TRADUTOR

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

domingo, 10 de março de 2013

NIETZSCHE


Caí na grande asneira de ler outra obra de Nietzsche.
Sim, eu também cometo asneiras.


- Por que asneira, tesco? Nietzsche é um filósofo consagrado.

Consagrado, com certeza é, mas filósofo, e sagrado
principalmente, isso é exagero dos que não entendem a sua
escrita.


- Outra vez você vai contra a maioria, tesco.

Sim, e neste caso, dou graças a Deus, por não comungar com
a maioria. Nietzsche é abominável em todos os sentidos. Ao
contrário de Voltaire, que visava desconstruir uma situação
dominante  extremamente injusta e irracional, Nietzsche
exercita seu desejo de destruir, mas sem nada de benévolo
em vista. Quer dizer, benévolo até que  tinha, mas só para si
e sua "casta", os outros eram "má casta".


- Mas que leitura foi essa, que lhe despertou tanto furor?

Na verdade, reacendeu, eu já havia lido "O anticristo", e já
tinha sorvido minha dose de asco pela "filosofia" do rapaz.
Agora li "Assim falava Zaratustra", ou "Assim falou Zaratustra",
como preferem outros.


- E o que falou Zaratustra, que lhe doeu tanto?

O Zaratustra de Nietzsche, na verdade, acredito que nada tem
em comum com o (ou os) Zaratustra histórico. O personagem
nietzscheano é um indivíduo anti-social, que blatera contra o
Estado, contra o comunismo, contra o ensinameno de Jesus,
contra os "virtuosos", aos quais considera todos hipócritas,
contra os "sábios", que considera como desservindo o povo,
contra...


- Chega! Assim você vai escrever o livro de novo.

É provável. Esse Zaratustra era contrário à quase tudo, creio
que refletindo a visão de Nietzsche ante o mundo.
Ele fala mal de tanta coisa que, a única coisa que me lembro
de que ele fala favoravelmente, é a guerra!
Decididamente belicista, sem metáforas:

"Deveis amar a paz como um meio de novas guerras, e mais
a curta paz do que a prolongada.
Não vos aconselho o trabalho, mas a luta. Não vos aconselho
a paz, mas a vitória. Seja o vosso trabalho uma luta!
Seja vossa paz uma vitória!
Não é possível estar calado e permanecer tranqüilo senão
quando se têm flechas no arco; a não ser assim, questiona-se.
Seja a vossa paz uma vitória!
Dizeis que a boa causa é a que santifica também a guerra?
Eu vos digo: a boa guerra é a que santifica todas as coisas.
A guerra e o valor têm feito mais coisas grandes do que o

amor do próximo. Não foi a vossa piedade mas a vossa
bravura que até hoje salvou os náufragos.".
(Primeira parte - "Da Guerra e dos Guerreiros").


- É, apreciador da guerra mesmo, pelo menos o Zaratustra.


Mas este é, claramente, um "alter-ego" do próprio Nietzsche,
em total desacordo com os registros historicos, cita ndo
eventos futuros como se fossem passados:


"Em verdade, morreu demasiado cedo aquele hebreu a quem
honram os pregadores da morte lenta, e para muitos foi uma
fatalidade ele morrer cedo demais.
Esse Jesus hebreu só conhecia ainda as lágrimas e a tristeza
do hebreu, juntamente com o ódio dos bons e dos justos; por
isso o acometeu o desejo da morte.
Por que não ficou ele no desterto, longe dos bons e dos
justos?
Talvez houvesse aprendido a viver e a amar a terra e também
o riso!
Crede-me, meus irmãos! Morreu cedo demais! retratar-se-ia

da sua doutrina se tivesse vivido até minha idade!
Era bastante nobre para se retratar!".
(Segunda parte, "Da morte livre"). 


- Verdade, nada a ver com sincronia.

Também se expressa anti-fraternalmente:

"Acaso vos aconselho o amor ao próximo?
Antes vos aconselho a fuga do "próximo" e o amor ao remoto!".
(Primeira parte - "Do Amor ao Próximo").


E francamente contraditório:

"No entanto, que te dizia um dia Zaratustra? Que os poetas
mentem demais? Zaratustra, contudo, também é poeta.
Julgas então que eu falava verdade? Por que julgas isso?"
(Segunda parte - "Dos poetas").


Além de disparar afirmações sem nenhuma argumentação:

"Deus é uma conjectura; O imutável é apenas um símbolo!
[...]
"Se existissem deuses como poderia eu suportar não ser

um deus?! Por conseguinte, não há deuses." 
(Segunda parte, "Nas ilhas bem-aventuradas").


Só posso concluir que essa obra de Nietzsche, que nada
tem de filosófica,  não é poesia nem conto. Sua leitura é

uma grande perda de tempo. Bobagem pura!
Recomendo: Evitem-na!

Abraço do tesco.

5 comentários:

Anônimo disse...

Tesco, feliz de você. Eu comecei a ler um livro dele para nunca mais. Devo ter parado na décima página.
Beijotescas

Anônimo disse...

VIXE....
esse voce detestou de verdade!
sai nada de bom dele não é?
hiscla

Anônimo disse...

on de anda vc? ta tudo bem?
hiscla

Anônimo disse...

Tesco, cadê você?
Beijotescas

tesco disse...

Voltei, meninas!
Realmente, hiscla, dessa toca não sai coelho.
Beijos.