Li o “Libro de las preguntas” de Pablo Neruda, sem saber se já
o haviam traduzido para o português. Afinal, consegui o e-book
de modo gratuito, e não iria questionar se está em português,
se posso lê-lo, quase do mesmo modo, em espanhol.
Algumas das questões nos deixam sem saída: Ou não vemos
respostas ou pensamos “Por que não pensei nisso antes?”.
Por isso trago uma pequena amostra pra vocês.
Se acharem alguma coisa ruim nelas, podem atribuir ao tosco
(Ei! Não era tesco?) tradutor aqui.
'PREGUNTAS' do NERUDA
Por que não ensinam a tirar mel do Sol aos helicópteros?
Se morri e não me dei conta, a quem eu pergunto as horas?
Dize-me: A rosa está nua, ou só tem esse vestido?
Quantas igrejas tem o céu?
É verdade que as esperanças devem ser regadas com orvalho?
Por que se suicidam as folhas quando se sentem amarelas?
Por que o 'sombrero' da noite voa com tantos buracos?
As lágrimas que não se choram, esperam em pequenos lagos?
Como se chama uma flor que voa de pássaro em pássaro?
Ontem, o ontem disse aos meus olhos:
- Quando voltaremos a nos ver?
De que cor é o perfume do pranto azul das violetas?
A quem engana a magnólia com sua fragrância de limões?
Onde termina o arco-íris? Em tua alma ou no horizonte?
Pra onde vão as coisas dos sonhos?
Vão pra os sonhos dos outros?
Por que tanto luxo a uma flor e um ouro sujo para o trigo?
Abraço do tesco.
4 comentários:
Esse Neruda é supimpa, não?? Até toscamente traduzido, se for o caso.
Beijo!
Puxa Tesco, que delícia. Amei, mande mais.
Beijotescas
Yvonne
ah se pudessemos viver so de poesia! pena que não é bem assim!
Tesco, que Neruda o aprove nesta tarefinha tão delicada e prazerosa!
hiscla.
Algumas perguntas boas para se pensar...
Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.
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