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terça-feira, 23 de novembro de 2021

JUIZ LADRÃO!

 


Numa tarde ensolarada em 1968, desci (morava num oiteiro)

com os amigos para bater uma pelada.

Havíamos feito amizade com um vigia de uma drogaria

desativada, a qual tinha nos fundos uma quadra de futebol

de salão e voleibol. Contava até com a cadeirinha alta para

árbitro, junto ao poste onde se amarra a rede do vólei.


Nesse dia eu não consegui ser escalado em nenhum time,

visto que nunca fui nenhum "Beto-bom-de-bola", mas fui

"convidado" para a honrosa posição de juiz da partida.

Me deram até um apito oficial e eu pude ocupar

a cadeirinha lá no alto. 


Mas nem tudo estava conforme as regras:

Devido à desativação da drogaria, os arcos do gol estavam

sem as redes. Claro que isto nunca foi impedimento para

uma pelada entre amigos. E...

"Foi dado o início da partida, amigos ouvintes!".


Tudo corria bem até que, à queima-roupa, foi desferido um

tremendo chute pelo time "sem-camisa" e, incontinenti,

o juiz (eu) apitou gol.


A celeuma foi grande, embora rápida: A bola não havia

passado por dentro do arco e o próprio atacante confirmou

o fato, anulando a decisão do juiz!

(Isso não é incomum em peladas).


A posição na metade da quadra, mesmo alta, é adequada

para dirimir dúvidas no voleibol e não no futebol de salão,

sendo, por isso mesmo, adotada no voleibol.

Além disso, a ausência de rede, forçosamente, leva a erros.

Assim, o equívoco do árbitro foi plenamente compreendido

pelos preliantes e a partida seguiu normalmente até o final.

- Ué, tesco! E o juiz ladrão do título?

Não fui eu, o mundo todo sabe quem é!

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