro ensinamento é: "Há sempre um momento em
que não adianta esperar mais vantagens": É o momento
de ousar, atacar, se necessário. O lutador que apenas
se defende, dificilmente ganha a luta.
Aplica-se então o pensamento (até agora, anônimo):
"Não se atravessa um abismo com dois saltos curtos".
Chega um instante em que se torna imperioso tentar o
maior salto que se possa, um único, mas que cumpra o
efeito desejado.
Esses ensinamentos não são garantia de êxito. Não
se ganha uma luta só com a teoria, é necessário aplicar
bem, com todo o afinco possível, os ensinamentos
recebidos. Mas sem uma teoria sólida e coerente,
estamos fadados ao insucesso na maior parte dos
embates que travamos.
Tomei conhecimento dos dois primeiros preceitos numa
série de liçoes de boxe dadas por Éder Jofre - primeiro
brasileiro campeão mundial de boxe - na revista Placar, na
década de 1970. O terceiro provavelmente também estava
lá, mas me foi avivado apenas ultimamente, quando li esse
pensamento do salto sobre o abismo. Chega a hora em que
não adianta meias medidas, é tudo ou nada!
É quando, como Júlio César, dizemos: "Alea jacta est!',
ou, em um português mais popular: A HORA É ESSA!
Abraço do tesco!
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5 comentários:
Não sabia que gosta de Boxe, mas no caso, senão manter as nossas raizes no chão e nossos galhos nas altura, acabamos morrendo como pessoa (pois é impedido de crescer)...
Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.
Gostei muito dos escritos, pois, sem querer eles me ajudaram a refletir sobre um asituação atual que estou vivendo. Adorei a analogia.
Beijos, tio!
Tesco, nunca gostei de boxe, mas essa sua coluna foi enriquecedora em ensinamentos. Nunca poderia imaginar que uma luta que considero tão feia e violenta pudesse nos dar tão boas dicas.
Beijotescas
Yvonne
Concordo com a Yvone, pude aproveitar. Espero ter isto em mente da próxima vez que precisar.....
Tesco.vou aplicar esses conhecimentos "nagulmas ousadias" que pretendo. Espero que minhas pernas gordinhas alcancem do outro lado. Não vai dar saltar duas vezes né? rsrs
Obrigado pelas palavras de sabedoria
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