A QUEDA

Não foi a queda do Império Romano nem a queda
do Muro de Berlim, tampouco queda de corrente
ou de conexão. Foi minha queda, física mesmo.

Quando eu levanto da cama me apoio no braço
de uma poltrona de madeira cheia de livros; em
seguida busco o encosto da poltrona para
contorná-la e rumar para o banheiro.

No dia 15 dormi pela tarde e, acordando no começo
da noite, ainda sonolento, fui muito rápido ao
encosto da poltrona e minha mão se apoiou no vazio.

Caí com a testa no guarda-roupa e o ímpulso me fez
virar de costas e cair sentado. Fiquei com as costas
muito doloridas, mal podendo respirar.

Desconfiado de alguma fratura aceitei a sugestão
de ir ao hospital. Com muito esforço percorri seis
metros até a sala, onde sentei no sofá, arrastado
pra onde eu consegui chegar.
Segui para o hospital numa ambulância do SAMU.

No hospital, após as providências de praxe (que não
levam a nada), concluiu-se, examinadas as chapas
de raios-X, que não havia fratura nenhuma.
Assim me liberaram.

Continuei muito dolorido, apesar do analgésico, e a
locomoção é difícil; a permanência no PC, também.
Estou razoavelmente bem, mas não estranhem
minha ausência de seus blogs.

Abraço do tesco!