segunda-feira, 17 de junho de 2013
O MASSACRE PELA MÍDIA
O sociólogo J. L. Simmons diz, no prólogo de seu livro
"Vidas futuras (Future lives, 1990), que "...nós, Homo
Sapiens, estamos nos saindo muito bem, apesar de nos
dizerem o contrário".
Com a avalanche de notícias ruins nos convencemos que
estamos na pior e torna-se difícil observarmos que a
situação não é tão feia.
Mas Simmons expõe seus argumentos, agora, no primeiro
caítulo (Boas notícias & más notícias):
"Há uma distorção em nossa rede mundial de
comunicações, prestando um desserviço à humanidade
levando-nos a crer que o mundo é um lugar mais sombrio
do que efetivamente é."
[...] "Na verdade, acontecem tragédias todos os dias, mas
precisamos ver a proporção entre os bons e os maus
eventos, que às vezes chega a um milhão por um -
ou mais."
Para entendermos melhor essa distorção ele alinha dois
exemplos bem ilustrativos:
"Por exemplo, alguns artigos falam em "crise da meia-idade"
sem observar que, pela primeira vez na história, a maioria da
população chega a atingir a meia-idade.
Outro exemplo: os artigos que tratam dos problemas de
nossas escolas com ar de preocupação, esquecem-se de
mencionar que, pela primeira vez na história, a maioria da
população está recebendo alguma educação formal.
Em minha opinião, é preferível termos problemas com meia-
idade e educação do que vivermos até os 30 anos sem
nenhuma instrução."
E, algumas linhas adiante, conclui, afirmando:
"Esta negatvidade tende a se 'generalizar' na mente das
pessoas".
Atente: Não é necessário que a mídia seja 'orquestrada' por
algum grupo ideulógico, a essência da mídia é essa mesmo!
Ela não visa divulgar o que está correndo bem (talvez nas
corridas de atletismo ou automobilísticas), mas o que está
ocorrendo anormalmente! Parodiando um antigo comercial
de óleo lubrificante, que dizia: "Tudo anda bem com Bardhal!",
podemos dizer: "Tudo anda mal no jornal!
Uma ilustração de Simmons, mostra bem esse aspecto:
"Imagine que alguém apresente um roteiro de televisão ou
um conto sobre Jack e Jill. Estes dois personagens centrais
se conhecem, se apaixonam, casam-se e convivem bem,
tem dois filhos saudáveis e peraltas, e vivem uma vida saudável.
Provavelmente ninguém compraria esta história, pois ela não
tem 'enredo' e 'drama', Contudo, centenas de milhões de
pessoas já viveram essa história, e outras centenas de
milhões anseiam vivê-la".
Ou seja, "A mídia pode acabar enganando-nos por causa de
sua ênfase distorcida".
Porém, não sejamos ingênuos, creditando tudo à própria
malignidade da mídia, em muitos casos (talvez até a maioria),
interesses espúrios são beneficiados nas reportagens.
Como lembra Simmons:
"Em muitos casos, os repórteres pouco ou nada entendem
do assunto de que tratam. Em sua inocência, muitas vezes
servem, sem perceber, apenas de retransmissores de
releases de grupos de interesse e de políticos".
Portanto, é recomendável não se deixar influenciar tanto
(infelizmente, em alguma coisa, a influência é inevitável)
por artigos, reportagens e 'coberturas' da mídia, pois,
raramente são isentos de ideologias pernicosas ao bom
andamento da sociedade.
Abraço do tesco.
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2 comentários:
Importa, meu anjo, que alguém se mexeu!
Tesco, a bondade humana é infinitamente maior do que a maldade.
Beijotescas
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