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domingo, 9 de setembro de 2012

AINDA A IGREJA CATÓLICA


 Abramos mais uma vez o diálogo sobre o papel espiritual
que a Igreja Católica desempenhou na Idade Média.


- Ah, bom, porque da última vez eu fui brutalmente
interrompido!

Desculpe, eu estava apertado...

- Humm... Dessa vez passa. Mas eu ia dizendo, veja o
morticínio causado pela intransigência e ignorância da Igreja.
Sua tese de que a Igreja promoveu a "renovação espiritual"
não convence a ninguém.

Veja bem: Os períodos de guerra e morticínio são recorrentes
na história humana, Em todas as épocas houve matança
coletiva e continua-se matando hoje. E isso é independente de
instituições como igrejas. No períódo de Napoleão foram mais
de 3 milhões de mortos, na Segunda Guerra foram quase
60 milhões.

- Epa! Isso é depois da Idade Média.

A Antiguidade só é diferente em números, porque as
populações eram menores, mas a guerra era uma constante.
Os hebreus já entraram na "Terra Prometida" matando a
granel, massacraram cananeus, jebuseus, amorreus,
filisteus...

- Menos eu.

Tamb... Epa, esse não. Mas se você estivesse lá, ambém
entrava na dança. Os romanos arrasaram Cartago, os persas...
Ah, tem o famoso episódio dos 300 de Esparta, os registros
mais antigos dos gregos são uma guerra, o cerco de Troia, os
assírios levaram os judeus cativos para Babilônia, sim, os
romanos detruíram Jerusalém, Alexandre saiu matando pelo
Oriente Médio, Cambises invadiu o Egito...

- Chega! Já tá de bom tamanho. Mas sso foi em vários
milhares de anos, não?

Não, o que estou citando deu-se aproximadamente entre
1200 a.C., quando os hebreus saíram do Egito e partiram para
a terra de Canaã,  e o final da Idade Antiga, quer dizer, uns
1700 anos, por aí.

- Bem mais que a Idade Média.

Sim, mas guerra era a 3x4 nesse tempo, se você se restringir
ao número de anos da Idade Média verá o mesmo efeito. 

- Mas a Igreja era muito cruel, queimava e torturava.

Verdade que 'refinaram' a tortura, porém os romanos
crucificavam e os assírios empalavam. E a fogueira não é
invenção da Igreja, era comum, na Antiguidade, se queimar
cidades e aldeias, não importando que dentro estivessem
mulheres e crianças. Os gregos queimaram Troia, os hebreus
queimaram Jericó, os romanos queimaram Cartago...

- Chega de queima! Quer fechar a loja? Tá certo, mas isso era
guerra. A Igreja queimava em tempo de paz!

Isso é verdade, porém essa visão se atém ao âmbito material.
No campo espiritual a humanidade conta com um excelente
corpo administrativo, que consegue retirar o maior proveito
de quase toda estupidez e imbecilidade cometida pelos
encarnados. Nada é deixado ao acaso, quando dizemos que
tal ou qual fato "se deu ao acaso", significa apenas que não
conseguimos discernir a série de acontecimentos que
originou tal coisa.

- Você tá dizendo que toda desgraça promovida pelo homem
está programada por esses "administradores espirituais"?

De modo algum! Longe de mim sugerir uma coisa dessas!
Os males promovidos pelo homem são sua escolha e de
responabilidade exclusivamente sua. O que estou dizendo é
que, uma vez ocorridos, não se fica chorando sobre o leite
derramado, procura-se ver o que pode ser aproveitado de
bom no fato. Pode ser resmida na frase, atribuída ao atual
Dalai Lama, Tenzin Gyatso: “Quando você perder, não perca
a lição”. Ora, as perdas são frequentes em nossa vida, se
aproveitássemos as lições recebidas, seríamos mais sábios

que Sócrates. Infelizmente não aprendemos sempre com as
perdas, mas, na memória espiritual de cada um, fica tudo
arquivado.

- E qual é o ganho nisso?  A gente morre e fica sabido no
além? Pra que serve?

As lições são incorporadas ao conhecimento do espírito e,
se não são aproveitadas em determinado momento, serão
em outro.

- Sim, mas no além?

Não. Precisamos largar essa limitação de uma só vida, isso é
muito restritivo. A vida não pode ser vista somente com esse
pequeno período, em torno de um século. Existe...

- Mas aí você está querendo que todo mundo adote o seu
ponto de vista, que é reencarnacionista!

 Bem, já é impossível pra mim não pensar na multiplicidade
de existências materiais, não consigo perceber a vida de outra
maneira. Nisso você tem razão, estou falando como se todo
mundo pensasse desse modo. Desculpe. Mas afinal, a gente
não conversa não é pra dizer o que a gente pensa? Se formos
nos dialogar apenas com pensamentos emprestados, não
desenvolveremos pensamento próprio.

- É. Mas que tem isso tudo com a Igreja na Idade Média?
Ainda não entendi sua tese. 

Xi! Fui falando e deixei o principal de lado. Vamos ter que
reabrir a discussão no próximo post. Porque quando o post
fica muito compri...

- Já sei, já sei, você não gosta de posts longos.

É, pode se perder o foco do assunto. Então, até outra e

Abraço do tesco.

3 comentários:

Anônimo disse...

é mesmo um grande apendizado..se perder "não perca a lição".
Pelo menos aprenda a fazer diferente, né?
hiscla

Anônimo disse...

Tesco, defintivamente não entendi o seu propósito. Vou aguardar o próximo post para ver se compreendo alguma coisa.
Beijotescas

LUIS MANOEL SIQUEIRA disse...

Caro "Tesco". Eu procuro fazer parte de uma igreja invisível: Não é construída de pedra, tijolo e cimento. É uma procura difícil, essa igreja do amor ao próximo. Do Samaritano inimigo que parou para ajudar. Daquele que disse aos pescadores "Duc in Altum" !

Abraço.

Luis Manoel Siqueira