FALÁR

 

FALAR

Para uns isso é vital 

Não o blá-blá-blá comum 

Mas importa é falar mal 

Aumentar o  zum‐zum-zum 

"Não quero que se destaque 

Esse caboclo ruim 

Se houver cartola ou fraque 

Venha tudo para mim!"

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PORCARIA

 

PORCARIA

Doloroso é que sejam 

Destinados ao abate 

Que os homens se revejam 

Nem os crie nem os mate 

Humanidade já pode 

Caminhar sem destruir 

Que a tudo acomode 

Sem uma foice brandir!

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BILIONÁRIO

 

BILIONÁRIO

Não é a maldade pura 

É junção de interesses 

Para ele só benesses,

Ao pobre nenhuma cura 

É esse tipo de gente 

Que lega noção de inferno 

Apenas a dor de dente 

Por período eterno!

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INDO E VINDO

INDO E VINDO 

Por caminhos que eu sei 

Pois que também sou de carne 

Muito fui muito voltei 

Por ação do reencarne

Ela quer pintar o sete 

No universo normal 

Isto mesmo que reflete 

Ânsia da arte final 

Aprendamos com a dor 

Pintaremos quando der 

Quando tivermos amor 

Para o que der e vier!

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AGARANTO

 

AGARANTO

Li agaranto, seu dotô 

Erói nacioná num vinga 

Isperneia, chora ô xinga 

Mai certim mermo, ô, ô!

Veje os erói instrangêro 

Tudo forte, prosa, branco 

Ói, li digo pra sê franco 

Pur trás deles tem dinhêro 

Troco tudo num neguim 

Banguelo, seco, finim 

Veve no mei da favela 

Mermo vazia as panela 

Sô mais o tupiniquim!

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APEGO

 

APEGO

O amor é exigente 

Mas não oprime o amado  

Apesar de muita gente 

Se apossar como de gado  

E tem o tal do ciúme 

Que a tudo atrapalha 

Seguir só na faca o gume 

Sempre mostra sua falha!

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GOZAÇÃO?

 

GOZAÇÃO?

Parece com gozação 

Mas é um assunto sério 

Pois por falta de critério 

Se perde coroação 

Cuida bem de teu império 

Tu fazes o que quiseres 

Não venhas com "misereres"

Terminada a função!

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