Para dar uma ideia do que contém o livro "Encontros com a
consciência", que está aí sendo sorteado, pincei dele e
apresento a vocês, um dos casos relatados:
A OUTRA RESPOSTA
Pedro Leopoldo, década de 1940, no Centro Espírita Luís
Gonzaga, o salão estava repleto. À mesa, mão posta no rosto,
o lápis de Chico deslizava célere sobre as laudas de papéis.
Orientações, pedidos de receitas, pedidos de missivas do além,
de familiares que haviam transposto os portais da morte e
depois páginas de luz que os Espíritos redigiam pelas
abençoadas mãos do médium mineiro.
Dois confrades de distante cidade a tudo observavam atentamente.
Ouviam a leitura de páginas do Evangelho e se deixavam tocar
pelos comentários paralelos ao transe mediúnico. A hora
avançava, já naquela época, e Chico estava firme no seu posto
de serviço.
Nos albores da madrugada, naquela concorrida reunião, já
com a presença de alguns repórteres, o médium retira a mão
da face e sinaliza a interrupção do contatocom osq habitantes
do outro mundo.
A reunião se finaliza com sentida prece proferida por algum
membro da casa. As mensagens são lidas posteriormente.
Depois o povo se aglomera e as orientaçõessão pessoais se
abundam em fraternos cumprimentos. Um ou outro frequentador
srgia na fila abraçados a livros da lavra xavieriana, desejoso
de colher atógrafo de suas mãos iluminadas. Os dois amigos
se entreolhavam ao finalda própria fila. Eram procedentes
de determinada cidade do estado de São Paulo, espíritas
atantes, pessoas que já se haviam privado em contato com
o Chico, haurindo ensinamentos niesquecíveis.
*** *** ***
Salão vazio, apenas alguns membros do grupo e lá estão eles
a se acercarem do médium.
Abraços calorosos.
Notícias do movimento regional.
Consultas pessoais aomédium.
Já às despedidas, um deles abraça Chico fervorosamente e diz
que iria intensificar as preces destinadas que eram ele no seu
trabalho em prol da doutrina. Afirma que na cidade da qual se
originavam, certo espírita, pessoa de influência, estava
difamando-lhe o nome, chegando mesmo a citar-lhe. Num trecho
do diálogo, o espírita sintetiza:
- Pois é, Chico, fulano falou mal do sqenhor.
E para surpresa geral, ei-lo que conduz aquele diálogo
respondendo serenamente:
- Que bom!
De olhos espantados, aquele irmão procurou o olhar do amigo
que o acompanhava, sementender patavina. E pensando que
houvesse existido uma má interpretação de Chico, volta a lhe
perguntar:
_ O senhor entendeu o recado?
E ele responde:
- Sim, que bom, meu filho.
E prosseguiu:
- Ele está me ajudando a descobrir meus defeitos. Inverdades
ou mesmo verdade são menos prejudiciais que o elogio que
nos dá asas, mas no fundo temos conhecimento que não
temos condição de sair centímetros do chão.
E arrematou:
- Vão com Deus!
*** *** ***
Abraço do tesco.
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