"O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS"
Saint-Exupéry
Não canso de lembrar essa frase do Exupéry.
Não porque seja a mais citada, não é. Bem mais lembrada
é aquela bobagem de “Você fica eternamente responsável
por aquilo que cativa”, já citada aqui em fevereiro de 2009
(O Pequeno Príncipe).
Lembro-me dessa porque expressa uma realidade a que
não damos a devida atenção no dia-a-dia. A gama de
fenômenos e radiações que podemos sentir, por qualquer
que seja o sentido focalizado, é infinitamente menor do
que os que cruzam constantemente o espaço físico de
nosso corpo, sem que tenhamos a mínima ideia.
Se olhamos apenas o espectro eletromagnético, embora
possamos sofrer os efeitos de diversas radiações desse
espectro (infravermelho, micro-ondas, ultravioleta,
raios X, raios gama, etc.), somos surdos a partir de 25 mil
vibrações por segundo (25kHz), e cegos, exceto na faixa
de 400 a 750 trilhões de vibrações por segundo. Ou seja,
a imensa maioria das radiações não são percebidas
pelos nossos sentidos.
Por isso é extremamente infantil se dizer “Só acredito
no que vejo”, pois isto realmente significa:
“Não acredito em nada!”.
Somos limitadíssimos, em termos de sentidos físicos, o que
pode ser comprovado pelos diversos artefatos inventados
para ampliar os limites desses sentidos: Telescópio, radar,
microscópio, sonar, lupa, estetoscópio, binóculos, visor de
infravermelho, termômetro, voltimetro, ohmímetro,
amperímetro, colorímetro, (medidores também ampliam
nossos limites, pois não temos sensibilidade para pequenas
variações), luneta, geofone, receptor de rádio, televisão,
e outros.
Como cegos de nascença negando a existência de cores,
simplesmente porque não as veem, são os que negam a
existência do espírito, porque não teem a comprovação dos
olhos. Ora essa! Como se os olhos pudessem enxergar tudo!
O que acontece é que ainda não inventamos um
complemento dos sentidos que nos permita vislumbrar o
espírito. Só isso.
Na realidade, o mundo espiritual é o mundo essencial,
e o essencial é invisível aos olhos!
Abraço do tesco!
5 comentários:
Bela reflexão...
Penso que se relaciona a percepção da realidade.
Se o real é ruim ou não depende da lente que vê, da perspectiva do olhar e, assim , so os otimistas ou ingenuos podem conhecer a felicdade.
Clarice
Isso! Se relaciona a "realidade" com a "percepção" e nossa percepção (até mesmo nas faixas de onda em que temos capacidade de enxergar/sentir/perceber) é beeeeem limitada. Perfeito, tesquinho!!
Olá,sou estudante do 1º de Administração, e logo nos primeiros dias nos foi solicitado que lêssemos o livro "o pequeno príncipe", pois bem, comecei a ler opiniões em diversos lugares sobre o livro pra ver se era eu ou minha linha de pensamento me levou muito além daquelas "mensagens", cheguei então aqui e muito feliz diga-se de passagem, pois sigo esta mesma estrada de raciocínio.
O filósofo chinês Confúcio disse:
quer saber da morte?
bem, pouparei meu fôlego.
Quando você conhecer a Vida, e só então, tornaremos a falar de morte...
Rosângela Fávero- Joinville/ SC
rosangela.favero@bol.com.br
Mas sabe, mesmo que a nossa percepção seja reduzida, ainda tentamos expandi-la pelo menos a percepção fisica, pena a que espiritual não seja expandida...
Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.
hiscla: O bem e o mal, realmente, dependem da perspectiva de quem vê, a felicidade também. Por isso sou otimista (ser igênuo é mais complicado). Beijos. Edu: Não deixa de ser verdade, sermos limitados mesmo no que ampliamos. Daí tanta teoria desencontrada pelo mundo: Não conseguimos entrever a ordem condicionante das coisas. Além do preconceito, claro. Abraços.
Bem vinda, Rosângela! Faça deste blog sua casa. Realmente, um dos caminhos pra conhecer a morte é conhecer a vida. Mas daí a cultuá-la como única realidade, acho bobagem. Volte sempre! Beijos.
Daniel: É isso, Daniel, enquanto não conseguimos expandir nossos sentidos para o mundo espiritual, façamo-lo para o mundo material mesmo. É pena que as pictas para o novo mundo sejam oferecidas de modo tão incoerente pelas religiões, acredito que um estudo científico e sistematizado, não podem deizar de confuzir a descobertas (mesmo que sejam coisas antigas). Abraço.
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