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quarta-feira, 8 de julho de 2020

NOS BASTIDORES DO CAVALO DE TROIA



Alguns episódios na formatação do cavalo de Troia são pouco 
conhecidos. Aliás, nem são conhecidos pelo grande público, 
pois não foram contados. 

Ocupado em contar o vai-não-vai, o puxa-encolhe, da história 
da guerra mesma, Homero cochilou e nem mencionou o caso 
do cavalo em seu primeiro livro, a "Ilíada". 

Só "viu" o erro que tinha cometido, ao publicar o segundo, 
a "Odisseia", sobre as peripécias du seu querido Odisseu. 

Baseados nessa omissão, muitos afirmam que o episódio do 
cavalo é apenas lenda, boato, (hoje diriam que é "fakenews"). 

Mas é duvidoso que, após um cerco de dez anos sem sucesso, 
a conquista se desse sem um artifício qualquer. 

Na verdade. o próprio sítio de uma cidade por dez anos, por 
um exército cuja base fica a mais de 250 km e com transporte 
exclusivamente marítimo, há cerca de 3000 anos atrás, é mais 
inverossímil que qualquer cavalo construído com madeira. 

- Oi, tesco, e Cuba não está sofrendo bloqueio há quase 60 
anos? 

- Sim, Álter, mas aí além de o cerco não ser militar, 
o sitiante não está fora de casa. 
E, acontece também de haver a intervenção de outros deuses 
e não somente de Hades (também conhecido como USA). 

Voltemos ao assunto, depois da extemporânea e nacrônica 
intevenção do Álter. 

Além de não existir nenhum indício, exceto as narrativas de 
Homero, a paternidade do cavalo também é controvertida. 
A primeira menção atribui a invenção a Epeu. 

Porém, é provável que Odisseu tenha encomendado a Epeu 
a construção de um artefato desse tipo e, como acontece com 
todas as chefias, o chefe leva as glórias do projeto quando ele 
obtém sucesso. 
(Já em caso de fracasso, a culpa é toda do funcionário). 

Todos os detalhes de construção (inclusive todo o projeto 
arquitetônico) devem ter sido obra de Epeu, mas, concordando 
com o resto da humanidade, falaremos do "Cavalo de Odisseu". 

Parece provável que algo como o Cavalo existiu, mas também 
não se tem certeza de quantos homens se acomodaram dentro 
dele. Quinto de Esmirna, bem posteriormente,  disse que no 
cavalo entraram trinta homens, já o Pseudo-Apolodoro, 
que foram cinquenta. 

Se não se sabe quantos foram, muito menos existe um 
relatório de quem foi selecionado para essa missão. 

Menelau é cittado na Odisseia, falndo sobre os que 
O ACOMPANHARAM dentro do cavalo: 
"Dentro do cavalo de madeira estavam todos os mais 
bravos dos argivos." 

(Argivos são os naturais de Argos, mas é também 
utilizado como representação de todos os gregos) 

Obviamente Menelau foi um dos selecionados. 
Na sequência, cita Diomedes, Odisseu e Ânticlo. 

E os outros 26? Ou 46, se forem considerados 50? 
Naturalmente não vou dar uma lista nominal deles, mas, 
um episódio deveras pitoresco ocorreu com a seleção de 
um dos "bravos argivos" que comporiam a guarnição. 
Foi a menção a Bolsoteu. 

Já tinham sido selecionados quase todos os componentes, 
restando apenas uma vaga, e Odisseu indicou Bolsoteu 
para o lugar remanescente. 

Aí ouviu-se um vozerio de indignação e rejeição: 
"Assim não, Odisseu, nesse caso eu não irei!", 
afirmou um deles. 
"Eu também não vou!", disse outro. 
"Me ponha fora dessa!", gritou outro. 
E assim ocorreu com todos os outros já selecionados. 

Odisseu então alarmou-se: 
Mas como? Então Bolsoteu não é um dos nossos mais bravos 
combatentes? Eu mesmo o vi em ação, e ele deu mostras de 
coragem e destemor! 

Antício, muito falador, tomou a frente dos demais, e explicou 
ao chefe: 

"O caso não é este, Odisseu, ele, sem dúvida, é destemido 
e corajoso, ninguém questiona isso! O caso é outro. 

- Então, qual o problema? 

"Com certeza nossa missão vai requerer calma, paciência e 
muito silêncio e, com Bolsoteu junto, isso não será possível!" 

- Seja claro, Antício, por que não? 

"É que você desconhece o cognome de Bolsoteu. 
Ele é conhecido por todos nós como 'Bolsoteu, o Peidão'!" 

Ah! Por Atena! Então, definitivamente, ELE NÃO! 

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