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domingo, 30 de junho de 2013

VIVER PARA SEMPRE?


Com esta frase, já bastante conhecida, encerra-se a série
"O século da gente", pelo menos, valendo-se dos ditos e
'causos' compilados por Marion Kaplinsky.


Se encontrar frases ou anedotas curtas, interessantes o
suficiente para serem divulgadas, e que retratem as
contradições de nossa época, não terei dúvidas em
ressuscitar a série.


Mas, a respeito da frase, que, saliente-se, não é deste
nosso século, pode-se ressaltar que representa bem, a
filosofia materialista.


Pois que o espiritualista já vive eternamente, se levarmos
em conta que a existência material é passageira e, muitas
vezes, efêmera, não passando além de traço luminoso
que um meteoro deixa na atmosfera.


A filosofia materialista nunca me atraiu, quem quer viver
para sempre nessas sociedades instáveis da Terra?
Eu não, Deus me livre! E - Graças a Deus! - meu período
probatório já está em vias de terminar. Pois, aos 60, já
passei da metade, pelo menos.


- Que lúgubre, tesco! Você é cultor da morte?

De modo nenhum! Pelo contrário, sou cultor da vida.
Mas da vida verdadeira, entenda-se, não este simulacro
que o vulgo chama de vida. Referencio-me em uma vida
plena, sem os obstáculos materiais, sem a escravidão de
manter um corpo pesado, que exige, no mínimo, uma
refeição diária. Você pode dizer...


- E digo: Sonha, Marcelino!  

Isso! Pode alegar que é apenas sonho, quimera, fantasia...
Mas, mesmo o sonho é muito melhor que a perspectiva
de uma extinção total, que não incentiva para nada de bom.
Além de que, o que pode perder um espiritualista se a
doutrina materialista estivesse correta? Nada, pois não
haveria ninguém para lamentar.


Lamentável seria se o pensamento dos antigos gregos
fosse viável: Uma vida pós-morte num mundo subterrâneo,
sem luz do Sol, sem alegria, sem dinamismo. Convenhamos
que eles tinham pouca imaginação, nesse aspecto. Imaginar
algo assim não faz sentido, uma vez que o universo é
movimento! Tudo se move, tudo flui, nada permanece parado.
Por que haveria exceção para uma das situações num
universo desse tipo?


Há diferenças, porém, entre as diversas doutrinas
espiritualistas. Claro, não poderia ser de outro modo, se um
grupo vislumbra uma terra distante, formará a deia que mais
lhe agrade. Por isso a ideia de prazeres sensoriais é tão a
rraigada na maioria das visões deste outro mundo.


Mas, basicamente, as visões de mundo diferenciam-se em um
aspecto: Reencarnação.


Doutrinas não-reencarnacionistas advogam uma dimensão, se
observarmos detalhadamente, estática, sem sentido de fluxo, o
que está assim, assim permanecerá.


Com a reencarnação nada permanece no mesmo ponto, há uma
interação entre todas as dimensões, a evolução não para,

ocorre ininterruptamente, acontecem mudanças qualitativas:
O que era ruim está bom, o que era bom ficou melhor, o que era
melhor, melhorou mais ainda. Nada a ver com 'espiral
inflacionária', com 'crescimento econômico', que são coisas
ilusórias e sem bases
reais, mas com a evolução das coisas
que, obviamente, tende a aperfeiçoar sem deixar prejuízo pra
ninguém. E não precisa, necessariamente, de ter limite.


Por isso, minha meta não é 'viver para sempre' fisicamente,
mas, adoto o comando do Coringa, interpretado por Jack
Nicholson, num filme do Batman:


- Vamos lá, moçada,
vamos expandir nossas mentes!


Abraço do tesco.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tesco, ando a observar as pessoas e os acontecimentos. Vejo pessoas em estado tão degradante que me pergunto: "Há mesmo uma alma ali?"
Lembrei-me de você quando vi aquela pessoas remexendo o lixo aqui na porto de casa. Era pessoa no lixo, não era cão ou gato, era pessoa! Que espirito há ali? se somos assim tão velhos na terra pq tanta situação degradante, humilhante e ongs defendendo cães e gatos...e pessoas assim.. É horrível, não e?]hiscla

tesco disse...

Nada é horrível quando observado por uma perspectiva espiritual. Não existe sabedoria maior que a sabedoria divina.
Na vida, seja ela qual for, devemos dar a devida importância a tudo que nos é concedido, nada deve ser negligenciado ou exacerbado.
Eis uma questão simples para você resolver:
Que reeducação você aplicaria em quem desperdiça alimentos, sem dar a mínima atenção aos irmãos necessitados?
- Inferno, sem apelação!
- Sete anos de sofrimento num 'purgatório'.
- Obrigatoriedade de frequência a 100 aulas teóricas sobre meio-ambiente.
Ora, a Justiça Divina tem um plano muito mais simples e eficaz:
Faz o 'faltoso' passar por situações em que, obrigatoriamente, vai valorizar os alimentos e a solidariedade.
Bonito e elegante, mesmo que você não perceba quando vê!
Beijos.

Anônimo disse...

Sei não, meio estranho pois parece que através da miséria alguns degeneram a espécie. Tipo Drumond: "Eu vi um bicho". é horrível, meu caro.
hiscla